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‘F1: O Filme’ é uma experiência cinematográfica impactante

Bruno Oliveira

Há tempos eu não assistia a um filme tão impactante quanto F1: O Filme. Ele é repleto de clichês, mas daqueles bons, que me fizeram sentir falta de algo que estava ausente na minha vida. Muita adrenalina embalada por uma edição e direção afiadíssimas, e um Brad Pitt (Clube da Luta) que entrega o auge de sua canastrice e talento. O piloto Lewis Hamilton atua como um dos produtores executivos, ao lado do lendário Jerry Bruckheimer (Armageddon). Joseph Kosinski (Top Gun: Maverick), na direção, chega para provar por que é um dos melhores no gênero de ação atualmente. Já adianto que este longa será o auge para os fãs de Fórmula 1. Para quem não gosta ou não entende as regras específicas, basta embarcar na história e curtir ao máximo.

Sinopse

Sonny Hayes (Brad Pitt) é um ex-piloto de Fórmula 1 que, na década de 1990, era uma das maiores promessas da categoria, mas teve sua carreira interrompida por um grave acidente. Três décadas depois, ele é convidado a sair da aposentadoria para se juntar a uma equipe de F1 em dificuldades, a fictícia ApexGP. Sua missão é mentorar o jovem e talentoso Joshua Pearce (Damson Idris), enquanto busca sua própria redenção e uma última chance de glória no esporte.

Espetáculo visual e sonoro

Este filme não era aguardado por mim como uma das grandes produções do ano – um erro crasso, admito. Definitivamente, ele se encaixa como um dos maiores blockbusters do ano. Em relação aos aspectos técnicos, pode ter certeza de que figurará facilmente entre os melhores. A tecnologia utilizada para criá-lo salta da tela, juntamente com o realismo de suas cenas, que foram filmadas de um jeito imersivo e autêntico, projetando-nos para o meio de uma corrida real. A velocidade é palpável, e a consultoria do grande campeão Lewis Hamilton faz uma enorme diferença em tela. A trilha sonora de Hans Zimmer (Interestelar) é um grande destaque, marcando presença e ecoando em nossa cabeça assim que se inicia.

Redenção e segunda chance

A história em si é uma busca por redenção, aliada a uma segunda chance tardia. No início, vemos que Sonny Hayes é um grande piloto que busca novas emoções a cada momento de sua vida. Quando seu amigo de longa data, Rubens Cervantes (Javier Bardem), o chama para fazer parte de sua equipe quase falida, ele titubeia, mas acaba aceitando a nova missão: conseguir o primeiro ponto para a equipe no campeonato e, quem sabe, até mesmo uma vitória. A partir daí, o clichê inunda a tela, mas é também o que confere o grande charme a essa película. Saber mais ou menos o que vai acontecer não diminui a história; pelo contrário, só a faz crescer, e quando chegamos aos seus momentos finais, estamos bem nervosos e ansiosos pelo seu desfecho – outro ponto previsível, que acontece da melhor forma possível.

Pressão psicológica e legado

Além de toda a diversão que ele nos propõe e entrega, o filme também aborda temas bastante interessantes, embora não sejam a primeira coisa que chama nossa atenção. Ele mostra como é esse mundo nos bastidores: a pressão psicológica e física que os pilotos sofrem e como a busca pelo sucesso afeta os personagens. Se você não conseguir se mostrar como um bom piloto, será descartado como se nunca tivesse existido. O legado também é debatido, e a importância da experiência em um esporte onde uma falha pode custar sua vida é bem explorada. A relação de Sonny com o piloto mais jovem e promissor, Joshua Pearce (Damson Idris), exibe uma das grandes químicas relacionais, ilustrando o conflito de gerações que, a princípio, não se respeitam, mas que no final se tornam quase uma família. Como mencionei antes, tudo é previsível, mas muito bem feito e empolgante.

Conclusão

F1: O Filme torna a presença do público no cinema obrigatória. Certamente, o ambiente influenciará para melhorar essa experiência da melhor forma possível. Para quem gosta de um grande filme de adrenalina, ele é mais do que indicado. Sem dúvida, já podemos considerá-lo um dos grandes do estilo. Fãs de automobilismo e, principalmente, de Fórmula 1, vão adorar o que está presente nele. O uso das regras do esporte a favor do roteiro também contribui bastante para a loucura em que essas corridas se transformam. Tudo isso me fez querer voltar a acompanhar esse esporte, que confesso ter largado há um bom tempo. Méritos da produção e de todos os envolvidos. Recomendo demais, e vá assisti-lo de coração aberto.

Onde assistir F1: O Filme?

F1: O Filme está em cartaz nos cinemas brasileitos.

Por fim, não deixe de acompanhar o UltraCast, o podcast do Ultraverso que sobre Cultura Pop.

Elenco de F1: O Filme

Brad Pitt
Kerry Condon
Javier Bardem
Damson Idris
Tobias Menzies
Kim Bodnia
Joseph Balderrama
Sarah Niles
Lewis Hamilton
Callie Cooke
Will Merrick
Samson Kayo

Trailer – F1: O Filme

Ficha Técnica – F1: O Filme

Título original: F1: The Movie
Direção: Joseph Kosinski
Roteiro: Joseph Kosinski e Ehren Kruger
Duração: 155 minutos
País: Estados Unidos da América
Gênero: ação, automobilismo, esporte, drama
Ano: 2025
Classificação: 12 anos