Com texto do cineasta e roteirista José Eduardo Belmonte, direção de Bruce Gomlevsky e a atriz brasiliense Carol Fazu, que idealizou o projeto, o musical Uma Canção para Janis estreia no Teatro Newton Rossi do SESC Ceilândia para três apresentações gratuitas. No ano que vem o espetáculo vem para o Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo.

O espetáculo tem também no elenco Iuri Saraiva, Patricia Callai, Alexandra Medeiros e Marianna Vianna. Já na direção musical está Dillo D’Araujo e a banda é composta pelos músicos Thiago Cunha (bateria), Fernando Jatobá (baixo), Rogerio Pereira (guitarra), Esdras Nogueira (sax) e Marçal Ponce (teclados).

O musical conta a história de uma mulher de 27 anos que vive em Brasília em 1970. Dividida entre a realidade de um trabalho burocrático e o sonho de ser cantora, ela lida ainda com os conflitos de sua vida pessoal, com a solidão, opressão da cidade e a opressão da ditadura. Seu drama chega ao ápice quando recebe a noticia da morte de Janis Joplin em 04 de outubro de 1970. A partir daí ela se entrega ao uso álcool e drogas e, em sua loucura, se depara com a vida e a obra da cantora que tanto amava.

Este projeto era uma vontade antiga de Carol Fazu, que já integrou várias bandas e fez tributos a Janis Joplin na cena rockblues tão característica da cidade. Lançou posteriormente seu primeiro CD, já com músicas autorais, com shows no Teatro Nacional e Teatro da Caixa. Carol, que se define “uma atriz que canta”, estudou música na Escola de Música de Brasília e depois teatro e TV, após se mudar pra Rio de Janeiro em 2005, onde fez cinema, novelas e teatro. Na TV Globo fez a novela Insensato Coração, a minisérie A Téia e participou dos seriados Cilada, Lolê e Tavinho e A Grande Família. No teatro seus últimos espetáculos foram Mulheres de Caio, peça baseada em quatro histórias do escritor Caio Fernando Abreu, com direção de Delson Antunes, e Anônimas, com direção de Roberto Naar. No cinema esteve na telona em filmes como O Vendedor de Passados, direção de Lula Buarque de Hollanda, Gonzaga, de Pai para Filho, de Breno Silveira, e Malu de Bicicleta, de Flávio Tambellini.

Neste musical Carol faz uma homenagem à Janis Joplin, uma cantora com voz forte e marcante, lembrada pela atitude rebelde da geração beat, os temas de dor e perda de suas músicas e a trajetória de 10 anos vividos intensamente que transformou a menina que cantava no coro local de sua cidade no Texas na principal voz branca de rockblues de todos os tempos. Joplin marcou uma geração e é reverenciada até hoje como uma das maiores cantoras de todos os tempos.

Janis Joplin cresceu no Texas ouvindo músicos de blues e cantando no coro local. Fez de sua voz a sua caracterísitca mais marcante, tornando-se um dos ícones do rock psicodélico e dos anos 60. Todavia, problemas com drogas e álcool encurtaram sua carreira. Morta em 1970, aos 27 anos, de uma overdose de heroína possivelmente combinada com os efeitos do álcool, Janis cultivou uma atitude rebelde e se vestia como os poetas da geração beat.

Solitária no meio da multidão, frustrada no auge do sucesso, Janis Joplin, a menina do Texas, não conseguiu sobreviver às pressões da vida. Mas sua fulminante trajetória bastou para trazer para o rock, definitivamente, a emoção do blues sem meias palavras, a sensualidade explícita, a tristeza cortante. E a sensação de que viver é correr todos os riscos.

:: SERVIÇO
Temporada: 08, 09 e 10 de novembro de 2014
Dia/Horário:  sábado, domingo e segunda, às 20h
Local: Teatro Newton Rossi – SESC Ceilândia – Brasília
Endereço: Qnn 27, Lote B, Ceilândia Norte
Telefone: 3379-9500
Capacidade: 429 lugares
Classificação: 16 anos
ENTRADA FRANCA