Frida Kahlo é homenageada, no Rio de Janeiro, em novo projeto coreográfico da Márcio Cunha Dança Contemporânea. O espetáculo FRIDA-ME pode ser conferido, de terça a sábado, às 21h, e domingos, às 20h, até 11 de maio, no mezanino do Espaço SESC, em Copacabana.

A obra coreográfica, que tem a duração 50 minutos, celebra os 60 anos de trabalho da famosa pintora mexicana. FRIDA-ME investiga o canal sensível do movimento da arte de Kahlo. Um apontamento de novos rumos estéticos coreográficos da companhia de dança que nasce do estreitamento entre o olhar do diretor Marcio Cunha, as obras da artista e o encontro dos intérpretes Marcio Cunha e Ana Paula Bouzas.

Com trilha sonora, que reúne Rock, música clássica e música tradicional mexicana, o espetáculo é um gráfico das intensidades vividas pela artista Frida Kahlo. A dualidade presente na vida e nas obras da artista, a relação da mesma com Diego Rivera e as muitas tragédias vividas no seu corpo, são evocadas em FRIDA-ME

Obras de Frida Kahlo são lembradas em FRIDA-ME
Fotos: Divulgação

O cenário, de Márcio Cunha, é repleto de símbolos que remetem ao interno, à infância, ao corpo da pintora mexicana. Três esculturas de terracota intituladas “A festa dos mortos”, “Frida e o coração” e “A desintegração” estão expostas em cena. As animações gráficas dos irmãos Vilarouca e a Luz de Juca Baracho trazem o colorido e recortes dos quadros da artista. “Nas obras da artista Frida Kahlo, temos a oportunidade de encontrar vida e obra caminhando juntas, como um diário pintado da vida da artista. Em FRIDA-ME encontramos o gráfico de intensidades dessa vida no corpo do intérprete e na cena.” – explica o coreógrafo.

O figurino de Renata Lamenza apresenta referências dos quadros de Frida Kahlo e a Boneca “Fridinha”, do artista plástico Alexandre Guimarâes, é uma reprodução da artista divertida que ganha vida em cena.

Vale lembrar que Márcio Cunha é conhecido por ser um coreógrafo/artista plástico que investiga a dança a partir das obras de grandes artistas, ao longo de sua trajetória realizou os seguintes espetáculos: “Botero” (2007), Livremente inspirado nas obras do artista colombiano Fernando Botero, “Tela Azul” (2008), inspirado nas obras do artista japonês Taizi Harada, “Vermelho Cádmio” (2009), criado a partir dos desenhos e pinturas do artista americano Andrew Wyeth, “Figuras Amarelas” (2010), concebido sob influência das obras dos artistas brasileiros “Os Gêmeos”, “Corvos e Girassóis” (2011), a partir das pinturas do artista holandês Vincent Van Gogh, e “Fase Dourada” (2013), inspirado nas obras do austríaco Gustav Klimt.

A entrada varia entre R$ 20 (inteira) e R$ R$ 5(associados do SESC) .

FRIDA-ME

Espaço Sesc – : Rua Domingos Ferreira, 160 – Copacabana – Rio de Janeiro/RJ

Até 11 de maio

R$ 20; estudantes e idosos, R$ 10; para associados SESC, R$ 5

Classificação: 12 anos

Duração: 50 minutos

Capacidade: 80 pessoas