Heavy Metal Machines

‘Heavy Metal Machines’ | REVIEW

Alex Rodrigues

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13 de fevereiro de 2020

Carros customizados, motores envenenados, pilotos insanos, rock n’ roll e… bombas! Sim meus amigos, estamos falando de ‘Heavy Metal Machines’ o jogo insano e empolgante da empresa catarinense Hoplon. Aqui velocidade não é tudo. Fatores como estratégia e trabalho em equipe determinarão a vitória em cada partida.

Agora em três circuitos apocalípticos oito carros divididos em duas equipes competem para conseguir levar a bomba no território adversário. O artefato pode ser “roubado” durante o percurso, então é necessário que a equipe construa uma estratégia e cada membro desempenhe um papel.

O jogo é um multiplayer de ação muito bom, então chegar à frente não é o objetivo de Heavy Metal Machines. Controlar um personagem e juntamente com os amigos conquistar ou destruir a base inimiga são características do gênero MOBA (Multiplayer Online Battle Arena). Talvez essa mistura de corrida de carro com batalha de arena seja o segredo para o sucesso do título.

O sucesso ultrapassou fronteiras de forma rápida e o jogo criado pela empresa brasileira se tornou palco de campeonatos internacionais, principalmente na Europa. Uma das principais competições é a Metal League, torneio presente em servidores sul-americanos, europeus e agora também norte-americano ,contando com premiações em dinheiro.

Essas competições e outros desafios acontecem pelo Metal Pass, um sistema que semanalmente premia os jogadores com pontos de FAMA, uma espécie de moeda do game que serve para comprar skins e novos modelos de carros.

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Uma franquia com temática semelhante e que se tornou muito popular nos consoles da Sony foi Twisted Metal. Existem muitas semelhanças entre os títulos, mas HMM tem sua própria identidade, pois construiu personagens bem estruturados e desenvolveu um sistema de batalha muito interessante. Alcançar o objetivo não é fácil, mas contar com os amigos e uma estratégia eficiente deixa tudo mais divertido.

Para isso Máquinas e pilotos possuem habilidades específicas que serão necessárias para ajudar a equipe. Os carros são divididos em três classes:

– Transportador

São os veículos mais velozes que possuem a função principal de carregar a bomba até destino. Precisam se rápidos e resistentes porque são os carros mais atacados durante a partida.

– Interceptadores

Basicamente é a galera que larga o dedo. Destruir os adversários e forçar o inimigo a derrubar a bomba são as suas estratégias no jogo. Com um arsenal mais robusto faz a alegria da maioria dos jogadores.

– Suporte

São responsáveis em auxiliar os transportadores a levar a bomba até o objetivo e os interceptadores a roubar a mesma. São importantes para a estratégia da equipe porque promovem reparo nos outros carros e também protege os ataques adversários.

Jogabilidade

‘Heavy Metal Machines’ não é um game muito fácil para jogar, em alguns momentos na batalha tudo fica muito confuso e fica complicado executar o que foi planejado. O sistema de jogo segue os padrões de um MOBA com ação livre. Quando sua energia chega ao fim seu veículo retorna à largada com energia total e pode voltar para a batalha após alguns segundos.

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Os controles são muito simples e fáceis de usar. Direção, acelerador e ré ficam por conta do mouse (não existe o freio!), no começo é um pouco estranho conduzir o carro, mas a adaptação é rápida. Os outros comandos se resumem a quatro botões de ação no teclado:

  • E = Nitro
  • Q = Arma 1
  • W = Arma 2
  • R = Arma Especial
  • Espaço = Pegar a bomba

É possível também configurar um joystick do Xbox, contudo é muito tranquilo jogar via teclado e mouse.

Mais quatro pilotos se juntam aos 13 corredores que estão desde o lançamento do título. Alguns são mais fáceis de controlar, outros precisam de mais tempo de treino para aproveitar todos os benefícios de armamentos e recursos de reparo. Eu joguei com todos eles, mas escolhi um representante de cada classe como os melhores para jogadores iniciantes em HMM.

Outro ponto forte no jogo é a facilidade em conseguir competidores on-line nos servidores. O tempo de espera, em um servidor sul-americano, demora em torno de dois minutos, e os tempo de carregamento são rápidos, claro considerando um internet minimamente descente. Mas o bom mesmo é reservar uma pista e desafiar os amigos para as batalhas. Para iniciantes, o modo Tutorial está sempre disponível para começar a treinar e ainda pode “trocar uma ideia” no Canal do Discord, uma espécie de rede social que serve para os fãs de HMM interagir.

Little Monster (Transportador):

Certamente o transportador tem que possuir um carro rápido para levar a bomba até à base inimiga, mas velocidade não é tudo neste negócio. O percurso é muito sinuoso, sem falar nos obstáculos e adversários tentando explodi-lo a todo o momento. O Little Monster não é o mais veloz, porém é mais estável nas manobras e muito resistente.

Ela possui dois recursos muito úteis, um deles é o Salto Mortal, importante para desviar ataques e o Chassi de Titânio, ótimo para absorver ataques e se recuperar de danos.

Wildfire (Interceptador):

A musa de Heavy Metal Machine é uma oponente perigosa e uma excelente escolha para dar os primeiros passos neste circuito mortal. Wildfire possui um carro possante, e vamos lembrar que carregar a bomba não é exclusividade de transportadores, todas as outras classes também podem realizar a tarefa.

Wildfire possui um armamento que causa muito dano, sua arma principal é o Círculo de fogo que provoca estrago apenas estando perto do oponente. Para usar a Bomba de Napalm requer uma boa mira e o recurso não está disponível ilimitadamente. O seu poder mais devastador é a Explosão Vulcânica. É preciso calcular bem para que o maior número de inimigos possíveis esteja dentro do raio da detonação.

Artificer (Suporte):

Não pense que a diversão é restrita ao Transportador e Interceptador, talvez a classe que exija mais destreza e perícia dos jogadores seja o Suporte. A estratégia é seu ponto forte, tendo em vista que você precisa atacar os inimigos e proteger os aliados. Reparos e danos podem ser causados e ninguém provoca essas ações com mais facilidade que Artificer.

A saber, este personagem possui muitos recursos, porém, sua jogabilidade é bem intuitiva, basta estar junto do tumulto para usar as armas com eficácia. O Canhão Elétrico provoca dano e deixa os inimigos mais lentos e o Vínculo Restaurador é uma das melhores ferramentas de reparo de todo o jogo.

Novos Personagens:

As caras novas são Icebringer (transportador), Stargazer (Suporte), Peacemaker e Vulture (interceptadores), o último pilota uma mota irada, muito mais aterrrorizante que a do Motoqueiro Fantasma, desnecessário dizer que ele é o meu piloto favorito, apesar de não ser a melhor opção para competir.

Assim, vale ressaltar como a Hoplon, apesar de desenvolver um game com a dinâmica de um MOBA, se esmerou para apresentar a história de cadas personagem e como essas vidas (ou mortes) se cruzam nas corridas mortais de Metal City.

Gráficos, Jogabilidade truncada e mais

Para um jogo multiplayer HMM tem um gráfico muito bom, os circuitos passam uma realidade de caos e insanidade, muito parecida com a franquia cinematográfica Mad Max. Assim, a nova versão conta com três pistas demônicas: Cursed Necropolis, Temple of Sacrifice e a tradicional Metal God. Cada uma tem seus prórprios obstáculos e o grau de dificuldade fica por conta da adaptação do jogador em cada pista.

Quem gosta de trabalhar como interceptador, por exemplo, a Metal God oferece vários pontos para atacar o oponente, já a Temple of Sacrifice dobrou a dificuldade para transportar a bomba em uma pista truncada e com curvas muito fechadas, exigindo uma boa dose de treinos. A saber, A Cursed Necropolis para uma pista de Nascar, e por ser rápida, requer uma atuação precisa dos interceptadores. O detalhe de cada veículo mostra como a equipe da Hoplon Infotainment trabalhou bem. Uma grata surpresa é poder comprar “skins” de carros por meio de cash e pontos de fama conquistados durante as batalhas.

Trilha Sonora

A trilha sonora do jogo pode deixar os entusiastas do Rock um pouco frustrados, não que as músicas exclusivas sejam ruins, pelo contrário. Mas, para um game que recebe o nome de Heavy Metal no título, esperávamos um soundtrack com alguns nomes conhecidos, assim como aconteceu com o lendário jogo de corrida para Snes Rock n’ Roll Racing. Confira os sucessos que rolavam em 16 bits:

  • Paranoid – Black Sabbath
  • Bad to the Bone – George Thorogood and the Destroyers
  • Deep Purple – Highway Star
  • Born to be Wild – Steppenwolf

A atualização de HMM apresenta uma variedade de sons um pouco mais robusta que a versão original, mas a grande novidade fica por conta do narrador, que parece mais um Galvão Bueno fugido de um hospício. Com tiradas divertidas e muito macabras, o “enterteiner” certamente tem o dom de motivar ou irritar io jogador, seguindo a máxima “ame ou odeie”.

Veredito

Assim sendo, vale muito à pena jogar Heavy Metal Machines! Além de divertido e desafiador o game foi desenvolvido por uma empresa brasileira e está de graça na Steam. Isso mesmo, um MOBA muito bem planejado está totalmente free para jogar. Ademais, quer mais motivos? O jogo logo no seu primeiro ano já teve um campeonato na Rússia, o número de ligas na Europa e América do Sul vem aumentando, novos veículos e personagens foram serão destravados. Muita gente vem gostando e aprovando HMM, então é válido conferir este universo de metal retorcido e cheiro de gasolina.

Heavy Metal Machines foi analisado pela equipe do Blah Cultural no PC. O game foi gentilmente cedido pela Hoplon.

Trailer

Alex Rodrigues

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