Ao Seu Lado
Crítica do filme
Regalia: Of Men and Monarchs é um RPG tático no qual foi financiado por inúmeros apoiadores no Kickstarter. O jogador tem de restaurar a anterior glória de um reino caído em total desgraça. A aventura fará com que recorde o que há de melhor nos títulos do gênero JRPG. Você terá de reunir um grupo de combatentes, gerar os reinos, criar alianças e derrotar os inimigos em desafiantes combates por turnos! Não dá para imaginar um título desses, um cruzamento de JRPG com senso de humor totalmente ocidental, quando não cáustico, saindo de uma produtora convencional.
Na trama, após o pai do protagonista falecer, acaba que, herdamos um incrível reino que se encontra muito, muito longe… Mas há um porém: O reino está enterrado em dívidas e precisamos arrumar um jeito de diminuir os prejuízos do reino. Agora, graças a uma aventura clássica, podemos restaurar a glória da família.
Regalia: Of Men and Monarchs é um título que a primeira vista não é tão chamativo, principalmente por haver sempre um pré-conceito quanto a jogos do grupo B. Certamente, pro meu gosto, não enjoei tão fácil, principalmente pelo carisma que há embutido em todos os lugares sendo desafiador sem ser desbalanceado, apresenta um universo que é sensacionalmente imersivo, ainda que, na pior das hipóteses, venha a te irritar pela repetição encontrada logo no início da jogatina.
Falando em jogatina, a jogabilidade do título é funcional forçando o jogador a se aventurar em florestas com riachos e que, lembrará de imediato calabouços. Sempre que estivermos em algum lugar, haverá aquela sensação de que estamos em uma dungeon. É ai que, o jogo, vai exigir que se melhore os edifícios no entorno do castelo, para que assim o reino volte à glória de antigamente. Por mais piegas que isso possa parecer, nossa função de imediato é melhorar os castelos para assim desbloquear e ter acesso aos personagens – ainda desconhecidos, para que nosso relacionamento durante a progressão possa no mínimo ser desenvolvido.
A trama é imersiva, porém complexa. Quem começa o jogo maravilhado pela leveza da trama e pela simpatia dos personagens, pode não perceber a complexidade exigida para se avançar na trama. É muito fácil falhar vergonhosamente logo no primeiro capítulo e perder horas, revertendo para um save game antigo. De imediato, você tem um número limitado de dias dentro do calendário do reino para cumprir um número determinado de missões, com custos em dias variados. Se o jogador não souber administrar o tempo e se perder no que apenas parece um mundo aberto, é fim de aventura, tela de “game over”.
Como estamos falando de um reinado, há quem cobre impostos, há quem tenha que forçar os pobres a darem mais dinheiro para que fiquem cada vez mais pobres, e somente assim, nosso reino possa fluir de uma forma bem semelhante ao que vivemos hoje: O rico cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre. Como o reino está falindo há uma certa urgência em recolher o maior número de ouro possível para terem a certeza que regressam com quantidade suficiente de dinheiro, mas também de itens para melhorar diversos aspectos do castelo.
Visualmente, há uma clara influência oriental na arte, lembrando títulos da NIS como GOD WARS e DISGAEA, mas Regalia possui seu próprio modo de interação. O que vemos de ‘ocidental’ no jogo é a forma como há certos personagens que, alguns lembrarão, por exemplo, um Viking bêbado na taverna com linguagem das HQ’s. O resultado final é uma bem-vinda mistura de desenhos com gráficos 3D e efeitos visuais que não deixam nada a desejar.
O VEREDITO
Regalia é um bom jogo, mas força um bocado onde não deveria: Uma trama rígida que forçará o jogador a tomar todo cuidado com o tempo que precisa ser administrado em sua progressão. Há momentos em que a narrativa apresenta humor em exagero, enquanto as mecânicas e jogabilidade venham a falhar para algumas pessoas. Particularmente gostei do título, mas haverá aquele que virará a cara por falta de um certo polimento na narrativa.