Rua do Medo 1978 Parte 2 filme Netflix crítica

‘Rua do Medo: 1978 – Parte 2’ é uma carta de amor à franquia Sexta-Feira 13

Pedro Marco

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7 de julho de 2021

A ousada saga da Netflix em lançar uma trilogia de terror semanalmente, chega em seu filme do medo com uma carta de amor a Jason Voorhees e sua Sexta-Feira 13.
Com o subtítulo de 1978, a parte 2 de Rua do Medo (Fear Street Part Two: 1978), baseada na série de livros homônima de R.L. Stine, começa imediatamente após os eventos do filme anterior (1994, lançado em 02 de julho), com os irmãos Deena (Kiana Madeira) e Josh (Benjamin Flores Jr.) encontrando a misteriosa C. Berman (Gillian Jacobs) para tentar entender os mistérios da temida bruxa Sarah Fier.
Sem desenvolver muito a história do longa anterior, um rápido encontro de gerações inicia o flashback que nomeia o filme, em uma viagem no tempo para os dias ensolarados do acampamento Nightwing, em 1978.

Guerra das Cores

Estas lembranças, que cobrem mais de 80% do filme, nos trazem a história das irmãs Ziggy (Sadie Sink, a Mad Max de Stranger Things) e Cindy Berman (Emily Rudd), durante a “Guerra das Cores” entre os acampamentos de Shadyside e Sunnyvale. A rivalidade das cidades vizinhas acaba sendo expandida ao que foi introduzido no filme anterior, apesar de seguir com pontas soltas de suas motivações básicas.
A partir dali, roupas, músicas e o clima de férias, abrem um leque de homenagens ao clássico Sexta-feira 13, de 1980, e outros filmes da época como Acampamento Sinistro, Madman e Chamas da Morte. No entanto, com o grande diferencial de como seriam os eventos caso o acampamento estivesse funcional e cheio de crianças.
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Diferenciais de Rua do Medo: 1978 – Parte 2

O grande trunfo de Rua do Medo: 1978 – Parte 2, então, encontra-se em não apenas trazer os clichês básicos da franquia de Jason, como a morte iminente daqueles que praticam sexo ou usam drogas, mas quebrar as amarras em matar crianças e adolescentes de forma massiva. Além disso, traz um “gore” oitentista que agrada aos mais nostálgicos e a nova geração.
As referências acabam preenchendo esta segunda parte da trilogia de Leigh Janiak, como foi com a primeira, mas de forma mais tímida. Com menção à volta do nome de Stephen King sendo citado, e até mesmo a recriação de uma das icônicas cenas de seu primeiro livro. A trilha sonora, que vai de Kansas a David Bowie, acaba sendo o tempero final para esta celebração ao slasher clássico.
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Divertido e com ganchos

Por fim, Rua do Medo: 1978 – Parte 2 é um terror extremamente divertido, com algumas surpresas que acabam sendo bem previsíveis para os mais recorrentes do gênero, mas que divertem quando são descobertos. Por ser um filme do meio na trilogia, consegue amarrar bem as pontas com o antecessor, mas sem conseguir ser independente ao anterior ou ao gancho do seguinte (que será lançado no dia 16 de julho).
A parte 3 de Rua do Medo, que se passará em 1666, promete explorar as raízes desta estranha história que paralelamente corre em forma linear e contrária, trazendo a volta de atores de ambas as partes. Então, a história de Sarah Fier e dos moradores de Shadyside ainda tem um capítulo para se fechar. Mas isso, a gente conversa na semana que vem.
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Trailer do filme Rua do Medo: 1978 – Parte 2 (Netflix)

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Ficha Técnica

Título original do filme: Fear Street Part Two: 1978
Direção: Leigh Janiak
Roteiro: Zak Olkewicz, Leigh Janiak, baseado no livro de R.L. Stine
Elenco: Sadie Sink, Emily Rudd, Ryan Simpkins, McCabe Slye, Ted Sutherland, Gillian Jacobs, Kiana Madeira
Data de estreia: sex, 09/07/21
Onde assistir ao filme ‘Rua do Medo: 1978 – Parte 2’: Netflix
País: Estados Unidos
Gênero: terror, suspense
Duração: 110 minutos
Classificação: a definir

Pedro Marco

Pedro Px é a prova de que ser loiro do olho azul e com cabelos e barbas longas, não te garantem ser parecido com o Thor. Solteiro, brasiliense e cozinheiro, se destaca como autor de 7 livros, host do Pipocast, membro da Academia de Letras de sua cidade, fundador de Atlética universitária, padrinho da Helena, e nos tempos livres faz 40h semanais como engenheiro civil. Escreve sobre cinema desde que tudo aqui era mato, sendo Titanic seu filme favorito
8
Créditos Galáticos

Créditos Galáticos: 8

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