RESENHA | ‘The Witcher – A Maldição dos Corvos’

Felipe de Andrade

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23 de abril de 2019

The Witcher é um fenômeno cultural mundialmente conhecido, que teve início no ano de 1986, quando o escritor polonês Andrzej Sapkowski lançou o primeiro livro intitulado O Bruxo, que apresentava contos do bruxo Geralt de Rívia. Posterior a isso, mais livros da série foram lançados, que também foram adaptados para os quadrinho entre 1993 e 1995.

Com o crescente sucesso das histórias do bruxo Geralt, seu universo expandiu para outras mídias como brinquedos, jogos de carta, um RPG de mesa completo e também videogames. Tudo isso através da produtora polonesa CD Project Red, com o primeiro jogo da série principal saindo em 2007, o segundo em 2011 e The Witcher 3 mais recentemente, em 2015. O último jogo da trilogia foi lançado e é aclamado mundialmente, vencendo dezenas de prêmios em seu ano de lançamento.

Assim como fizeram versões em quadrinhos dos livros anos atrás, a franquia de jogos também ganhou uma série de adaptações para a nona arte. Lançados pela Dark Horse Comics mundialmente, e pela Pixel Editora aqui no Brasil, o primeiro volume chamado A Casa de Vidro e o segundo, Os Filhos da Raposa, fizeram grande sucesso e rapidamente sumiram das prateleiras em todo o país.

A nova saga, intitulada A Maldição dos Corvos, é novamente escrita por Paul Tobin, o mesmo dos títulos anteriores, e desenhada por Piotr Kowalski. Temos mais uma “sidequest” para o Geralt e Ciri, sua filha adotiva, que foram contratados para caçar uma Striga. Segundo o próprio bruxo, são “mulheres amaldiçoadas transformadas em criaturas horrendas, algo entre um lobisomem e um grande cão de guerra raivoso”, que estava causando morte e destruição em um vilarejo de Novigrad.

Como é de se esperar, nada na vida de um bruxo é tão simples, e novos desafios são impostos para a dupla no desenrolar da trama, que tem um bom ritmo com momentos de tensão, surpresas e humor na medida certa. Um ponto de deslize é a maneira como fica retratado o “vício ”dos personagens principais por banhos termais, já que eles aparecem várias vezes nesta situação, em uma história relativamente curta.Personagens conhecidos dos fãs de Geralt são mencionados em alguns momentos, mas quem rouba a cena em suas participação – como acontece em todas as vezes – é Yeneffer, grande amor do bruxo, que toma para si a missão de proteger Ciri, já que também tem ela como filha, tentando afastá-la do perigo de enfrentar um monstro terrível como uma Striga pode ser, confiando uma nova missão para a menina. Geralt descobre que toda a trama sombria tem algo relacionado com seu passado como caçador de monstros. A partir daí, tenta fazer de tudo para proteger as mulheres mais importantes da sua vida – não que elas precisem de proteção – enquanto tenta concluir mais um contrato de trabalho.

A mudança de desenhista, de Joe Querio dos primeiros dois volumes para Piotr Kowalski, garante um visual mais bonito, limpo e detalhado dos cenários e personagens. Como antes, eles são menos estilizados e simples, sendo muito mais agradáveis aos olhos, remetendo mais diretamente ao visual do universo dos jogos de The Witcher, principalmente ao terceiro, Wild Hunt, com Geralt. Este utiliza a mesma armadura do começo do jogo, a armadura da Escola do Lobo. Sempre é bom poder voltar ao universo criado por Andrzej Sapkowski, sem contar que Paul Tobin realmente entende todo o clima que uma história com Geralt de Rívia deve passar, com magia, monstros, aventura, contratos e muitos banhos pelo caminho.

Felipe de Andrade

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