Em agosto, o Estúdio Angry Mob Games trouxe mais um game baseado em Super Smash Bros e Playstation All-Stars Battle Royale, estamos falando de Brawlout. Diferentemente dos dois primeiros, que eram com personagens conhecidos de suas respectivas plataformas, Brawlout pega emprestado apenas o estilo caótico de lutas em arenas com até quatro lutadores. O objetivo? Restar apenas um personagem no cenário depois de muita pancadaria.  A produtora do game afirmou que Brawlout ainda está em um processo de evolução e o estúdio prometeu mais personagens exclusivos do game e convidados de outras franquias e novas arenas. Um modo história seria bem-vindo e  bem melhor do que apenas jogar um modo arcade bem simplório.

Já na primeira tela de loading, o jogo engana mostrando uma foto com 15 personagens, quando entramos na tela de escolha de personagens, 24 estão disponíveis. No entanto, a versão testada é composta de 6 lutadores originais – Olaf Tyson, Sephi´ra, King Apu, Chief Feathers, Paco e Volt – e 3 convidados que são The Drifter, do RPG de ação e aventura em estilo 16 bits, Hyper Light Drifter,  e Juan Aguacate da série Guacamelee! e Yooka-Laylee. Os outros 15 são apenas skins diferentes para os 6 personagens principais do jogo, mudando apenas a aparência para “fazer volume”, vamos dizer assim. Já foi anunciada a adição de mais um lutador convidado até o final do ano,  que seria o personagem imortal de Dead Cells, RogueVania da Motion Twin , lançado em agosto deste ano.

O jogo sofre com telas de loadings longas demais para um game com design de menus, fases e de cenários tão simples. Para sair de uma partida e voltar para o menu principal, o jogo carrega quase 20 segundos (!), fora o que demora entre as lutas. Outro problema é a falta de variação de cenários, o game conta com 13 fases na versão atual. Só que são 3 versões de Jungle Treetop, 2 de The Eyrie – em um deserto –, 2 de Golden City, 2 de Ice burg e mais 4 que ainda não ganharam mais uma adaptação para virar uma “fase nova”.

O jogo não conta com um modo história para um jogador, há apenas o modo arcade com uma clara referência aos jogos de Mortal Kombat clássicos. Neste modo, devemos escolher entre três torres de adversários, quanto maior a torre, mais difícil será para chegar ao topo. A primeira torre é a mais fácil, com combates 1×1, já na segunda e na terceira as coisas se complicam demais, trazendo combates 2×1 e 3×1, respectivamente, sendo quase impossível chegar ao final. Quando perdemos, aparece aquela tela de continue inspirada em Street Fighter, com o personagem abatido e a contagem regressiva ao lado da foto. Também exitem as opções Pratice e Tutorial para poder treinar à vontade para ser o mestre da pancadaria.

No modo Couch Play encontramos a verdadeira diversão do jogo, com multiplayer de sofá, como o próprio nome diz, em combates off-line para até quatro jogadores. Você terá a oportunidade de estar jogando com seus amigos na mesma sala, aquela sensação de nostalgia é revivida da melhor maneira. O gameplay só não é mais variado por causa da repetição de personagens em skins diferentes, por este motivo acaba se tornando repetitivo. O combate on-line está presente, sendo que é bem difícil conseguir encontrar alguém para encarar, mesmo mudando a localização da região do servidor – eu só consegui mudando a região do servidor para a Europa, talvez por ser a região onde se situa o estúdio. Fora isso, a Angry Mob precisa melhorar urgentemente o netcode do jogo, pois quando conseguimos entrar numa luta on-line, a partida sofre com lags terríveis que atrapalham muito a disputa.

Os comandos são bem fáceis de se acostumar: um botão de ataque, um para especiais e um para pulo. Há também botões de gatilho para esquivar e entrar no modo Rage, que facilita a vitória com golpes mais fortes para derrubar os adversários. Estranhamente, não há um botão para defesa, o que faz falta e causa desespero toda vez que apanhamos perto da beirada da fase com medo de cair e sem poder se defender. Fazer combos também é bem fácil, já que é só ficar apertando o botão de ataque repetidas vezes. Aí vai uma dica: variar combos com ataques especiais aumenta as chances de vitória. Os personagens são muito bem construídos e animados, contando com animações diferentes em seus golpes, mesmo os comandos sendo iguais para todos os lutadores. As arenas também são bonitas, apesar de seu visual bem simples e pouca variação.

VEREDITO

Não vale a pena pagar mais caro pela edição Deluxe só para ganhar itens cosméticos que não melhoram a jogabilidade. Se você procura uma boa diversão multiplayer de sofá ocasional, Brawlout pode ser o seu jogo de luta. Outra dica, já que testamos o game em um PS4, lembramos que  Brawlhalla, que tem o mesmo estilo, é free-to-play e está disponível na psn.