Unicórnio Maravilha, Belga e Amsterdan agitam público no Smoke Lounge

Sarah Azevedo

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8 de abril de 2019

Estamos aqui pra fazer vocês dançarem, se divertirem e talvez sair daqui com uma neura ou outra!”. Foi assim que Isis Cardoso, vocalista da banda Unicórnio Maravilha iniciou a apresentação no Smoke Lounge, na última sexta-feira (05). E bem, ela não poderia estar mais certa a respeito do que viria a seguir. Oriundos aqui do Rio, a banda deixa bem claro suas influências em suas composições. Apresentando músicas do seu segundo EP lançado em 2018 “Gatos Voadores e uma Corrida de Capivaras”, a primeira faixa tocada nesta noite foi “Blues Genérico #1”, que soou convidativa a quem estava presente, fazendo com que as pessoas chegassem mais perto para prestar melhor atenção ao que a banda tinha a dizer.

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Com bastante interação com a plateia, o show seguiu com “Blues Genérico #3”, uma balada bem dançante com boas variações em seu meio e apresentações de algumas canções do primeiro Ep da banda, que infelizmente, não está disponível nas plataformas digitais. Ele possui músicas com letras que colam na sua cabeça e demoram demais pra sair. Também tivemos “Gatos Voadores” com sua vibe mais nervosa e grunge. Encerrando sua apresentação, a banda ainda tocou um cover muito bem feito de “Você Não Sabe Quantas Horas Eu Passei Olhando pra Você” do incrível duo Gorduratrans, que fez muita gente cantar junto.

Banda Unicórnio Maravilha – Foto: Ana Clara Barreira / BLAH!ZINGA

Começando animados, a Belga foi a segunda atração da noite. Pela segunda vez na cidade, desta vez puderam mostrar seu som pra muito mais gente, que parecia contente com o que ouvia, enquanto “Anti” era executada no palco. Em seguida, tivemos “Vim Dizer”, que contou com um pedido de palmas do vocalista Gabriel Foster. “Mesmo Lugar”, música com uma vibe bem Arctic Monkeys, despertou os pés dos presentes no local, que faziam passinhos de um lado para outro, talvez meio involuntários, apenas levados pelo balanço. Um pedido feito por uma antiga fã, “Cresça”, faixa emocionante do primeiro EP, apareceu de surpresa nesta noite.

A banda também surpreendeu com um cover de “Atrasadinha”, música de Felipe Araújo, revelando que dentro de muito coração rockeiro tem também um pagodeiro da sofrência. Após isso, a banda chegou ao final de seu show, tocando “Faz”, música lançada há pouco mais de duas semanas, e “Âmbar”, single e homônimo de seu último EP lançado. Ambas possuem uma energia mais dançante, e fizeram todos os presentes – banda e público – dançarem e pularem juntos. Com essa boa vibe e simplicidade, com certeza, a Belga cativou muita gente nesta noite, que seguiu com a apresentação da última banda da noite, a carioca Amsterdan.

Banda Belga – Foto: Ana Clara Barreira / BLAH!ZINGA

Bem recepcionados, o quarteto começou com “Moinho” e seguiu com “Natural”, onde Rafael Reis (vocalista), convidou os presentes para que se aproximassem do palco, para que fosse criada mais intimidade, embora quem estivesse ali já parecesse os conhecer muito bem e já se sentisse bem íntimo. O show seguiu com a apresentação de outras músicas do primeiro CD da banda, “1766”, lançado em 2017. Um dos destaques vai para “Singular”, uma das melhores músicas deste trabalho, que contou com bastante palmas da plateia. Um dos momentos mais bonitos foi quando a banda já estava se despedindo, ao som de “Labirinto”, quando muita gente cantava a música muito mais alto do que a própria banda.

É emocionante quando uma banda deixa de ser dona da sua própria música e ela passa ser de domínio de quem é fã. Apesar de serem considerados novatos, a Amsterdan possui um público fiel que os acompanha em praticamente todos os seus shows. Suas letras e melodias podem soar, talvez, um pouco genéricas, porém, a banda proporciona um bom entretenimento para quem está chegando na cena por agora. Mesmo com toda essa energia e receptividade do público, ainda sentimos falta de um maior domínio do palco em sua apresentação. No todo, é visível o incrível potencial que todos da banda carregam.

Sarah Azevedo

Publicitária com alma de jornalista que gosta de algumas bandas de nomes estranhos e livros. Extremamente curiosa, acabou encontrando o caminho do Kpop sem querer e não conseguiu mais sair.
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