Sono Mortal (Dead Awake) tem a paralisia do sono (uma síndrome que afeta milhões de pessoas no mundo pelo menos uma vez na vida) como brecha para a ação das forças sobrenaturais e malignas. O criador do aclamado “Premonição”, Jeffrey Reddick deixa a ideia para a direção de Philip Guzman. Parece termos aí um bom começo para o gênero do terror, mas a história no final das contas não traz novidade alguma. Vimos uma sucessão de clichês com portas rangendo e trilha sonora com cordas. Os sustos são causados muito mais pelo jogo de câmera e mudanças bruscas de som, o que, claro, pelo menos nesse caso, a justificada hora do sono.

O problema começa exatamente aí. A paralisia, clinicamente falando, acontece durante o período de sono R.E.M., e é como se a consciência viesse ao estado de vigília antes do corpo estar preparado. Com isso, era possível trabalhar um enredo pautado do ponto de vista clínico. Kate, que tem um relacionamento complicado com sua irmã gêmea Beth, perde-a quando tentam retomar uma convivência harmoniosa, mas essa confessa antes de sua morte que tem sido visitada em seus sonhos.

O filme enta acrescentar dados clínicos sobre a síndrome para fortalecer a trama, mas a derruba quando coloca uma psicóloga que afirma que isso não existe, e um médico alternativo, rival da psicóloga, que está mais para um folclórico bruxo do que um profissional da saúde propriamente dito.

Se você gosta do gênero e quer só passar o tempo, Sono Mortal faz jus, mas não passa disso. A sucessão de clichês se arrasta até o final com toda a deixa de que – infelizmente – haverá continuação…

::: TRAILER

https://youtu.be/Blp4kdBiUyg

::: FOTOS

::: FICHA TÉCNICA

Título original: Dead Awake
Direção: Phillip Guzman
Elenco: Jocelin Donahue, Jesse Bradford
Distribuição: Europa
Data de estreia: qui, 28/09/17
País: Estados Unidos
Gênero: terror
Ano de produção: 2017
Duração: 99 minutos
Classificação: 14 anos