Ao Seu Lado
Crítica do filme
Ler os quadrinhos dos X-Men nunca foi uma tarefa muito fácil. Desde os primórdios, onde a revista acabou sendo cancelada e teve histórias reescritas e/ou expandidas, até o auge da equipe com cinco títulos saindo em paralelo, os leitores sempre precisaram de um certo norte de onde achar as principais histórias.
Conforme as primeiras temporadas da animação adaptaram de forma livre o período comandado por Stan Lee e Jack Kirby, intercalados com os grandes clássicos de Chris Claremont e John Byrne, a nova temporada dá sequência aos clássicos começando em 1982, com a morte de Charles Xavier.
Não seria a última vez que o telepata morreria nos quadrinhos, mas em Uncanny X-men 167 seria o primeiro grande impacto. A revista fazia parte da histórica Saga da Ninhada (adaptada parcialmente na primeira fase da animação), e traz a trama inicial apresentada nesta temporada. Xavier morto, Magneto encarregado de cuidar dos mutantes, e ainda de brinde, a apresentação do brasileiro Mancha Solar. Essas edições foram compiladas recentemente em Marvel Epic Collection – Novos Mutantes: Renovação.
Logo na sequência, entre as edições 168 e 176, temos o arco “De Volta das Cinzas”, com Jean Grey ressurgindo misteriosamente após a saga da Fênix Negra, e a descoberta de que se trata na verdade do clone rebatizado como Madelyne Pryor. Um dos maiores momentos da história dos mutantes e que foi republicado nas primeiras edições da Saga dos X-men pela Panini.
Neste período, os mutantes participaram da famigerada Guerras Secretas, houve o relacionamento de Colossus e Kitty Pryde, Wolverine retornando ao Japão, e mais algumas histórias paralelas que talvez ainda vejamos na série. O importante, no entanto, é o arco entre as edições 185 e 199 (compiladas em Saga dos X-men 4 e 6), onde uma rajada acidental de Forge acaba deixando Tempestade sem os seus poderes mutantes. Ao final dessa saga (ao contrário de como é retratado em simultâneo na animação) temos Magneto se entregando para julgamento da ONU em Uncanny X-Men 200.
Na edição seguinte, já em 1986, é hora de nascer Nathan Summers, filho de Ciclope e Madelyne Pryor. E este fato, acabará gerando em 1988 a famosa Saga Inferno, que coloca o clone de Jean Grey como uma perigosa vilã. O arco foi relançado no Brasil em 4 edições.
Falando brevemente dos anos 90, temos alguns acenos interessantes do período em que Chris Claremont deixou a revista após ininterruptos 16 anos. São elas as edições 69 e 70 da revista X-Factor (revista criada para reunir novamente os 5 membros originais da equipe) onde descobrimos que a secretária da ONU, Valerie Cooper, era na verdade a mutante metamorfa mística.
No mesmo ano, temos em X-Men Legacy 249 o início do interesse amoroso entre Vampira e Magneto, quando os dois ficaram presos em uma ilha deserta ao mesmo estilo “inimigo meu”. Esse interesse viria a ser consumado em Uncanny X-Men 274, e ecoaria por diversas histórias. A mais famosa delas, a saga Era de Apocalipse onde vemos um futuro alternativo em que os dois mutantes estão casados e com um filho.
E por fim, é no ano de 1992, entre as edições 291 e 297 da revista Uncanny X-Men, que temos a introdução dos “Amigos da Humanidade” (que vem marcando presença na animação desde a primeira temporada, que curiosamente saiu em 1992 também) e do Executor-X, o líder extremista e racista dos humanos.
Com apenas três episódios, este é apenas o início da grande adaptação dos X-Men para esse maravilhoso desenho animado. Com grandes expectativas, eu te espero aqui ao final da série para falar dos demais arcos.
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