REVIEW | ‘Naruto to Boruto: Shinobi Striker’ frustra por falta de História e modo off-line

Wilson Spiler

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24 de setembro de 2018

Os fãs de Naruto podem comemorar com mais um lançamento sobre o herói para o mundo dos games. Disponível para PC, Xbox One e PS4 (console no qual testamos o título), Naruto to Boruto: Shinobi Striker é o novo jogo da franquia inspirada no carismático ninja de Konoha.

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Inspirado no mangá de Masashi Kishimoto, o jogo sucede a saga deixada pela CyberConnect 2, Ultimate Ninja StormÀ medida em que a série focou-se em recriar a história do anime e com as mecânicas de jogo das convencionais batalhas PvP e inimigos controlados pela máquina, Naruto to Boruto: Shinobi Striker segue uma nova abordagem, permitindo aos jogadores criar o seu próprio Shinobi e participar em combates cooperativos on-line. Esta nova aventura segue cronologicamente nos eventos de Boruto: Naruto Next Generations, possivelmente retratando um possível futuro da série desenvolvida pelo estúdio japonês Soleil Ltd.

Em Naruto to Boruto: Shinobi Striker, a proposta é um pouco diferente do que um simples combate, pois, se você está esperando mais um jogo de luta tradicional do Naruto no nível dos anteriores, sinto dizer que irá se decepcionar. Primeiro de tudo que o jogo foi pensado para funcionar na maior parte do tempo conectado na internet. Então, companheiro ou companheira, se você não tem PS Plus ou Xbox Live, BABOU! Você conseguirá, no máximo, fazer uma missãozinha ou outra, trocar um pergaminho aqui e outro ali. Além disso, mesmo conectado, precisei esperar sempre completar oito pessoas para entrar nas missões/batalhas, o que muitas das vezes foi, Ó, um saco!

O título não tem um Modo História e não foca em mecânicas inéditas. Ele opta pela customização do seu personagem ao invés de jogar com os já conhecidos do anime. Você vai evoluindo com o seu ninja, o que é até legal, em certo ponto, mas isso poderia ser um outro modo de jogo, como acontece em games de futebol atuais, como “PES” (Rumo ao Estrelato) e “FIFA” (A Jornada), por exemplo. Como diz o outro, “sou fã, quero service”! É mais ou menos por aí! OK, nas missões, a gente pode até trocar o avatar e jogar com o Naruto, o Sasuke, a Sakura, o Kakashi, entre outros, mas não é a mesma coisa… são pequenas missões. Não dá aquele tesão, sabe?

 

Foto: Reprodução

De divertido mesmo são as batalhas, os golpes, as movimentações, todas as acrobacias ninjas. Isso tudo é muito legal. Com relação aos controles, eles não são exatamente simplórios e nem têm respostas rápidas, o que também atrapalha um pouco.

Montando o avatar

Mas montar nosso avatar faz parte também de toda essa diversão. A princípio, a impressão que fica é a de que o sistema de criação tem limitações pela pouca quantidade de escolhas, já que temos poucos cabelos (cerca de uma dezena), todos de personagens famosos da franquia e poucas opções para o resto da face, o que deixa o seu ninja pouco original. Menos mal é que essa primeira montagem funciona apenas como um template, já que a variedade na customização chega ao ápice no decorrer do jogo, quando uma infinidade de possibilidades é colocada à disposição do jogador.

 

Foto: Reprodução

Você consegue dinheiro depois que termina uma batalha ou uma missão. No geral, sempre terá algum tipo de pergaminho entre os espólios. Esses pergaminhos funcionam como uma espécie de recompensa, que você pode avaliar na lojinha da Tenten, e trocá-los por algum item aleatório, que vão desde cosméticos, como novos cabelos e maquiagens, até armas e equipamentos ninjas que modificam totalmente a sua forma de jogar.

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Em relação aos gráficos, Naruto to Boruto: Shinobi Striker não fica nada a dever aos seus antecessores, o que não quer dizer muita coisa também. Obviamente, o visual é todo cartunesco, voltado para o estilo anime, o que é um acerto, mas tem um pouco de 3D ali que não me agrada tanto. No entanto, nada que desabone o bonito gráfico do jogo, embora nada impactante.

O VEREDITO

Falta a Naruto to Boruto: Shinobi Striker um Modo História. Ficar nessa só de realizar missões e disputar batalhas para pegar itens e arrecadar dinheiro a fim de montar seu avatar não empolga tanto. O gráfico é bonito, mas nada impactante. A jogabilidade deixa a desejar de vez em quando e a possibilidade de só jogar on-line frustra e obriga os usuários de console a assinarem os serviços de internet. Enfim, o game não é ruim, mas, após algumas horas de jogo, cansa e pode passar a ficar pegando poeira na prateleira.

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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