SHAZAM | Expectativas e considerações de um fã para o filme que vem por aí

Marcelo Gonzaga

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23 de julho de 2018

Muito se tem especulado e comentado sobre o novo longa-metragem da DC – que teve o trailer divulgado na última San Diego Comic Con – produzido pela Warner Brothers, com estreia marcada para 2019. O longa será sobre um dos super-heróis mais queridos, admirados e populares que existem: o poderoso Shazam, o Capitão Marvel da DC Comics.

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Para quem não sabe a palavra SHAZAM é, na verdade, o nome do mago que doa os seus poderes a um jovem órfão. Além disso, na combinação desse nome residem seis virtudes de deuses e semideuses greco-romanos e um rei do Antigo Testamento. Então, ao desmembrar a palavra mágica temos as seguintes virtudes:

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  • Salomão – Sabedoria;
  • Hércules – Força;
  • Aquiles – Coragem;
  • Zeus – Poder;
  • Atlas – Resistência;
  • Mercúrio – Velocidade.

Dentro dessa realidade, nos deparamos com um grande paradigma. Bom.. que paradigma seria esse? Para princípio de conversa, devemos estar cientes que a DC fez recentemente um grande reboot em seu grandioso universo chamado os Novos 52. Não vou ater-me aqui em explicar à definição dessa nova forma da editora redefinir o seu mundo de super heróis. Deixarei isso para um próximo texto sobre esse assunto.

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Respondendo à pergunta, nos deparamos com dois tipos de Capitão Marvel. O original é um super herói mais convencional, onde sua identidade secreta é a do jovem Billy Batson, que, apesar de ser órfão e ter sido expulso de casa pelo meio-irmão do seu pai, Ebenezer Batson – que ficou com todos os seus bens -, não se deixou dominar pelos sentimentos do ódio, do rancor e da revolta, mesmo tendo que viver nas ruas com o coração repleto de mágoas, conseguindo assim manter a essência bondosa de sua alma e superar aos poucos as provações que a vida lhe atribuiu. O fato dele conseguir sair vitorioso desses obstáculos através da seara da resiliência, fez com que tocasse profundamente o coração do Mago Shazam, guardião da Pedra da Eternidade, a mesma que ele o manda buscar por intermédio de um mensageiro místico para transferir os seus poderes a esse jovem de coração nobre.

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No reboot, encontramos um Capitão Marvel mais poderoso, pois, além das seis virtudes anteriormente mencionadas, ele detém o poder do raio vivo juntamente com a magia do Mago Shazam. O grande barato dessa nova roupagem do personagem reside no fato do conflito interno de sentimentos e personalidades entre o mortal mais poderoso da Terra e seu hospedeiro, Billy Batson, por ele ser um adolescente de 15 anos. Outro ponto alto desse “remake” é o fato de Billy também ser órfão, porém, o mesmo reside em um orfanato e que, diferentemente do original, possui um coração, aparentemente, duro e indiferente. Só que essa conclusão é ilusória.

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No decorrer dessa nova origem percebemos que a personagem principal sofreu uma readaptação para nosso mundo atual em que a violência, a indiferença e a falta de amor aumentaram consideravelmente. Dentro desse cenário, para Billy sofrer menos, ele se viu obrigado a aprender a se defender nas ruas antes de ir parar no orfanato. Todavia, a sua essência nobre não foi destruída conforme algumas circunstâncias se apresentam em sua vida depois que ele é adotado por uma família de classe média que já tinham outras crianças adotadas. Dentre essas circunstâncias, podemos citar quando alguns valentões da sua escola tentam bater em um dos seus irmãos adotivos e ele o defende botando eles para correr, pois sabia se defender.

Paralelamente a esses acontecimentos o Mago Shazam andou fazendo uma série de abduções místicas em busca do novo campeão da humanidade, porém todos os possíveis candidatos apenas serviram para frustrá-lo. Os mesmos não eram dotados das virtudes que ele tanto procurava. Quando o Mago finalmente acaba abduzindo Billy, ao escaneá-lo, se frustrou mais uma vez desdenhando dele, pois o mesmo, ao seu ver, também não possuía  pureza de coração. Billy, no entanto, não se conforma com a sua sentença moral dada pelo Shazam. Ele argumenta que não existem pessoas perfeitas e que as pessoas realmente boas são “devoradas, tiram vantagem delas” e que, em algumas vezes, é necessário endurecer algumas atitudes para não ser destruído por malfeitores. Porém a pessoa tem que ter a sensibilidade de ajudar na hora certa aquele que necessita de socorro. Então Shazam consegue vislumbrar aquilo que por milênios procurou, ou seja, alguém de coração, e condutas firmes e seguras, sem ser ingênuo. A partir desse diálogo duro, ele encontra o mais novo campeão da humanidade.

Baseando-nos nessas informações, nós, fãs do Capitão Marvel, nos perguntamos para que direção a Warner Bros. vai seguir para fazer o seu mais novo longa Shazam. Acreditamos que a tendência é colocar um contexto mais atual, porém sem deixar de lado o charme clássico do poderoso herói, atendendo, assim, ao menos um pouco, as necessidades dos fãs antigos e atuais. O que esperamos, de verdade, é que a DC acerte de vez com seu universo no cinema e tenha um longo e vindouro futuro nas telonas.

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Marcelo Gonzaga

Bacharel e professor de História formado pela UFRJ.
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