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BGS se pronuncia sobre caso de cosplayer agredido: LEIA A NOTA!

Wilson Spiler

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17 de outubro de 2019

Muitos fãs de games e da cultura geek comemoram quando participam de um evento como a Brasil Game Show. Participar como cosplayer, então, é a realização de um sonho. Entretanto, a coisa não acabou bem para Michael Giordano. Isso porque o profissional de cosplay afirma ter sido espancado e torturado por seguranças da feira no último domingo, 13.

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Como teria sido o caso

Giordano, que se veste de “Coringa de Heath Ledger”, e este ano foi vestido de enfermeira, em alusão à cena em que o vilão entra em um hospital para conversar com Harvey Dent, disse que decidiu sair para retocar sua maquiagem e beber água. Mas, antes, perguntou a um segurança se conseguiria retornar sem problemas. Segundo o cosplayer, a resposta foi um sim. Contudo, na volta, não conseguiu entrar, já que o QR Code do seu ingresso constava como usado. Todavia, um dos coordenadores da Brasil Game Show teria ouvido de seu supervisor que realmente ele não poderia retornar.

No desespero, Michael acabou xingando o segurança que lhe deu a informação errada. “Pô, que cara filha da p***! Acabou com meu rolê”. Foi então que dois outros vigilantes se aproximaram reafirmando que ele não poderia voltar ao evento. O jovem, então, relatou que respondeu: “não se mete que eu tô falando com o pessoal aqui”. Ele gravou uma live no Facebook relatando o caso nesta terça-feira. Assista:

https://www.facebook.com/michael.nigthmare/videos/1204465363084184/

Então, ele teria tomado uma gravata e, se debatendo, acabou acertando um dos seguranças. Irritado, o vigilante revidou com um soco no olho esquerdo de Michael. Segundo relatos, o rapaz teria sido arrastado até uma sala, onde ficou trancado com os seguranças.
Sessão de tortura

Por cerca de quase 30 minutos, Michael alega ter sido espancado e torturado por 12 seguranças. Suas pernas teriam sido queimadas com cigarros e, como consequência dos golpes, sofreu nove fraturas. O resultado: uma costela quebrada que causou uma perfuração no pulmão.

Ainda de acordo com a vítima, os seguranças ainda o colocaram em pé com o rosto contra a parede e deram início a uma tortura psicológica. Segundo palavras do próprio Michael, os vigilantes ameaçaram estuprá-lo e, por várias vezes, o ameaçaram matá-lo. Para evitar maiores transtornos, optamos por não colocar mais fotos do estado físico de Michael aqui no site. Se ainda assim você pretende ver, clique AQUI para isso. Abaixo, o laudo médico do hospital:

O que a BGS respondeu

Procurada, a Brasil Game Show não se pronunciou de imediato. Prometeu apurar e responder assim que fosse possível. Então, nesta quinta-feira, 17, a BGS informou, por meio de nota, que “a empresa de segurança terceirizada envolvida no caso teve o seu contrato suspenso até a completa apuração dos fatos e estamos buscando todas as provas para punir os culpados com todo o rigor da lei”.

Sobre o cosplayer, a BGS garante que já está “em contato com sua representante legal para auxiliar em tudo o que for necessário”. Confira a nota na íntegra:

“Desde segunda-feira, quando a BGS foi procurada pela advogada Daniela Conti, representando o cosplayer Michael Giordano Martins Pereira, nos debruçamos sobre o caso para entender os fatos e, de maneira responsável, adotar medidas justas com todos os envolvidos.

Quem conhece a história da BGS sabe que nossa postura é de respeito e acolhimento, seja com as comunidades gamers, de cosplayers e de influenciadores, seja com nossos parceiros, fornecedores, prestadores de serviço etc. Não seria, portanto, num caso com a gravidade relatada, que tomaríamos alguma decisão precipitada ou leviana. Preferimos arcar com o ônus de uma resposta supostamente tardia a, apressadamente, apontar culpados.

E é em respeito ao público fã da BGS e a todos que nos acompanham nessas 12 edições, que agora informamos que a empresa de segurança terceirizada envolvida no caso teve o seu contrato suspenso até a completa apuração dos fatos e estamos buscando todas as provas para punir os culpados com todo o rigor da lei. Sabemos que isso não apaga ou sequer diminui os transtornos causados ao cosplayer Michael, e já estamos em contato com sua representante legal para auxiliar em tudo o que for necessário.

A BGS sempre vai buscar a paz pois é o ponto de encontro de crianças, jovens, adultos e famílias que têm nos games uma forma saudável de união e diversão. Não incentivamos, aprovamos ou endossamos nenhum tipo de agressão física ou moral. Independente das circunstâncias, comportamentos violentos são inaceitáveis e absolutamente incompatíveis com os valores da BGS.”

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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