Sessão Nostalgia #11: As Tartarugas Ninja (1987)
Stenlånd Leandro
Das páginas dos quadrinhos, as Tartarugas Ninja invadiram a TV em um desenho animado com episódios de meia hora de duração, algo mais fabuloso que as Tartarugas Ninja era difícil de se encontrar, sabia?
Depois de diversos remakes atuais, filmes e muita coisa, nada bate o famoso clássico que também se tornou games nos Arcades, Nintendinho, Super Nintendo dentre outros consoles.
Com direção de Yoshikatsu Kasai, as tartarugas chegaram as telinhas numa mini-série produzida por Osamu Yoshioka. O programa, cheio de ação, humor inocente e com uma animação de qualidade fez tanto sucesso que no dia 10 de dezembro, daquele mesmo ano, estreava em syndicated o seriado animado das Tartarugas Ninja.
Quem era da época realmente teve um choque em ver que as tartarugas ninjas assassinas dos quadrinhos haviam virado esses humoristas ambulantes. Apesar de infantil, o desenho era muito ”fofo”, a apresentava aventuras com inimigos recorrentes e enredos envolventes, que podiam durar mais de um episodio, e foi uma ótima maneira de apresentar esses personagem ao público da época, explorando todo seu potencial comercial.
O desenho era bem mais voltado para o humor e ao público infantil, então nada de sangue ou morte, e muito menos usar as armas por aí.
A série, ao contrário do que se esperava não alcançou rapidamente sucesso, até que em 1990 a estréia do filme para o cinema, baseado nas personagens, transformou o programa numa verdadeira febre. Foi naquele ano que a série passou a ser apresentada pela Rede Globo, antes de passar He-man e She-ra respectivamente. A série animada das Tartarugas ficou no ar de 1987 até 1996
Na série animada algumas mudanças foram realizadas na história das Tartarugas. As cores das bandanas foram mudadas, originalmente as quatro eram vermelhas, alteração que acabou passando para todas as outras mídias; A origem do Mestre Splinter e a profissão de April O’Neil, (que foi de programadora para repórter) também sofreram alterações.
No desenho, Splinter era o ratinho de estimação do grande lutador de artes marciais Hamato Yoshi, no Japão. Yoshi era rival de Oruku Nagi (apesar de suas famílias serem amigas), e disputavam o amor da mesma garota: Tang Shen. Certo dia, Nagi perdeu a cabeça e tentou forçar Tang a amá-lo, mas ela gostava de Yoshi. Na batalha, Yoshi matou Nagi, e teve que fugir do Japão para Nova York levando apenas alguns pertences, entre eles Splinter.
O ratinho Splinter começou a aprender os golpes e truques de seu dono, de tanto ficar observando-o treinar. Os problemas começaram mesmo quando Saki, irmão de Nagi, foi atrás de Yoshi, e montou um império criminoso nos Estados Unidos. Quando finalmente Saki encontrou Yoshi, uma grande luta aconteceu, e a gaiola onde Splinter estava se quebrou. Yoshi foi morto, e Splinter passou a vagar pelas ruas e becos como um rato comum, mas sempre alimentando um profundo sentimento de vingança.
Depois de algum tempo, finalmente o destino sorriu para o pequeno rato. Um caminhão deixou cair um container radiativo. O container bateu em um garoto que carregava um aquário com quatro tartarugas. O aquário e o container caíram dentro de um buraco na rua. O container se rompeu, banhando as pequenas tartarugas no líquido radiativo. Presenciando tudo, Splinter resgatou as tartaruguinhas e cuidou delas. Com o passar dos dias, as quatro tartarugas e Splinter começaram a crescer e assumir uma forma humanoide.
Splinter então passou a ensinar as tartarugas tudo o que havia aprendido observando seu antigo mestre Yoshi e as batizou com o nome de quatro grandes artistas renascentistas. Entre as tartarugas estavam: Leonardo, que tinha como armas suas Katanas (Espadas Ninja), usava uma máscara azul e era uma espécie de líder do grupo; de máscara laranja, Michelangelo tinha como arma seus Nunchakos, era o festeiro do grupo, aquele que sempre chegava para levantar o astral da galera; já Donatello, usava sempre uma máscara roxa e como arma tinha o Bo (cajado), era o cérebro do grupo e estava sempre inventando coisas para facilitar a vidas as Tartarugas Ninja; Raphael, usava sua máscara vermelha e como arma tinha o seus Sais, ele era o cínico e pessimista do grupo.
Mesmo tão diferentes, as quatro colegas tinha em comum a sede de justiça, o bom humor e gosto exagerado por pizzas. Elas passaram a defender a cidade do Destruidor (do clã Nagi), um poderoso vilão que possuía uma armadura especial. Ele comandava um grupo de mutantes, formado por desordeiros de gangues como: o rinoceronte Rockstead e o javali Beepop. Além deles as tartarugas ainda tinham que enfrentar o Krang, que usava o Destruidor e seus capangas para tentar conquistar o nosso planeta.
O Destruidor é aliado do alienígena Krang, da gangue punk Os Dragões Roxos e do cientista Baxter Stockman. Todos têm um objetivo em comum: ”Destruir aquelas Tartarugas”. Graças à aliança com o cérebro rosa vindo de outra dimensão (o Krang), o destruidor tem acesso a um poderoso mutagênico, e faz uso disso para transformar dois integrantes dos Dragões Roxos, Rocksteady e Bebop em aliados mutantes, mas os dois são tão atrapalhados que o tiro saiu praticamente pela culatra.
Vale lembrar que o Destruidor nesta versão é muito louco e não mete medo em ninguém, como um bom vilão clássico ele quer vencer as tartarugas e dominar tudo, para isso ele precisa liberar o Tecnodromo a fortaleza móvel de Krang um alienígena da dimensão X.
Enfim, foi um tempo bom que infelizmente não volta mais. Será que algum dia teremos na TV algo parecido chamado Sessão Nostalgia? Quem sabe!!!