‘Sarau das Putas’: a mulher pela ótica de… Certas mulheres
Alan Daniel Braga
Treze atrizes-cantoras se tornarão putas para enaltecer e tratar a condição de ser mulher. Isto é o que será experimentado no espetáculo “Sarau das Putas“, que estreia na próxima quarta-feira, dia 27 de março, no Teatro Poeira.
Mas o que significa ser puta? O que significa ser mulher? Para o diretor da peça, Ivan Sugahara, a mulher é, acima de tudo, uma guerreira. E daí surge o interesse do diretor pela figura simbólica da prostituta. A mulher que, desde o início dos tempos patriarcais, se recusa a se submeter ao homem. A figura que vive na contradição, entre a independência e a dependência, mas que luta por autonomia com “as armas que dispõe”. E é a ótica desta força transgressora que a peça toma emprestada para discutir temas como o lugar da mulher, da sexualidade, do corpo, e de determinados valores da sociedade contemporânea.
O “Sarau da Putas” nasceu de uma oficina ministrada por Sugahara em 2012 no próprio Teatro Poeira. O trabalho de pesquisa contou com a força, a fragilidade, a coragem e as inteligências mental e emocional de um grupo de atrizes do qual se originou o elenco do espetáculo.
A montagem da peça não contou com patrocínio e teve que sobreviver apenas da boa vontade de técnicos e artistas, além do apoio do teatro. Mesmo com data de estreia e temporada garantida, o espetáculo ainda conta com dificuldades para pagamento de alguns serviços. A todos que quiserem colaborar com o projeto, a produção disponibilizou uma página colaborativa no site Benfeitoria.
Se você não puder colaborar, tire uma terça ou quarta-feira para ir além do universo das putas.
SERVIÇO
Estreia: dia 27 de Março de 2013
Temporada: 27 de Março a 29 de Maio
Terças e Quartas às 20:00
Local: Teatro Poeira – R. São João Batista, 104 – Botafogo
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$20,00 (meia)
Classificação etária: 18 ANOS – menores só acompanhados dos responsáveis.
Vendas antecipadas no site: http://www.ingresso.com/
FICHA TÉCNICA
Direção: Ivan Sugahara
Dramaturgia: Ivan Sugahara, Renata Mizrahi e Vitor Barbarisi
Assistência de Direção: Diego de Angeli e Vitor Barbarisi
Criação: Carol Garcia, Carolina Ferman, Diego de Angeli, Gabriela Carneiro da Cunha, Gisela de Castro, Ivan Sugahara, Juliana Terra, Laila Garin, Laura Limp, Lívia Paiva, Nara Parolini, Nathália Mello, Renata Guida, Renata Mizrahi, Rita Fischer, Rose Lima, Tatyane Meyer e Vitor Barbarisi
Direção de Movimento: Paula Maracajá
Preparação Vocal: Ricardo Góes
Cenografia: Diego Molina
Figurino: Tarsila Takahashi
Iluminação: Ana Luzia M. de Simoni
Trilha Sonora: Ivan Sugahara e Vitor Barbarisi
Programação Visual e Fotografia: Thiago Ristow
Produção: Alan Isidio, Amanda Lima e Maria Alice Silvério Lima
Marketing Digital (Blog e Fanpage): Laura Limp
Assessoria de Imprensa: Flávia Tenório – LEAD Comunicação
Elenco: Carol Garcia, Carolina Ferman, Gisela de Castro, Juliana Terra, Laila Garin, Laura Limp, Lívia Paiva, Nara Parolini, Nathália Mello, Renata Guida, Rita Fischer, Rose Lima e Tatyane Meyer.
Mais informações, na página do espetáculo no Facebook.
Alan Daniel Braga
Publicitário e roteirista de formação, foi de tudo um pouco: redator, produtor, vendedor, clipador, operador de som e imagem, divulgador, editor de vídeos caseiros, figurante e concursado. Crítico, irônico e um tanto piegas, é conhecido vulgarmente como Rabugento e usa essa identidade para manter um blog pouco frequentado (Teorias Rabugentas). Também mantém uma página no Facebook (Miscelânea Rabugenta), com a qual supre a necessidade de conhecer músicas, artistas e pessoas novas. Está longe de ser Truffaut, mas gosta de dar voz aos incompreendidos. (Acesse http://teoriasrabugentas.blogspot.com.br/ e curta https://www.facebook.com/MiscelaneaRabugenta)
