Ao Seu Lado
Crítica do filme
Quino, o cartunista responsável pela menina filósofa Mafalda, recebeu, na última quarta-feira, o Prêmio Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades.
A personagem, que nasceu da caneta de um ilustrador que pretendia fazer desenhos “mudos”, foi criada pelo cartunista que adorava a arte silenciosa de Buster Keaton. Ele seguiu esse caminho até chegar a uma redação em Buenos Aires onde lhe disseram que o humor precisa de palavras.
Criada em 15 março de 1962, Mafalda foi concebida para uma campanha publicitária de uma marca de eletrodomésticos que acabou não dando certo. Mas o pai da criança prefere definir como a data de nascimento 29 de setembro de 1964, quando a primeira tira foi publicada no semanário Primera Plana, de Buenos Aires.
Joaquín Salvador Lavado, filho de imigrantes da Andaluzia nascido em Mendoza, na Argentina, em 1932, já não desenha mais em virtude de sua visão enfraquecida. Mas o que ele já fez é o bastante para torná-lo imortal. O Príncipe das Astúrias se junta a uma longa lista de prêmios para o humorista, que coincidem com a celebração do 50º aniversário de Mafalda.
O prêmio Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades, que dá ao vencedor uma escultura de Miró e 50 mil euros, recebeu 22 candidaturas de 14 países. Além de Quino, chegaram à final o jornalista mexicano Jacobo Zabludovsky e o filósofo espanhol Emilio Lledó.
[embedvideo id=”ONee12QvG64″ website=”youtube”]