Ao Seu Lado
Crítica do filme
A cantora Linda Ramalho tem a arte em sua genética. Filha do cantor e compositor Zé Ramalho, Linda herdou do pai a paixão pela música e se prepara para dar continuidade à sua carreira autoral. Sua trajetória começou em 2015 com a banda de covers Linda and the Spacehearts, que trazia influências do punk, rock e grunge. Desde então, ela participou de coletâneas interpretando versões pop rock de músicas de seu pai e lançou o single autoral “Quem é Quem?”, em uma experimentação na música eletrônica.
Com o advento da pandemia Covid-19, Linda terminou de se formar em Artes Cênicas. Desde então, a cantora está focada em composições novas. Para que, após este período de isolamento, ela possa apresentar ao mundo um show totalmente novo, apenas de músicas autorais.
Portanto, convidamos a artista para contar sobre os seus planos e influências. Confira!
Desde criança eu sabia cantar e o jeito certo de pegar em um violão. E, nesse sentido, eu naturalmente tinha interesse na música. Em moda também. Porém, mais na música. Só que eu sempre tive receio de tentar trabalhar com música porque é um caminho muito difícil para todos. Conhecendo a história do meu pai e os perrengues que ele passou, tinha medo de tentar e ser em vão. Além disso, sempre tive conhecimento de música, tipo, a história do rock. Sempre conheci as histórias das músicas dos Beatles, do Elvis, etc.
O convite aconteceu porque na época eu havia combinado de fazer uma participação especial no show da banda Nove Zero Nove em meu aniversário, na Lapa. Meu pai me viu cantando todos os dias, me preparando, aquecendo a voz e viu que meu interesse em ser cantora havia evoluído e amadurecido. Sendo assim, ele confiou em mim para fazer o convite. Gravamos num estúdio em Jacarepaguá, no Polo Artístico da Globo, sob a direção dele e de Robertinho de Recife.
Quando eu decidi cursar Artes Cênicas, nunca tive o objetivo de atuar em teatro, nem seguir este percurso pra minha vida. Meus personagens são no palco da musica. Eu ainda estava com os Spacehearts quando comecei a cursar esta graduação, e foi importante para meu caminhar no palco, meu entendimento sobre as letras, meu jeito de me sentir atravessada pelas músicas se ampliou, minha visão, e principalmente, me soltar mais, me sentir mais à vontade, com menos vergonha do palco.
Até agora já tenho duas musicas prontas, mas pretendo fazer uma a cada duas semanas. Ambas são em inglês e uma delas é sobre a pandemia, se chama “Same B(a)d”, onde eu falo que estou sempre dormindo na mesma cama. Eu quero, assim que possível, sair por aí dando show. Claro que vou apresentar algum (s) cover (s). Mas eu quero mesmo ter um show autoral montado e gravar um álbum demo em casa para registrar as músicas até lá.
Eu quero que um dia as pessoas se identifiquem com as minhas letras, e criem novos significados para elas. Quero muito saber o que as pessoas sentem e pensam quando escutam. E acho que meu ponto maior da vida vai ser no dia que eu conseguir escrever uma música feminista. Tem algumas que eu escuto e penso “Cara, isso é muito bom, mulheres de diferentes classes sociais se identificam com isso. Quero conseguir chegar neste ponto um dia”. Quero que minha música inspire e faça as pessoas se sentirem abraçadas, menos sozinhas, e entendidas no mundo. Pois é exatamente isso que eu sinto em relação às artistas que eu ouço.
Para uma balada? Duda Beat, Letrux e Clarice Falcão.
Então você é artista e acha que não tem muito espaço? Fique à vontade para divulgar seu trabalho na coluna Contra Maré do ULTRAVERSO! Não fazemos qualquer distinção de gênero, apenas que a música seja boa e feita com paixão!
Além disso, claro, o (a) cantor(a) ou a banda precisa ter algo gravado com uma qualidade razoável. Afinal, só assim conseguiremos divulgar o seu trabalho. Enfim, sem mais delongas, entre em contato pelo e-mail guilherme@ultraverso.com.br! Aquele abraço!