serial killers

O fascínio da mídia e do público com os serial killers

Wilson Spiler

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3 de setembro de 2019

De fato, produções de cinema, TV e streaming com roteiros baseados em crimes cometidos por serial killers nos anos 70 viraram uma febre do momento. No cinema, o diretor Quentin Tarantino revive, em seu “Era Uma Vez em Hollywood”, a trágica história dos assassinatos da atriz Sharon Tate e de quatro amigos por membros do grupo liderado por Charles Mason. Com base em uma história de 1969, o longa se transformou em um dos grandes sucessos de bilheteria deste ano.

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Outras estreias recentes abordam o mesmo tema. “O Bar Luva Dourada”, por exemplo, trata da série de assassinatos cometidos na Hamburgo dos anos 70 por Fritz Honka. Por outro lado, “Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal”, dirigido por Joe Berlinger, traz o ator Zac Efron como um serial killer sedutor, responsável pela morte de mais de 30 mulheres.

Além disso, no serviço de streaming da Netflix, a série “Mindhunter”, que disseca a mente de assassinos seriais de 1978 a 1981, chega a sua segunda temporada como fenômeno de audiência.

O que explica a febre dos serial killers cinquentões?

De acordo com o professor do curso de Cinema e Audiovisual da ESPM Rio, Pedro Butcher, os filmes inspirados em crimes hediondos são uma longa tradição no cinema. E a análise histórica do gênero mostra o quanto é válido investir nessa temática. Pedro explica o fascínio por essas histórias.

“As histórias de assassinatos recorrentes representam uma grande oportunidade de despertar duas sensações poderosas – o medo e o choque”, destaca o docente.

Outras produções do passado

O professor Pedro Butcher ainda lembra de outras produções que fizeram sucesso em períodos anteriores. O Brasil, claro, não ficou de fora de filmes do gênero.

“No Brasil, ainda nos primeiros anos do cinema, três produções locais que reconstituíram crimes de grande repercussão na mídia fizeram imenso sucesso de público e são considerados marcos, ainda que tenham se perdido: Os Estranguladores’ (1908), O Crime da Mala’ (1908) e Noivado de Sangue’ (1909). Em 1960, Alfred Hitchcock reinventou sua carreira com uma obra-prima que foi também seu maior sucesso de bilheteria: Psicose’.

Em 1991, O Silêncio dos Inocentes’, em que o serial killer Hannibal the Cannibal, criado pelo escritor Thomas Harris, ganhou corpo e alma na interpretação brilhante de Anthony Hopkins, tornou-se um marco. O longa despertou uma sequência de filmes focados em crimes seriais, como Seven – Os Sete Crimes Capitais’, de David Fincher (1995) que dirige e produz Mindhunter’, Psicopata Americano’ (2000), de Mary Harron, Zodíaco (2007), também de Fincher, e mais recentemente ‘A Casa que Jack Construiu’ (2018), de Lars Von Trier”, lembrou o especialista.

Enfim, e você? Também gosta de filmes sobre serial killers? Aliás, vale lembrar que “Era Uma Vez em Hollywood”, que estreou em 15 de agosto, ainda está em cartaz nos cinemas. Assista ao nosso vídeo sobre o último longa-metragem de Quentin Tarantino:

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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