”A Cômica Melancolia de Samuel Benchetrit”, inspirado na segunda parte de sua própria nova coleção ”As Crônicas de Asfalto”, de Samuel Benchetrit, entrelaça três histórias em torno do mesmo edifício em um subúrbio de Paris.

A obra toma a forma de três quedas: de um único romântico Sternkowitz (Gustave Kervern) que se encontra em uma cadeira de rodas e fingindo ser um fotógrafo de uma enfermeira (Valeria Bruni Tedeschi), cuja melancolia transparece ao acender um cigarro, a de um astronauta norte-americano (Michael Pitt), enquanto a solidão muito surreal, encontra-se ejetado de sua órbita que termina em um bloco de concreto esquálido rumo a uma cidade francesa em decadência. Direto a residencia de uma senhora generosa, e de origem árabe (Tassadit Mandi), que com a chegada pendente da Nasa ao resgate do astronauta, o hospeda em sua casa e de uma atriz em uma depressão profunda (Isabelle Huppert) com o qual irá estabelecer laços de afeto com um jovem perdido (Jules Benchetrit, filho de Samuel Benchetrit e Marie Trintignant) que vive sozinho com a mãe, cuja a presença é expressa apenas por palavras vagas deixadas no canto da mesa.

O filme e a atmosfera agridoce que nos mantém chega superficialmente: a loucura, ironia, neurastenia e serenidade procuram despertar o riso e piedade, mas não envolvem o olho a uma distância.

Fique Comigo (Asphalte) “é um delírio doce” das reuniões sobre as relações humanas improváveis, mas tão bonito e poético no seu contexto, tão louco e absurdo, que apesar de pouco realista, nos remete uma sensação de proximidade com os personagens. Não só todo o filme que, nunca parece ultrapassar seus sentimentos consensuais facilmente adquiridas, mas em uma última análise semelhante a um truque de mágica para dar a ilusão de espessura a um trio de curtas-metragens. As histórias entrelaçadas pela montagem paralela tentam esta camuflagem. Benchetrit adiciona isso com um pouco de surrealismo com uma musica misteriosa que todos ouvem deixando a música fluir através da cidade. Quando você pensa sobre isso, a música pouco ressoa; como tomar parte na atribuição de discrição e moderação de um contador de histórias observando seus contemporâneos, que por trás da janela estava em pé entre eles e nós.