Assini

Assini e a nova cena indie pop catarinense

Rafael Vasco

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28 de maio de 2021

O cantor Assini é a mais nova aposta do indie pop feito em Santa Catarina, que já tem nomes como Bryan Behr e Pedro Vulpe. Além de interpretar suas próprias letras, o artista também é multi-instrumentista e acaba de lançar seu mais recente single, Dancing alone, já disponível em todas as plataformas de streaming.    

Contudo, vale a pena também conhecer seu primeiro EP, chamado Tragic but magic, lançado em 2018 e que traz quatro faixas bem pessoais escritas por Assini. A saber, todas as canções do artista são em inglês, o que valoriza muito sua voz grave, que se encaixa perfeitamente na proposta final do trabalho.

Sendo assim, o ULTRAVERSO convidou o cantor para um bate papo descontraído, em que ele fala sobre suas referências musicais, perspectivas de um novo álbum e também de seu atual single. Portanto, acompanhe nossa conversa:

ULTRAVERSO: Assini, é verdade que começou a compor aos 13 anos? De onde surgiam suas inspirações nessa época e como funciona seu processo criativo atualmente?

ASSINI: Sim, eu sempre estive imerso no mundo da música de alguma forma e aos 13 eu já comecei a escrever algumas coisas. Porém, não eram boas, mas era o início de tudo. Eu simplesmente via meus artistas favoritos nos documentários da MTV e queria ser igual a eles. Hoje eu costumo escrever vivências da vida, traumas, experiências. Alguém sempre se identifica.

Consigo enxergar muitas referências pop na sua música, qual delas considera essencial na sua formação como artista?

ASSINI: O mundo pop definitivamente foi o mundo no qual eu cresci ouvindo. Meu primeiro álbum físico foi o “Pies Descalzos” da Shakira. Em seguida tive contato com Britney Spears, Spice Girls, Christina Aguilera, e outros… digamos que o pop moldou meu caráter.

Aliás, é possível definir seu trabalho como parte de algum estilo musical? Caso sim, qual ou quais seriam?

ASSINI: Eu faço pop. Tem um pé no experimental e no indie mas eu defino como pop.

Assini (Divulgação/Facebook)

Existe algum artista que você admire muito e sente vontade de fazer uma parceria musical?

ASSINI: Com os pés no chão eu diria Shakira, e sonhando eu diria as Spice Girls.

A saber, você mora em Botuverá, uma cidade do interior catarinense, que tem cerca de 5 mil habitantes. Nesse sentido, conte como foi se tornar um artista tão diverso nesse ambiente?

ASSINI: Eu nasci em Brusque, que deve ter em torno de 130 mil habitantes, mas moro em Botuverá desde criança, que é uma cidade vizinha. É extremamente pequena, cidade do interior. Portanto, foi difícil aceitar quem eu sou no meio disso tudo, mas eu consegui.

Sabemos que se formou em Administração, que a princípio destoa um pouco do mundo musical. Dessa maneira, existe algum paralelo entre estas duas áreas?

ASSINI: Acredito que dá para usar a administração em um pouco de tudo. Controlar o tempo, carreira. Então sempre acabamos levando algo para a bagagem.

Ademais, já está disponível em todas as plataformas o seu novo single “Dancing alone”, a letra reflete de alguma maneira suas vivências durante o isolamento social?

ASSINI: Não exatamente, “Dancing alone” é sobre a perda. No entanto, todo esse cenário que vivemos com certeza aflorou meus sentidos para escrever a música. Talvez muitas pessoas vão se identificar com alguma perda durante a pandemia, mas [felizmente] não foi meu caso.

Em 2018 você lançou o EP “Tragic but magic”, com 4 canções. Sendo assim, de lá para cá pensou em produzir um álbum completo?

ASSINI: Eu sonho em fazer um álbum completo, acredito que todo artista sonha com isso. Porém, eu estou gostando desse esquema de lançamento no formato EP. Assim, procuro deixar todas as faixas, clipes e fotos bem amarradas dentro de um conceito.

Todas as suas composições são apenas em inglês. Por qual razão optou em escrever neste idioma e se pensa em algum momento produzir canções também em português?

ASSINI: Eu estou escrevendo em português, mas para mim é difícil passar uma mensagem [neste idioma]. Sempre tive contato com a lingua inglesa desde cedo e me identifiquei com isso. Acredito que a música conecta as pessoas, não importa quando e onde.

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Então você é artista e acha que não tem muito espaço? Fique à vontade para divulgar seu trabalho na coluna Contra Corrente do ULTRAVERSO! Não fazemos qualquer distinção de gênero, apenas que a música seja boa e feita com paixão!

Além disso, claro, o (a) cantor(a) ou a banda precisa ter algo gravado com uma qualidade razoável. Afinal, só assim conseguiremos divulgar o seu trabalho. Enfim, sem mais delongas, entre em contato pelo e-mail guilherme@ultraverso.com.br! Aquele abraço!

Rafael Vasco

Um viciado em informação, até mesmo as inúteis. Com dois minutos de conversa, convenço você de que sou legal. Insta: _rafael_vasco
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