Sem a presença de Trump, o Kennedy Center celebrou as artes de Gloria Estefan e Lionel Richie

Bruno Cavalcante

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4 de dezembro de 2017

Com a notável ausência do presidente Donald Trump, o Kenny Center realizou no último domingo (3), uma grande festa em homenagem aos cantores Lionel Richie e Gloria Estefan, além do rapper LL Cool J, o produtor de televisão Norman Lear e a dançarina Carmen de Lavallade.
O Kennedy Center Honors é considerado o prêmio de maior reconhecimento dos EUA, nomeando artistas de vários campos de atuação. E a importância do evento geralmente é acompanhada por uma recepção da Casa Branca com o presidente e a primeira-dama. Não desta vez.
Em agosto, a Casa Branca declarou que Trump e sua esposa, Melania, não participariam da festa, para que os homenageados pudessem desfrutar do evento “sem qualquer distração política”. A recepção no local também foi cancelada depois da ameaça de boicote por parte de algumas das celebridades envolvidas.
De Lavallade, de 86 anos, revelou que não poderia participar de tal evento depois da declaração de Trump sobre os extremistas da direita e da esquerda terem sido os culpados em uma manifestação da supremacia branca na Virgínia, onde uma mulher morreu. “Algo na minha alma … disse que não“, disse a coreógrafa.

LL Cool J, Lionel Richie, Carmen de Lavallade, Norman Lear e Gloria Estefan foram os homenageados do 40º Kennedy Center Honors (Foto por Kevin Wolf).


No mais, as homenagens no 40º Kenney Center Honors seguiram com muita festa e uma tímida presença política. Artistas como Stevie Wonder, Quincy Jones e Kenny Rogers, renderam homenagens a Lionel Richie, conhecido pelos sucessos “Three Times a Lady” e “Say You, Say Me”. A cantora britânica Leona Lewis terminou com uma interpretação de rock da canção “All Night Long”, sucesso de Richie dos anos 80.
Já a cantora e compositora Gloria Estefan, de 60 anos, nascida em Havana, Cuba, foi honrada por sua filha, Emily, que entregou uma belíssima interpretação da canção “Reach”, composta por sua própria mãe.
Estefan revelou que se sentia agradecida que Trump escolheu não participar. “Sempre que algo se torna mais sobre a controvérsia do que as realizações reais das pessoas que estão recebendo o prêmio, isso se torna meio desconfortável para todos”, disse ela à imprensa no sábado.
O rapper LL Cool J, de 49 anos, que estrela o programa de televisão “NCIS Los Angeles”, fez história ao se tornar o primeiro artista do hip hop a se juntar ao clube dos homenageados. “Nunca me senti tão inspirado“, disse ele à imprensa. “É um lembrete de que a arte importa“, completou o rapper.
O produtor de televisão e escritor Norman Lear, famoso pela comédia de sucesso “All in the Family”, foi celebrado por confrontar questões sociais difíceis. Lear era como um segundo pai, disse o cineasta Rob Reiner, que atuou em “All in the Family”. Do palco, ele disse: “Norman, eu te amo“.
Ao final deste Kennedy Center, só restou a confirmação de que a população americana está bastante dividida politicamente. “A arte transcende as fronteiras, as culturas, a política“, disse a atriz Julie Andrews, que realizou a recepção. “Este evento nos dá a oportunidade de nos afastar do discurso divisivo e apreciar a excelência da arte que foi criada para todos“.
CBS irá transmitir o 40º Kennedy Center Honor no próximo dia 26 de dezembro.

Bruno Cavalcante

Meu nome é Bruno Cavalcante, sou formado em publicidade e propaganda, carioca, escorpiano, apaixonado pela vida e por cinema também. Meu gênero preferido é o terror, mas gosto e vejo de tudo um pouco.
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