Wagner mostra sua “Alegria” com o Barbosa Trio em show no Rio

Wilson Spiler

Formado em Música Popular Brasileira pela Faculdade de Artes do Paraná e Violão Popular pelo Centro de Estudos Musicais Tom Jobim, em São Paulo, Wagner Barbosa experimentou os primeiros acordes aos nove anos de idade. O compositor lança “Alegria”, seu segundo álbum, o primeiro ao lado do cearense Rafael Mota Rodrigues e do polonês Kuba Palys, que juntos formam o Barbosa Trio.

O novo disco foi pensado por Wagner depois de uma turnê pela Polônia com Rafael e Kuba. Foi nesse período que o músico conseguiu enxergar o que queria como compositor, arranjador e produtor, investindo na formação de trio. “Conseguimos soar como grupo de uma maneira bem espontânea. Eu, no violão, e o Rafael somos quase como percussões complementares dando mais vazão para o Kuba expressar seu jeito “do leste europeu” de tocar piano”, explica.

Capa do álbum "Alegria"

Capa do álbum “Alegria”

“Alegria” conta ainda com participações especiais de Toninho Ferraguti no acordeão (Mônica Salmaso, Maria Schneider, entre outros), Jorge Helder no contra-baixo acústico (Bethânia, Chico Buarque, Caetano Veloso, entre outros), Marcus Teixeira no violão e guitarra (Ron Carter, Gal Costa, Rosa Passos, Maria Rita, entre outros), Jurandir Santanna na guitarra (Hermeto Pascoal, Giana Viscardi, entre outros) e o Ritmodelia, grupo polonês de percussão.

No álbum, a união do nordeste do Brasil com a Polônia traz as surpresas e contrastes de quem está acostumado a transitar pela liberdade criativa e muito pouco pelos rótulos. Na capa do disco, “Szczescie”, palavra polonesa que figura ao lado de “Alegria” e quer dizer felicidade, faz o laço entre as línguas e as culturas dos dois países. “Quando falada corretamente, essa palavra soa como um chocalho ou um caxixi. Esse efeito caiu como uma luva no arranjo”, comemora.

Outra importante vitrine para o curitibano tem sido seu trabalho paralelo como preparador e diretor vocal. Aliás, áreas artísticas que se interligam com profundidade em sua vida. Ele é um dos poucos representantes da técnica Speech Level Singing, considerada a mais conceituada do mundo, não por acaso, utilizada por artistas do calibre de Stevie Wonder, Michael Jackson, George Benson, Ray Charles, Madonna e Luther Vandross. Marcelo Jeneci, Verônica Ferriani e Giana Viscardi são alguns dos músicos que confiaram recentemente suas vozes aos cuidados de Wagner.

Depois de shows na Europa, o Barbosa Trio faz o lançamento oficial do álbum no Rio de Janeiro, em duas apresentações nos dias 11 e 12 de setembro, no Teatro Municipal Café Pequeno, pela mostra Paulicéia Carioca. O grupo também fará shows em Belo Horizonte, São Paulo e Curitiba. De contido até algo vibrante, a ideia de Wagner é convidar o espectador a passear por todas as nuanças do CD, que pode ser baixado gratuitamente no site oficial do artista.

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SERVIÇO:

Barbosa Trio no Rio de Janeiro

Quando: Dias 11 e 12 de setembro, quarta e quinta, às 20 horas
Onde: Teatro Municipal Café Pequeno (Av. Ataulfo Alves de Paiva, 269, Leblon/RJ)
Quanto: R$ 30,00 (inteira) / R$ 15,00 (meia)
Mais informações: www.wagnerbarbosa.com

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
NAN