Ao Seu Lado
Crítica do filme
Em um jantar, Joseph e Maurice, de 10 e 12 anos respectivamente, têm a conversa mais marcante de suas vidas. Souberam naquele momento que teriam que deixar a França pois os alemães fecharam o cerco contra os judeus. Seu pai conta que assim foi com ele aos sete anos, tendo que deixar a Rússia. Com isso, só os dois juntos e maiores conseguiriam. Seus outros dois irmãos mais velhos já haviam partido e ele e sua mãe iriam na sequência para encontrar com eles próximo à fronteira com a Itália. Disse-lhes ainda que deveriam negar sob qualquer circunstância que eram judeus.
– Você é judeu Joseph?
– Não!
Um forte tapa em seu rosto…
– Não minta Joseph!
– Não!
O pai lhe explica que era a forma de aguentar o que passariam e, com um pouco de dinheiro que ele e sua mãe lhe forneceriam, partiram com a missão de fuga. Infelizmente nada era tão simples assim. Entre encontros e desencontros, prisão e tortura, há momentos de alegria vagando pelos campos. Há a compaixão, a ternura, o medo e o amor por uma garota não judia.
Dirigido pelo canadense Christian Duguay, que já assinou por “Hitler”, Os Meninos que Enganavam Nazistas é baseado no livro homônimo originalmente lançado em 1973 pelo próprio Joseph. A produção se divide entre França, Canadá e República Tcheca e é contada do ponto de vista do irmão mais novo da trama em seus 110 minutos.
A trilha sonora e o figurino remetem aos anos da guerra, mas a fotografia do filme consegue ainda nos brindar com belíssimas paisagens. Em tempos de crescente intolerância no mundo, a história real se torna imperdível para pensarmos sobre o mundo de hoje, mesmo tendo se passado cerca de 70 anos da Alemanha nazista.
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