Aladdin live-action

CRÍTICA | ‘Aladdin’ (2019)

Paulo Cardoso Jr.

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22 de maio de 2019

Desde fevereiro desse ano, depois que as primeiras imagens do Will Smith como Gênio da Lâmpada começaram a circular, os fãs do desenho Aladdin, lançado lá em 1992, ficaram preocupadíssimos. Da mesma forma que aconteceu com o trailer do personagem Sonic visto recentemente. No entanto, a tensão diminuiu um pouco com a divulgação do trailer oficial, mas o sentimento ainda era de “um pé atrás” momentos antes da exibição para imprensa, afinal, esse era o live-action da Disney mais aguardado pelo público.

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O desenho de 1992 foi um sucesso de bilheteria e, além disso, o Gênio era dublado por ninguém menos que Robin Williams. Isso tornou-se um verdadeiro desafio para Will Smith. O ator chegou a declarar em uma de suas entrevistas que “o personagem interpretado pelo falecido ator foi icônico e ele não deixou muito espaço para realizar algo novo”.

Sensação de nostalgia

Mas e aí, o resultado final ficou bom? Sim. O aguardado live-action da Disney também é o mais bem feito até o momento. Will Smith honrou a herança deixada por Robin Williams e conseguiu dar vida a um dos personagens mais queridos dos desenhos animados. A história todo mundo conhece: é sobre o rapaz órfão e pobre Aladdin (Mena Massoud), que tem apenas como companheiro o macaco Abu. Ele conhece e se apaixona pela princesa Jasmine (Naomi Scott), Jafar (Marwan Kenzari), conselheiro do Sultão, que se aproveita da situação e convence o rapaz a entrar numa misteriosa caverna para pegar uma lâmpada em troca de uma grande recompensa. O protagonista é traído pelo feiticeiro, mas descobre dentro da lâmpada um poderoso Gênio (Will Smith), que irá ajudá-lo a conquistar o amor da sua amada.

Foto: Disney / Divulgação

A abertura e os primeiros 10 minutos de filme são praticamente iguais ao antigo desenho. É quando Aladdin e o pequeno Abu aparecem praticando pequenos furtos e fugindo dos guardas. A sensação de nostalgia bate forte para os quarentões (ou quase!) que viram o desenho na adolescência. O problema era que a animação tinha uma duração muito curta (90 minutos) e, por isso, foi preciso adicionar vários elementos que não estavam no original para transformá-lo numa obra de pouco mais de duas horas de duração.

Will Smith convence como Gênio da Lâmpada

Por incrível que pareça, a presença do Gênio do Will Smith é justamente o que mais segura o clima descontraído e as cenas mais engraçadas. Outra grande expectativa era pela presença e atuação do feiticeiro Jafar. No desenho original, ele era cheio de tiques e com uma voz bem marcante (dublado na época por Jonathan Freeman), mas, nessa versão, ficou aquém do que se esperava. O equilíbrio das cenas entre o Gênio e Jafar na animação não se repetiu na adaptação em carne e osso de 2019. O ator Marwan Kenzari faz um vilão ”normal”, sem muita criatividade, deixando um ar de decepção toda vez que aparece.

Foto: Disney / Divulgação

Entretanto, o diretor Guy Ritchie (Rei Arthur: A Lenda da Espada) conseguiu cumprir bem a tarefa de levar Aladdin para o live-action. Acima de tudo, ele deu ritmo e realizou boas cenas de ação quando necessário. Entre mortos e feridos, destaque para Will Smith, pois o ator conseguiu deixar sua marca como Gênio da Lâmpada. O astro dançou e deixou o personagem mais mulherengo. Uma espécie de mistura de “Fresh Prince of Bel Air” com “Hitch” que deu certo! Além disso, vale chamar a atenção para a canção “A Whole New World”. A música ganhadora do Oscar em 1993 volta a emocionar e não decepciona.

O maior desafio para Aladdin, no entanto, será bater a arrecadação dos personagens de desenho animado. Isso porque a animação clássica custou US$ 28 milhões e faturou US$ 504 milhões. Por sua vez, a versão atual teve um orçamento de US$ 150 milhões, mas certamente é uma excelente opção de divertimento para todos. Até a próxima.

::: TRAILER

::: FICHA TÉCNICA

Título original: Aladdin
Direção: Guy Ritchie
Elenco: Will Smith, Mena Massoud, Naomi Scott
Distribuição: Disney
Data de estreia: qui, 23/05/19
País: Estados Unidos
Gênero: aventura
Ano de produção: 2017
Duração: 183 minutos
Classificação: 10 anos

Paulo Cardoso Jr.

Jornalista formado pela PUC-RJ e Pós Graduação em "Comunicação com o Mercado" pela ESPM-RJ.
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