O Natal ainda está um pouco longe, a Simone ainda está cantando em poucas lojas e as casas e apês ainda nem estão pensando em decoração de natal, mas a partir desta quinta-feira, 6, os brasileiros ganham um presente presentaço de Natal dado por Papai Noel. Só que em vez do seu pai ou seu avô, quem se veste do bom velhinho é o diretor Roger Donaldson. Lembra dele? Aquele que dirigiu o fraco “O Pacto” (2011), os medianos “Efeito Dominó” (2008) ou “Treze Dias que Abalaram o Mundo” (2000).
Em “November Man – Um Espião Nunca Morre”, Roger te oferta um incrível e saudoso Pierce Brosnan. Acho que não tem mais palavra mais correta para definir este ator que deu vida por alguns anos para o excelente James Bond, da franquia “007”. Olha, eu sou suspeito para falar porque adoro o personagem. Mas, Pierce Brosnan depois de Sean Connery e, o atual, Daniel Craig, não há ator melhor que interpretou tão bem um papel como o sagaz James.
Parece que foi ontem, mas foi lá nos idos de 2002, no meio de minha adolescência, que Pierce deu vida ao agente secreto pela última vez que corria ao lado de M e seu MI-6 para não deixar que os norte-coreanos gerassem uma arma letal que aniquilaria a vida de muitos humanos na face da Terra, e acabaria gerando uma nova guerra mundial. Isso tudo ao lado da mocinha Jinx (Halle Berry), que realizaria uma cena da praia com um biquíni muito sensual inesquecível.
O que eu quero dizer é que “November Man” é uma gota (ou várias) de saudade para quem foi/é fã dos filmes do agente secreto. Eles são bem parecidos. Roteiro, direção, fotografia, trilha sonora e escolha dos atores. No último filme de Brosnan como 007, ele poderia não conhecer sua parceria de “November”. Mas o público já a conhece. Olga Kurylenko foi a mocinha-vítima que Daniel Craig teve que fazer das tripas coração para salvá-la de um ditador em “Quantum of Solace” (2000) no meio do deserto.
De agente secreto para ex-CIA, Brosnan agora se torna mentor de um outro agente, Mason (Luke Bracey). Mas que acabam confrontando em si. Mais uma vez na pele de uma mocinha, Olga, agora, precisa correr das graças de um outro vilão. Portanto, este filme é como se fosse a continuação de “007”. Para quem gosta de teorias e conspirações. Poderia até ser o filme de férias do agente que sumiu do mundo e resolveu trabalhar em outras áreas #sqn.
Em 108 minutos de duração, Roger te amarra na poltrona do cinema impedindo que você se mexa. Para você ter noção, falo por mim mesmo. Quando fui assistir, levei um copo de café gelado. Lembrei-me de tomar o bendito café só no final do filme, que de gelado já estava quente. Então, a galera que adora comer uma pipoca e um refrigerante, cuidado! Pode ser dinheiro gasto. Risos.
As reviravoltas presentes no 007 também entram aqui no jogo. As tomadas das cenas, e até as falas clichês. Mas quem se importa? (coma torta). No final, você vai sair sorrindo da sala de cinema e feliz por ter assistido a este belo filme.
BEM NA FITA: Roteiro, Pierce Brosnan
QUEIMOU O FILME: Já reparou que nas cenas destes filmes de ação onde acontecem em local público todo mundo fica parado ou nada acontece a não ser que seja o dito pelo roteiro? Pois é, este filme tem muito disso. O tiro come na rua e não aparece uma polícia!
FICHA TÉCNICA:
Diretor: Roger Donaldson
Elenco: Pierce Brosnan, Olga Kurylenko, Luke Bracey, Eliza Taylor, Bill Smitrovich, Caterina Scorsone, Lazar Ristovki, Will Paton
Roteiro: Michael Finch, Karl Gajdusek
Trilha Sonora: Marco Beltrami
Gênero: Ação/ Thriller
Distribuidor brasileiro: Playarte Filmes