Ao Seu Lado
Crítica do filme
Entre os dias 9 e 11 de março, o Rio de Janeiro foi palco do maior evento de produção de conteúdo audiovisual aberto à indústria de televisão e mídias digitais da América Latina, o Rio Content Market 2016. Realizado pela ABPITV – trouxe para o Brasil importantes players da indústria, entre eles o produtor e vencedor do Oscar de melhor filme por “Spotlight”, Steve Golin (das séries “Mr. Robot”, “True Detective”, “The Knick” e do longa “O Regresso”), o produtor e roteirista Howard Gordon (“Homeland” e “24 Horas”), a criadora da série “Jessica Jones”, Melissa Rosenberg”, e o coprodutor de “Transparent”, Rhys Ernst.
Em tempos de discussão sobre gênero e representatividade na indústria audiovisual, às 10h15, na Sala 1, aconteceu o painel ‘Uma Conversa com Autoras e Produtoras’, que reuniu importantes roteiristas, produtoras e diretoras para analisar o jeito feminino de realizar. Elas apresentaram suas impressões de gênero em nossa sociedade e na obra audiovisual brasileira.
Foto: Grazielle Meira
A diretora da ANCINE, Débora Ivanov, foi uma das participantes do debate e junto dela estavam Anna Muylaert, diretora do longa “Que horas ela volta”; Petra Costa, diretora do documentário “Elena”, Rosana Svartman que é roteirista das novelas “Totalmente Demais” e “Malhação” da TV Globo e Vivian de Oliveira, roteirista das novelas bíblicas da Record “Os Dez Mandamentos”, “José do Egito” e “Rei Davi”.
Em sua fala, Débora apresentou números da recente pesquisa feita pela Superintendência de Análise de Mercado da ANCINE a respeito da participação das mulheres no mercado audiovisual.
“A pesquisa mostra que a presença feminina ainda é pequena nas funções de direção de longas-metragens e de roteiro. A participação das mulheres é mais significativa na direção de documentários e em obras de curta duração. Mulheres têm menos acesso a obras de alto investimento”, disse a diretora da Agência.
A pesquisa teve como base de dados 2.606 obras audiovisuais que tiveram Certificado de Produto Brasileiro (CPB) emitidos em 2015. De acordo com o levantamento, 74% das obras foram dirigidas por homens, e apenas 19%, por mulheres. Na criação, em 1.595 produções analisadas, 65% eram de autores e 23% de autoras. A participação feminina é mais representativa nas funções de produção executiva. Entre 1.391 obras, 41% das produções são assinadas por mulheres e 47% por homem.
Foto: Rio Content Market | Reprodução
Anna também disse que quando ‘Que Horas Ela Volta?’ foi lançado, recebeu muitas críticas sobre o filme parecer um tanto quanto feminista, por causa de Jéssica personagem interpretada por Camila Mádila. Ainda com o mesmo assunto Anna muylaert pareceu bastante empolgada e um pouco revoltada alegando ter sofrido preconceito quando apresentou seus filmes.
‘’Eles nem olhavam pra mim,e o filme é meu!’’.
‘’Chegou a hora de um nova onda feminina’’, finalizou Anna em forma de protesto.
Logo em seguida na mesma sala, quem assumiu o posto foi Melissa Rosenberg tendo como assunto principal sua mais recente série ‘’Jessica Jones.
Foto: Rio Content Market | Reprodução
Melissa alegou que escolheu a dedo a protagonista da série (Krysten Ritter) e tinha como objetivo criar uma personagem com grandes cenas dramáticas ,com picos cômicos.
“Um herói só é interessante quando o vilão também é”, disse Rosenberg deixando claro que ‘’todo herói precisa de um vilão ,senão como eles existiriam’’.
Por fim a produtora e roteirista fez questão de fazer mistério sobre a segunda temporada
‘’ Detalhes importantes da segunda temporada “ainda não foram definidos’’, como a identidade ou o perfil do próximo antagonista da heroína.
No fim da entrevista, Roseinberg saiu com aplausos empolgados da platéia e foi falar com seus fãs com toda sua simpatia e elegância .
Não só voltado para a parte artística do cinema o eventos também levantou polêmicas sobre a indústria Condecine, gerando controvérsia sobre a parte financeira na transmissão de séries e filmes.
Foto: Rio Content Market | Reprodução
Parando de falar um pouco de negócios, vamos ao que interessa: A parte artística.
Finalizando o primeiro dia do evento, a mais nova série brasileira da globo Supermax tendo como diretor José Alvarenga Jr, contou com presença das belas e talentosas atrizes, Mariana Ximenez e Cléo Pires que fazem parte do elenco.
José afirmou que a série vai mostrar como é a vida de um prisioneiro, nos moldes de um reality show. Primeiramente, as atrizes vão se apresentar como se estivessem no “Big Brother Brasil”. Depois, objetos passarão a sumir e coisas sobrenaturais vão acontecer.
— Tem um quê de “Lost”. ‘’O público e os personagens irão descobrir muitas coisas juntos — Ele diz que este é “o seriado mais ‘from hell’ (do inferno, em tradução para o português) que a televisão brasileira já viu”.
As atrizes por sua vez já se familiarizaram com o cenário da série que se passará em alguma localidade do rio e falaram como está sendo as filmagens:
‘’Passamos muito tempo juntas, grudadas!’’ disse Cléo Pires sobre Mariana Ximenez.
Mariana também se pronunciou alegando ter cenas tensas, e citou uma delas em que sua parceira de cena Cléo Pires aparece ensanguentada,cena essa que se passa no trailer.
A Série contará com 13 episódios e também terá a presença de Pedro Bial e Maria Clara Spinelli. Supermax ainda não ganhou data de estreia oficial, mas chega em 2016 e provavelmente após o Big Brother Brasil, uma vez que Pedro Bial ainda está narrando as peripécias do programa.
“Agora é só esperar” finalizou o diretor com maestria e aplaudido pelo empolgado público do evento, dando por fim o primeiro dia do Rio Content Market 2016.
Foto: Rio Content Market | Reprodução
‘’Ele costuma dizer que “odeia escrever” mas “ama ter escrito”, depois que tudo acaba’’.
E foi assim que começou o segundo dia do evento. Mas você deve estar se perguntando quem quem citou isso? Sim, ele mesmo , o roteirista ,produtor de “hit maker” o americano, Howard Gordon.
Howard vem sendo esperado há três anos no evento, segundo os organizadores. Finalmente nesta sexta edição do evento o roteirista de séries de sucesso como Homeland, 24 Hours, Second Chance, The X-Files e Tyrant concordou em falar sobre seu trabalho. Gordon não gosta do título de “Hit Maker”, pois parece uma maldição, a eterna maldição do que vem a seguir.
Foto: Rio Content Market | Reprodução
Envolvido atualmente com a sexta temporada de Homeland, o diretor diz que a possibilidade para uma segunda temporada de The Second Chance é quase que nula .Howard diz que a TV está sim na “era de ouro”, uma vez que os storytellers não têm as mesmas restrições do passado para contar suas histórias. Podem contá-las em 5, 10 ou 100 episódios se for o caso. Mas ele não gosta do jeito que se consome TV hoje em dia.
“Sou antigo no consumo, gostava do tempo em que se esperava semanalmente por um episódio, aquilo rendia assunto para uma semana e até estimulava as pessoas a verem sozinhas. Hoje em dia as pessoas perdem fins de semana inteiros diante da tela para se atualizar com um série, cada um vê sozinho sua série diante de sua própria tela…e eu não gosto disso”, comenta.
Finalizando sua participação no evento, o roteirista lamentou a queda geral de audiência dos programas em geral, é uma realidade dura, porém inevitável.
Nesse mesmo dia , Steve Golin, produtor de “Spotlight – Segredos Revelados”, falou de seus grandes sucessos. Golin também produziu “O Regresso”, filme que consagrou Leonardo DiCaprio com vários prêmios, inclusive o Oscar de melhor ator.
Dentre as futuras produções do executivo estão “Triple 9” e “Bastille Day”.
Spotlight foi realizado com um orçamento de aproximadamente US$20 milhões de dólares e uma cinematografia bem simples. O diretor e roteirista Tom McCarthy investiu todas as suas fichas numa boa história e na força de seu elenco, e foi muito premiado.
Foto: Rio Content Market | Reprodução
Pra finalizar Steve deu um conselho para aquele que esta começando na indústria do cinema, o produtor deu um conselho para os iniciantes na indústria audiovisual: “Você tem que ser muito apaixonado por aquilo que faz. É muito difícil conseguir realizar um projeto, por isso precisa trabalhar muito e ter perseverança”.
O transgênero no audiovisual:
Continuando o segundo dia os organizadores convidaram Rhys Ernst, co-produtor do Amazon Studios e “Transparent “, para apresentar o painel ” Questão de Sexo “, sobre o impacto da atração sobre o público e como as pessoas “transgênero” atualmente são retratadas no dia a dia do mercado audiovisual.
A participação de Rhys Ernst no RioContentMarket 2016 foi uma profunda reflexão sobre “como mudanças na sociedade afetam a mídia e como a mídia pode provocar mudanças na sociedade”. Assim, o cineasta tem todo o direito de crer e esperar que o atual círculo vicioso irá se tornar um círculo virtuoso em breve.
Peter Iacono, presidente da Lionsgate TV e Distribuição Digital, falou sobre estratégias e modelos de negócios para conteúdos na era digital. E supreendeu mostrando trailers de filmes de comédia no estilo ‘’American Pie’’, esta produtora, que por sua vez, é famosa por produzir filmes de terror ou suspense, Jogos Mortais é um dos exemplos.
Foto: Rio Content Market | Reprodução
George Strompolos, CEO da Fullscreen, explicou sobre a fundação e trajetória da empresa de mídia global, seu modelo de negócio e como desenvolver estratégias para otimizar a criação e distribuição de conteúdos online.
Logo em seguida, Carla Esmeralda subiu um pouco para falar um pouco mais das características do evento,e que ele nos preparou para esse ano.
Em apenas cinco edições, RCM tornou-se um dos maiores de conteúdo audiovisual de exposições e eventos empresariais no mundo. Os organizadores estimam em 2016 o atendimento para aproximadamente 3.000-plus.
“Temos conquistado um lugar no coração dos mais importantes criadores narrativos neste negócio”, disse Carla Esmeralda ( curadora do RCM).
Foto: Rio Content Market | Reprodução
Dezoito dramas, documentários e projetos de programas infantis foram selecionados para formar parte das sessões de pitching do RCM 2016, onde os produtores têm sete minutos para apresentar um projeto e outro de sete para um debate com o painel. Cinema e diretor de TV Victor Lopes e desenvolvedor de negócios Mark Greenspan irá supervisionar as sessões , cujo público inclui representantes de canais de televisão internacionais e brasileiras.
‘’No ano passado, já lançamos o Save the Date para 2016 e 2017. Neste ano, vamos lançar mais dois. Isso ajuda muito a entrar no calendário’’ Finalizou Esmeralda com um caloroso aplauso da platéia.
3º DIA
Já na sexta-feira (11), a rotina do evento não foi diferente, onde jornalistas, produtores e vários profissionais da área de cinema na ficavam na maior agitação, indo de sala em sala acompanhando painéis,reuniões de negócios e assuntos diversos.
Este útimo dia começou com o painel ‘’Produções Internacionais’’ e pra liderar contamos com a presença do Vice presidente da Netflix.
‘’Dizem que a netflix toma decisões sobre quais shows fazer baseado nos dados que coletamos dos usuários. Dizem que House of Cards foi feita por que as informações indicavam ,mas isso não é verdade ‘’, disse .’’O que fazemos é usar esses dados para confirmar as decisões, mas não são as razões pelo qual encomendamos uma série’’, completou Eric Barmack.
Foto: Grazielle Meira
Sobre o assunto, Barmack usou “3%”, projeto da paulista Boutique Films, como exemplo. Comentou que a empresa já tinha indicações sobre a preferência dos brasileiros para histórias de ficção científica e fantasia mas que isso “não significava que íamos encomendar uma ficção científica”.”Quando essa história (da série) chegou até nós, os dados nos deram o conforto de que seria a decisão correta a se tomar.
Dirigida por Cesar Charlone, diretor de fotografia de Cidade de Deus, “3%” é uma distopia ambientada em um ‘futuro breve’’ no Brasil, em que os habitantes tem a chance de ingressar em uma sociedade melhor caso superem uma série de testes. A produção é protagonizada por Bianca Comparado e João Miguel. Será uma ‘’ficção científica’’ sem lasers ou nada do gênero’’, comentou o executivo da Netflix.
Barmack ainda comentou que o caso de‘’3%’’ será um teste ‘’interessante’’ para a empresa, que já produziu no México e ainda lança teste neste seriados originais da França (Marseille’’,com Gerard Despardieu e Benoit Magimel entra no serviço em 5 de maio) Alemanha e Itália.
‘’Os 75 bilhões de assinantes podeão assistir uma série em português. Não sei se houve um caso de ficção científica brasileira que foi que foi distribuída nos EUA. Será interessante ver onde essa audiência irá.’’
Depois de ‘’Narcos’’ que é metade em espanhol e metade em inglês, a ideia de que o púbico americano rejeita produções legendadas caiu por terra argumentou o vice presidente.’’É incrível ver como esse conteúdo viaja’’.
Ele não revelou números de audiência (a empresa não fornece esses dados),mas comentou que produções de stand-up comedy de que eles compraram direitos de exibição, são bastante populares no país, para além da ficção científica. Mencionou o nome de Fábio Porchat, do grupo Porta dos Fundos e recentemente contratado pela Record. Barmack garantiu que a Netflix tem interesse em bancar mais produções originais nacionais.
Como exemplo, mencionou uma digressão no ‘’terceiro ou quarto episódio da série ‘’House of Cards”, em que Frank Under wood viaja à sua cidade natal na Carolina Do sul .’’ Você pode levar a audiência a essas jornadas paralelas, porque sabe que as pessoas vão continuar assistindo a série’’, finalizou Eric.
Nesse mesmo dia e logo depos do painel que falamos acima começou às 10:15 o painel ’’Tudo por uma causa’’-Documentários, que teve participação de David Rosier, Kate Mckenna, Serge Gordey e Belizário Franca.
Fundador das produtoras Moondog Production e Decia Films, David Rosier foi roteirista e participou de outras etapas de ‘O Sal da Terra’, documentário sobre o trabalho do fotógrafo Sebastião Salgado, dirigido por Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, vencedor da mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes, e indicado ao Oscar.
Foto: Rio Content Market | Reprodução
‘’Um fotógrafo é alguém que literalmente desenha com luz ,um homem que escreve e reescreve o mundo com luzes e sombras’’-citação de Sebastião Salgado em “O Sal da Terra”
Membro da Documentary Organization of Canada, Katie McKenna esteve à frente da pesquisa do conjunto de documentários ‘Why Poverty?’. Produzidos pela The Why Foundation em parceria com 70 emissoras de diferentes países, os filmes que questionam a pobreza no mundo foram vistos por 500 milhões de pessoas. A canadense também produziu ‘This Changes Everything’, documentário que mostra a mobilização de sete comunidades em questões relacionadas ao aquecimento global,e produzido por Alfonso Cuarón,vencedor do oscar por gravidade.
Serge Gordey foi produtor do longa ‘Cinco Câmeras Quebradas’, indicado ao Oscar em 2013. O longa fala sobre um palestino na Cisjordânia que documentou ações do exército israelense nos assentamentos. O francês também esteve em projetos como ‘Gaza-Sderot’, produção do site do canal europeu Arte com moradores da Faixa de Gaza.
Foto: Grazielle Meira
Logo em seguida foi a vez da Globo aparecer com a presença de José Alvarenga, Edson Pimentel, Rodrigo Fonseca e Fernando Meirelles que infelizmente não estava presente de carne e osso, mas apareceu no telão via ‘’skype’’ pra debater sobre o assunto junto de seus colegas.
Conhecer novas produtoras, estar antenado com as tendências do mercado e apresentar conteúdo produzido pelo grupo, são alguns dos objetivos da participação da empresa no evento. “Nosso intuito é, cada vez mais, trabalhar com novas produtoras independentes, e não só para a TV aberta, mas para toda produção de conteúdo que a Globo tem feito para qualquer janela. Além dos painéis para falar sobre suas estratégias, também participamos das rodadas de negócios, que nos ajudam a aprimorar o mapeamento do mercado e para nos aproximar das produtoras e desenvolver projetos”
Com uma atuação fundamental para a indústria do cinema brasileiro a ideia é mostrar que na nova gestão da Globo Filmes o foco deixou de ser as comédias e filmes de alta bilheteria, hoje a casa tem uma carteira de filmes mais ampla José Alvarenga falou empolgado sobre isso. O cineasta veterano considerou um ponto importante: “Nós também precisamos ser democráticos e respeitar o gosto do público,” disse ele, em interessante discussão sobre tornar o cinema nacional mais plural em gêneros.
‘’Em primeiro lugar, o cinema brasileiro precisa correr atrás e realizar grandes filmes em gêneros variados para, assim, construir um legado e se tornar uma referência não só na comédia — cujos principais artistas são conhecidos do grande público, portanto, tornam os filmes de que participam mais vendáveis. Então, ele apontou uma consequência: até não muito tempo atrás, era comum distinguir filmes nacionais de outros gêneros, e essa generalização segue enraizada na cabeça do brasileiro. É tempo de se formar uma tradição que diga respeito à qualidade e diversidade do nosso cinema, e isso demanda tempo.’’disse Cacá.’’Diversidade,isso que movimenta o cinema brasileiro na Globo Filmes’.’,completou Alvarenga.
Também afirmaram que a Globo Filmes está com 101 longas em produção, tendo alguns do gênero de terror, gênero pouco comum na produtora.
Foto: Grazielle Meira
A Globo filmes produziu diversas séries de sucesso sendo algumas delas: Cidade dos Homens (sub produto do filme), Antônia, Ó Paí Ó e mini séries como: Gonzaga e Serra Pelada. Docudramas: Tim Maia e filmes como: Sorria Você Está Sendo Filmado, e o mais recente Que Horas Ela Volta? dentre outros.
Guel Arraes também falou da uma série ‘’Sob Pressão’’.
‘’É uma série da rotina de médicos, eu em um hospital no subúrbio do Rio de Janeiro onde os médicos operam em ‘’zona de guerra’’, comentou o cineasta.
Fernado Meirelles comentou sobre filmes: “Pra cada um(filme) é escolhido um supervisor, a ideia é do diretor, a palavra final é do diretor.’’ afirmou.
Logo depois comentaram sobre a diversidade regional dos filmes brasileiros.’’Para isso temos que buscar vários artistas de vários lugares.’’, disse Edson Pimentel.
Fernando Meirelles afirmou que o número de brasileiros que vão ao cinema pra ver filmes nacionais é muito baixo. “’Isso tem que mudar, o cinema brasileiro é muito mais visto na tv do que no cinema’’, afirma Fernando . Cacá também se pronunciou sobre o assunto: “Quem gosta do cinema brasileiro é o povo brasileiro, que gosta da sua cultura e ouve sua língua. Quem gosta do cinema nacional mesmo, vai ao cinema assistir a esses filmes’’ finalizou.
Vamos falar de games?
Ocorreu na sala 2 o painel “Games e autoria”, e contou com a a presença de Arthur Protásio, um jovem diretor criativo de Flabeware, Carlos Estigarribia, sócio da empresa de games Right Zero e Rafael Bastos, produtor da Dumativa Estúdio De Criação.
Arthur Protasio foi o primeiro a apresentar seus projetos, com jogos no âmbito de RPG, comparando a história de seus jogos com a famosa série Game Of Thrones e a outra não tão famosa,porém tão boa quanto, Vikings. Arthur classificou seus jogos como RPG ,uns deles são: Toren, Squad, Horizon Chase, A lenda do herói e Sword Legacy que são jogos que podem ser jogados com até 4 personagens por vez.
Apresentou trailers de seus jogos e as características de cada um de seus personagens.
‘’Os jogo se baseiam em histórias mais antigas, um modo mais mitológico, onde os gamers que curtem RPG vão adorar.’’, disse Arthur sobre um dos seus jogo mais recente’’ – Sword Legacy.
Em seguida foi a vez de Rafel Bastos falar de A lenda do Herói.
‘’Trabalhamos com Pixel Art e queremos atingir os gamers que curtem jogos, que jogaram jogos da década de 80,’’disse.
Sobre o time da Dumativa Estúdio apresentou o seu time que conta com: Produtor, Musical, Maestro, Desenhistas, Programadores, dentre outros.
Foto: Rio Content Market | Reprodução
No final do painel, Rafael apresentou o trailer do filme ‘’A lenda do herói’’, esse que arrancou risadas da plateia com a cantoria um tanto quanto estranha e bizarra do personagem do jogo, mas que gruda como chiclete. O gráfico era um pouco limitado no estilo Mário. O personagem só segue em frente e pronto, mas isso não pareceu incomodar a platéia que ao final do trailer depois de um momento de descontração, levantaram e aplaudiram Rafael pelo ótimo trabalho, deixando-o um pouco envergonhado.
No final do dia, Carla Esmeralda chamou participantes do evento, organizadores, produtores para a cerimonia de encerramento, mas antes falou um pouco do evento.
A intensa dinâmica do show é notória: reuniões acontecem em todos os lugares, enquanto que os painéis de alta qualidade reunir-se em sete salas diferentes discutir os temas quentes da indústria de TV brasileiras e internacionais: regulamentação de negócios, tendências de conteúdo, o que os compradores querem e muito mais.
‘’Contamos com cerca de 1.180 reuniões, com mais de 1.000 projetos que estão sendo apresentados; 206 executivos falam nas conferências; 198 jogadores-chave adquirem conteúdo. Há 32 países representados e delegações de 6 países (Argentina, Canadá, França, Reino Unido, África do Sul e Alemanha) que estão expondo na RCM.’’ Afirmou Esmeralda.
“Nós fazemos, o movimento, o momento, trabalho é a luz da vida’’ , disse a curadora do RCM , que conforme foi encerrando o evento, foi chamando seus organizadores, e todos que fizeram o evento acontecer de forma organizada pra uma a foto da ‘’família’’ do Rio Content Market, fazendo a festa no palco na sala principal com direito a champanhe e um momento descontraído.