Ao Seu Lado
Crítica do filme
*Matéria de Jéssica Lauritzen, publicada no site do jornal O Globo
A comunidade geek e os fãs de games têm motivos de sobra para ficar alvoroçados pelos próximos quatro meses: em abril, um evento no Riocentro reunirá muitos lançamentos e pré-estreias do setor. Nos três primeiros dias do mês, quando será realizado o Rio Geek & Game Festival, 1.500 metros quadrados do Pavilhão 4 do complexo serão ocupados por uma arena de jogos suspensa, com seis arquibancadas. Haverá ainda um palco de 40 metros quadrados e um telão para competições com premiação de R$ 200 mil. A lista de atrações é extensa: inclui torneio de tiro e de cosplay, palestras, workshops, exibições de cinema, desfiles de personagens, museu de games antigos, presença de times nacionais (como o CNB) e internacionais e estandes de empresas como Microsoft e Xbox. Para alimentar os gamers, foram escalados food trucks.
O evento é uma grande aposta da Supernova, empresa de e-sports (esportes eletrônicos) sediada há um ano na Barra e desenvolvedora de plataformas para este mercado, que movimenta milhões por ano. Seus criadores, os empresários Alexandre Marinho, Samuel Byron e Marianne Schulze, acreditam que, em cinco anos, o segmento superará a indústria do cinema. Eles esperam atrair cerca de 25 mil visitantes por dia para a ilha de fantasias que planejam criar no festival.
“O Rio é muito carente de eventos como este, apesar de ser o segundo maior mercado de games do país hoje”, diz Byron, narrador de jogos eletrônicos e produtor de torneios da empresa, a primeira do ramo a adotar os estudos de ergonomia de concepção, em parceira com uma pesquisadora da Coppe da UFRJ.
Além de consultorias e projetos sob demanda, a Supernova conta com um estúdio todo equipado para transmissão de jogos ao vivo, no estilo partida de futebol, e realiza torneios on-line e presenciais com jogadores famosos, como Ludo (Luiz Fernando Martins).
“Jogar videogame é aquele hábito que começa na infância e pode virar profissão. Nós estamos dando o maior prêmio já oferecido no Brasil neste tipo de evento. Nos Estados Unidos, esses torneios movimentam muita gente. Até fecham estádios de futebol, e podem chegar a pagar R$ 18 milhões”, frisa Marinho.
A Supernova tem times próprios, masculinos e femininos, de Counter-Strike, um dos jogos mais populares.
“É um esporte como qualquer outro, tem treinador, game houses, patrocinadores. Para quem joga, é uma carreira”, ressalta Marianne.
Em outubro, eles promoveram a ação social Dia do Herói, para crianças em tratamento contra o câncer. O projeto solidário, já com marca registrada, terá sua segunda edição no ano que vem.