Supercombo entrevista

EXCLUSIVO: Supercombo se ergue com o passado de olho no futuro

Cadu Costa

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18 de maio de 2021

Supercombo, banda capixaba de rock, já se apresentou em diversos eventos nacionais de grande porte, como Lollapalooza e Planeta Atlântida, por exemplo. O grupo, que acabou de assinar com a Olga Music, braço de distribuição digital da Warner Music Group, fez um show histórico em novembro de 2019: um festival próprio, com cinco horas de apresentação. Esse registro inédito do evento celebrou os cinco anos do disco Amianto com os grandes sucessos da banda e, agora, será lançado em DVD, bem como em todas as plataformas de streaming em agosto de 2021.
Então, aproveitando o lançamento do novo trabalho, o Supercombo conversou com o ULTRAVERSO. O grupo falou sobre a carreira, pandemia e novidades. Confira:

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ULTRAVERSO: Vocês já têm um certo nome no cenário nacional, mas ainda é difícil viver de música. Com a pandemia, a situação ficou ainda mais complicada. Sendo assim, é possível ainda trabalhar com o rock hoje neste cenário?

Leo: Viver de música no Brasil é muito difícil, seja lá qual for o estilo. O “roqueiro” sofre mais ainda por não fazer parte do “mainstream” e também por, no geral, estar respeitando um pouco mais as restrições de aglomeração do que a galera de outros estilos. Acho que, até passar a pandemia, o lance é segurar a onda e preparar conteúdo pra lançar quando os eventos e shows voltarem a serem seguros.
André: É isso. As dificuldades sempre existiram, em qualquer área, não só na música. A pandemia nos impôs um desafio desconhecido, para o qual ninguém estava preparado. Precisamos pensar em alternativas para seguir produzindo. A classe artística foi uma das mais afetadas economicamente, mas o impacto geral foi muito maior. Então, a gente seguiu pensando em projetos novos e finalizando algumas coisas pendentes em que já estávamos trabalhando antes. O ritmo diminuiu, mas conseguimos nos manter bem, unidos e saudáveis, que é o mais importante nesse momento.

Ao longo desses mais de dez anos de carreira, como vocês acham que evoluíram tanto profissional quanto pessoalmente?

Leo: Demos muitos murros em ponta de faca, brigamos (algumas muitas vezes). Mas hoje viramos uma família. A gente aprendeu que banda é como se fosse uma empresa e encaramos estruturalmente como tal, coisa que vacilamos muito no início da carreira.
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Como foi participar do programa ‘Superstar’. Acabou sendo um divisor de águas da Supercombo?

Leo: Foi show de topperson! Pra mim foi muito mais um acampamento de bandas do que de fato um reality show. O clima no backstage era muito maneiro e a vitrine da Globo ajudou a catapultar o nome da banda pro país inteiro.

Vocês acabaram de assinar com a Olga Music. Quais são os próximos passos da Supercombo?

Leo: Lançar nosso tão aguardado DVD, esquentar um disco novo e uma turnê nova pra quando a Terra voltar a ser redonda.
André: Estamos bem felizes com essa nova parceria com a Olga Music e ansiosos pra esses projetos futuros que irão surgir daí. Como o Leo falou, temos o DVD ao vivo para ser lançado ainda esse ano – via Olga. Além disso, estamos concluindo o lançamento de um EP, que começou a chegar às plataformas digitais ainda no final do ano passado.
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O que mais preocupa a banda, em relação ao cenário político nacional?

Leo: Falta de vacinas e campanhas de orientação de controle da pandemia, a possível volta do voto impresso e a reeleição desse desgoverno genocida fundamentalista religioso-miliciano.
André: A pandemia escancarou a importância de termos pessoas responsáveis e competentes no comando. Num momento em que se fazem necessários todos os esforços para superarmos a covid-19, fomos duramente confrontados com os efeitos que uma má administração causam diretamente em nossas vidas. É muito triste saber que muito do que está acontecendo aqui poderia ter sido evitado e amenizado com uma boa condução do governo.

Conseguem enxergar como será o futuro da música pós-pandemia?

André: Fazer previsões não é algo muito simples. Contudo, tendo a acreditar que aos poucos as coisas voltem a se normalizar. Alguns festivais já estão sendo anunciados em outros países e a confiança das pessoas para ir a eventos e shows será retomada gradualmente quando estivermos vacinados e quando for seguro. Aqui no Brasil isso deve demorar um pouco mais, mas vai acontecer também.
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Cadu Costa

Cadu Costa era um camisa 10 campeão do Vasco da Gama nos anos 80 até ser picado por uma aranha radioativa e assumir o manto do Homem-Aranha. Pra manter sua identidade secreta, resolveu ser um astro do rock e rodar o mundo. Hoje prefere ser somente um jornalista bêbado amante de animais que ouve Paulinho da Viola e chora pelos amores vividos. Até porque está ficando velho e esse mundo nem merece mais ser salvo.
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