REVIEW | ‘FIFA 17’ é o melhor jogo de futebol de todos os tempos!

Leandro Stenlånd

|

11 de dezembro de 2016

Fifa 17 chegou chegando. Este é praticamente um do títulos mais aguardados da temporada 16/17. Isso porque, a desenvolvedora do game, a EA Sports, havia prometido diversas mudanças alterariam sua forma de pensar em como é jogar futebol nos consoles da nova geração. O novo título da franquia de futebol mais vendida do planeta chegou em setembro deste ano disponível para Xbox 360, PS3, Xbox One, PS4 e PC.

O game traz melhorias que, para alguns, podem ser simplesmente uma coisa meio que ‘tapa buraco’, mas convenhamos que FIFA 17 chegou para ficar em meio ao turbilhão de reclamações que seu concorrente direto tem sofrido (leia-se Pro Evolution Soccer ou, simplesmente PES).

Como particularmente sou amante de RPG, adorei saber que uma das novas adições ao game foi o modo A Jornada. Essa é a principal ‘novidade’ do jogo. O novo método, para quem não é familiarizado com o formato RPG, pode ser que o considere tão atrativo assim, visto que há diálogos – por diversas vezes até excessivos. De certo modo, este formato foi desenvolvido para o público que curte um diferencial, um chamariz a mais que lhe convença a comprar o jogo. Se você é ‘ligado’ em uma bom conto, a narrativa do modo Jornada, conta a história de Alex Hunter, um jovem jogador britânico que quer seguir os passos do avô e se tornar um grande futebolista. Para não dissolver a trama da novidade, é preciso que ao menos você teste o jogo e veja por si só como é até gostoso sair do ‘marasmo’ de somente jogar o futebol em si, visto que muitos por aí jogam o que chamamos de futebol indireto (Football Manager e Brasfoot). Então não seria nada dispendioso ao menos sentir a emoção de você realmente ser aquele jogador conversando, quem sabe, com grandes ídolos de times renomados. 

Modo A Jornada: Alex Hunter dando entrevista

Esta franqui, por diversos anos, tinha detalhes primordiais para diferenciar dos demais jogos do gênero: a busca por um narrador decente e que empolgasse o gamer, o treinador, firulas em cobranças e muito mais. E não só por esses detalhes, a jogabilidade também era – e ainda é – fundamental. Ainda não se sabe por que, mas em comparativo com seu antecessor, até que as mudanças foram bem simples. De maneira alguma isso deve ser visto como um ponto negativo, uma vez que, nos títulos anteriores, a franquia já havia mostrado uma estabilidade e, por consequência disso, muitos migraram da concorrência para este belo jogo. Além de trazer mais realismo para atletas e estádios, a inovação acima citada (A Jornada), desenvolve diversas cenas com o que temos em nosso dia a dia, tais como carros, móveis, além de levar aos olhos do gamer mais apaixonado pela franquia, expressões faciais para os momentos mais emocionantes de uma história sensacionalmente interessante. O formato de A Jornada, permite lembrar como é similar aos games provindos Telltale Games, que remete até ao novo jogo de Batman: The Telltale Series pelo modo como tudo é retratado com perguntas, respostas e, claro, longos diálogos. Muita coisa dessa trajetória ‘cinematográfica’ vista no interessante modo não precisava ser tão explicitada, pois a maioria conhece o mundo futebolístico, e isso inclui resolver pinimbas pessoais, possível falta de pagamento, desânimo do atleta, viver a vida de celebridade… Tudo isso dentro de uma narrativa cinematográfica acaba, por vezes, soando verborrágico e desnecessário. 

A Jornada: Depois de passar pela peneira, você tem de escolher com quem assinará tão sonhado contrato.

Até aí é tudo muito mais realista do que se parece. Apesar do gráfico em si estar tinindo, se dermos um zoom nos rostos dos jogadores, podemos ver que a mudança, para alguns, revela faces praticamente iguais às das versões anteriores, com exceção de jogadores que receberam seus primeiros rostos “escaneados”. A novidade são as expressões que estão mais naturais do que em seu antecessor. Saindo de toda essa tranquilidade, FIFA 17 mostra mudanças com dezenas de novas animações de trejeitos de jogadores, chutes, dentre outros, que estão mais convincentes do que nunca. A atmosfera dos estádios também ajuda muito mais que em suas versões anteriores e acaba transmitindo aquela gostosa emoção em jogadas de perigo e momentos importantes das partidas, onde o coração quase sai pela boca. A nova engine (Frostbite) gerou um nítido avanço gráfico que salta aos olhos logo no início do jogo. A movimentação das camisas, dos cabelos e até dos rostos dos jogadores são impecáveis. Aquela cena que mostra apenas a bola e os pés do jogador antes de iniciar o jogo deixa qualquer um impressionado a respeito da imagem ser praticamente real. Parece literalmente o início de uma partida real em algum dos campeonatos europeus.

Em A Jornada, você apenas controla Alex Hunter e o ângulo da câmera é totalmente diferente do convencional!

Outra coisa linda foi FIFA 17 ter mantido o futebol feminino, tão desprezado pela mídia. Essa ‘grande novidade’ foi iniciada na versão anterior. Com a chegada do novo game, a produtora incrementou esse modo do jogo, que conta com 14 seleções, incluindo o time do Brasil. Como não é um parâmetro  muito usado, a quantidade de seleções no modo feminino também não é lá grandes coisas. Além dos times que já constavam, tais como Alemanha, Estados Unidos, França, Suécia, Inglaterra, Brasil, Canadá, Austrália, Espanha, China, Itália e México – times presentes desde o Fifa 16, agora, duas novas seleções estão confirmadas: Noruega e Holanda. O futebol feminino concede troféus e conquistas importantes, como vencer a Copa, marcar cinco gols e acertar a rede com diversos dribles.

Voltando ao time masculino, alguns bons jogadores ficaram de fora da lista de seus respectivos times. Isso porque suas contratações foram alteradas no decorrer do ano para outros times que não constam na lista de times do game. Exemplo disto são os jogadores Gervinho, por ter acertado com o Jiangsu Suning, e Hulk, que agora é jogador do Shanghai SIPG, ambos da China. Ainda não há a liga chinesa no jogo (algo que, acredito eu, mudará em pouco tempo, visto a quantidade de – bons – jogadores que têm se transferido para o país asiático). Isso também acontece no quesito times, pois o jogo tenta se esforçar ao máximo, mas em algumas coisas ele acaba perdendo para seu concorrente direto. Os times Flamengo e Corinthians, por exemplo, não existem neste game, isto porque são exclusivíssimos do PES. Então, se você pretende jogar, por exemplo, um Flamengo e Vasco, vai ficar somente na vontade. Além disso, nenhuma equipe brasileira tem seu elenco real, por conta do não acerto dos direitos de imagem dos jogadores com o game (infelizmente).

Concluindo o review, FIFA 17 é finalmente o jogo de futebol que todos esperavam, onde o novo modo história (A Jornada) parece bastante promissor e pode ser o grande diferencial que fará o game vender bastante. A fidelidade ao mundo real, gráficos de tirar o fôlego e a promessa de agradar até a quem não gosta muito de games de esporte são o que há! O jogo já beira à perfeição há algum tempo e agora chegou o momento de você adquirir sua cópia e marcar seus gols! 🙂

Leandro Stenlånd

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
O que sabemos sobre Wicked Boa noite Punpun Ao Seu Lado Minha Culpa Lift: Roubo nas Alturas Patos Onde Assistir o filme Lamborghini Morgan Freeman