REVIEW | ‘YAKUZA KIWAMI 2’ segue com sua fórmula conhecida e única com lutas da melhor qualidade

Felipe de Andrade

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1 de setembro de 2018

Yakuza 2 está de volta, maior e melhor! A SEGA nos traz este ‘remake’ totalmente refeito do zero com a famosa Dragon Engine, a mesma utilizada em Yakuza 6, atualizando o título que chega exclusivamente para a atual geração da família Playstation, o PS4. Lançado em 28 de agosto, Yakuza Kiwami 2 chega ao ocidente com um atraso menor desta vez, apenas 8 meses após ao seu lançamento original no Japão, Ryu ga Gotoku (“Como um Dragão”), como Yakuza é conhecido por lá, foi lançado originalmente em Dezembro de 2017.

Após 12 anos de existência (13, se contarmos o lançamento original japonês 1 ano antes), Yakuza que sempre foi sucesso absoluto no oriente, vem conquistando um público cada vez mais fiel nas terras ocidentais com o passar do tempo. Contando com vários jogos da cronologia oficial e também spin-offs, e, principalmente, após o recomeço no PS4 com o lançamento de Yakuza 0 (2015) e Yakuza Kiwami (2016), a saga de Kazuma Kiryu, o Dragão de Dojima, ganha mais seguidores ao redor do mundo e será sucesso garantido.

Divulgação / Sega of America


 

O game se desenvolve com muito mais fluidez com a utilização da Dragon Engine, já que com ela as telas de loading foram reduzidas. É possível até mesmo sair de estabelecimentos e começar as várias lutas que acontecem no desenrolar da história sem quaisquer tipo de interrupções, ao contrário do que acontecia no Yakuza 2 do Playstation 2. Este motor gráfico também foi utilizado nos últimos dois games da franquia e a cada jogo lançado o estúdio vem se aprimorando e evoluindo, na maneira em que utiliza a engine e cria jogos cada vez melhores que os anteriores.

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O game conta com algumas adaptações em sua história para poder relacionar os acontecimentos de Kiwami 1 e Yakuza 0, que não existia no PS2, com os de Kiwami 2. A história se passa 1 ano após os acontecimentos do Kiwami e segue a mesma do lançamento original, com Kazuma tentando começar a ter uma vida normal com Haruka, sua “filha adotiva”. Sendo que os Clãs Tojo e Omi começam a entrar em um grande atrito por causa de um assassinato. Para tentar manter a paz entre os clãs rivais, Kazuma, o Dragão de Dojima, parte para Osaka, com a intenção de impedir que uma guerra exploda dentro da máfia japonesa. Do outro lado dos acontecimentos está Ryuji Goda, o Dragão de Kansai, que é considerado por muitos o melhor vilão da franquia e tem intenções completamente contrárias as de Kazuma. Assim surge mais uma rivalidade inevitável que acaba virando uma disputa pessoal para ambos, sobre o título de Dragão, com eles concordando que só existirá um ao final desta disputa.

Divulgação / Sega of America

O gráfico ainda pode melhorar em um futuro game com a Dragon Engine. Rapidamente percebemos que Kazuma é o personagem mais bem feito do jogo, seu nível de detalhes é superior aos demais personagens, principalmente se compararmos com os npcs que vagueiam pelas ruas. Os cenários são bem feitos, principalmente as ruas de Kamurocho e de Sotenbori, cheias de detalhes em placas luminosas e seus reflexos nas poças d’água no chão. Já os cenários em que realizamos missões fora dessas ruas, quanto maior é o ambiente da fase, menos detalhes ela possui. A taxa de frames por segundo é constante e mesmo durante uma luta com vários inimigos tudo acontece parece não haver queda alguma. Outra coisa que fica aquém é a “ausência de vento”, sendo estranho em um game bonito como esse não existir movimento dos cabelos dos personagens e quase nenhum em suas roupas. Isso era normal na época do PS2, mas agora com este remake para o PS4 poderiam ter  melhorado.

Divulgação / Sega of America

O gameplay segue o já consagrado estilo do “GTA japonês”, como muita gente descreve erroneamente Yakuza por aqui. É um jogo no qual você poderá explorar mapas das cidades com ruas cheias de gente, realizar missões relacionadas à história principal e missões secundárias. E não para por aí, são personagens em situações cômicas, caça a colecionáveis, vários minigames, administração dos clubes noturnos. Tudo isso comendo e bebendo muito para encher a barra de life, equipar armas e itens e somar pontos para melhorar os vários atributos. Você poderá liberar uma série de golpes no decorrer do game para manter uma pancadaria da melhor qualidade, que já é marca registrada da franquia faz tempo. No decorrer do jogo, poderá equipar até quatro armas para usá-las no momento em que achar melhor durante as lutas ou transformar tudo o que for possível em armas mortais, tais como cones de trânsito, canos, bicicletas, etc.

Divulgação / Sega of America

Como em todo Yakuza, também existem aquelas missões que são iniciadas de repente, com um personagem correndo até Kazuma e pedindo ajuda, sem ter opção de aceitar ou não realizar tal missão. Isso é ruim e quebra o ritmo do gameplay, pois podemos não estar preparados para enfrentar um inimigo mais forte neste exato momento, causando certa frustração e terminando uma luta com derrota. Dentro de Yakuza Kiwami 2 existem uns extras muito bons para passar o tempo. É possível jogar golf, baseball, dardos, etc. Para os mais saudosistas por conta do Club Sega, que tem algumas lojas espalhadas pelas cidades, podemos jogar versões completas de Virtua Fighter 2, clássico jogo de luta 3d com multiplayer local para dois jogadores e Virtual-On, com combate entre robôs em arenas.

E existe ainda o que pode ser o melhor minigame presente, onde jogamos com Goro Majima, o famoso “Cachorro Louco de Shimano”. Podemos completar sua campanha liberando novos capítulos à medida que realizamos as missões principais com Kazuma. Sempre é bom poder acompanhar mais deste que é um dos personagens mais importantes da franquia. Infelizmente, o game não foi localizado com dublagem e legendas para o português novamente e recebeu apenas legendas em inglês e manteve o áudio dos diálogos no original em japonês. Durante os diálogos dublados em japonês, percebemos que a sincronia labial não é perfeita em vários momentos, o que não costuma acontecer com o idioma original, apenas quando o game é dublado para outras línguas. E falando nisso, Kiwami 2 teve um certo retrocesso com relação à Yakuza 6, que tinha a maioria dos diálogos dublados, agora voltamos a ter várias conversas apenas legendadas com o personagem falando alguma coisa de vez em quando.

VEREDITO

Yakuza Kiwami 2 segue com sua fórmula conhecida e única, trazendo muitas e muitas lutas da melhor qualidade e que são difíceis de se encontrar em outro game qualquer.

Felipe de Andrade

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