Agora é hora de falar de Placebo e do novo álbum da banda, Never Let Me Go. O Placebo é uma daquelas bandas onde é difícil apontar erros. Brian Molko, Stefan Osdal e sua variada cozinha sempre nos proporcionaram discos de qualidade ímpar e uma sonoridade perfeitamente distinta. Músicas como “Nancy Boy”, “Pure Morning”, “Special Needs”, “Song To Say Goodbye”, “Meds” e “Every You, Every Me” alcançaram e mantiveram um nível de sucesso dos quais literalmente centenas de outras bandas semelhantes dariam suas almas para chamar de suas.

E em ‘Never Let Me Go’, o oitavo álbum dos ícones britânicos e o primeiro em quase uma década, o DNA da banda está de volta.

Então, o que o álbum nos apresenta de melhor?

E seu primoroso retorno é confirmado já na faixa de abertura distorcida, “Forever Chemicals”, com um momento do tipo ‘Depeche Mode-encontra-Nine-Inch-Nails recheado de punk futurista, tensão eletrônica e rock de garagem. Onde Molko entrega mais de seu fabuloso niilismo: “Tudo é bom quando nada importa / Está tudo bem quando ninguém se importa”.

O cyber-rock do Placebo segue confiante nas faixas já divulgadas anteriormente “Beautiful James”, “Sunrrounded By Spies” e “Try Better Next Time”. Com melodias sombrias, grooves irresistíveis e letras sem sensação de otimismo. Onde abordam o Brexit, a cultura da vigilância pelas redes sociais, a catástrofe climática, a reencarnação e até os Illuminati.

Audição se mantém interessante até o final

A quinta faixa, por exemplo, “The Prodigal”, combina um vocal pessimista com ondas orquestrais que a torna uma canção delicadamente única. Em um disco caracterizado por um amor por sintetizadores, “Never Let Me Go” traz outros destaques como “Happy Birthday In The Sky” e “Chemtrails” com tipos de instrumentações pensadas e cuidadosamente escolhidas para soar quase sempre sublimes.

Quando o disco se prepara para seu final, com “Went Missing” e “Fix Yourself”, construídas para serem perfeitas, ele o faz de maneira condizente com um álbum que é certeza de ser mais uma joia na discografia do Placebo.

Conclusão

Por fim, ‘Never Let Me Go’ é o melhor e mais consistente álbum do Placebo desde Meds (2006). E soa mais rejuvenescedor que Sleeping With Ghosts (2003), pois traz a banda inspirada e pronta para uma nova era os reinventando como os veteranos que são. E não tinha como ser de outra maneira: o Placebo está de volta e seu efeito é devastador aos que sabem sentir sua música.

Portanto, curta Never Let Me Go, o novo álbum da banda Placebo:

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