CRÍTICA | ‘Círculo de Fogo: A Revolta’ não é somente um filme de robôs lutando

Ricardo Matui

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22 de março de 2018

Círculo de Fogo: A Revolta (Pacific Rim: Uprising) é, obviamente, uma sequência do longa de 2013, dirigido originalmente pelo ótimo Guillermo del Toro, que acabou de ser “oscarizado” com o ótimo “A Forma da Água”. Essa continuação é liderada por Steven S. DeKnight, mais famoso por séries de TV como “Demolidor”, “Smallville” e “Angel”.

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Pois bem, o segundo filme se passa 10 anos após um tempo do “fim da guerra” contra os Kaijus. Jake Pentecostt (John Boyega) é filho do lendário e salvador do mundo Stacker Pentecost (Idris Elba), mas resolve não seguir os passos do pai. ‘Não sou como meu pai’ é uma frase dita por ele praticamente a projeção inteira, fazendo com que siga seu próprio ritmo de vida. Não que a vida que escolhida seja a certa, mas, para ele, ao menos aparentemente, está ótima: faz o quiser quando bem entender, onde rouba e furta coisas fúteis. Até partes de Jaeger ele se apropria.

Obviamente, o protagonista acaba se envolvendo em um problema muito grande mais à frente e lhe oferecida novamente a possibilidade de ser um Ranger e treinar novos recrutas. Como não tem muita escolha, ele aceita a oferta, embora relute, pois carregar o nome Pentecost o faz lembrar bastante do pai dele. Mesmo assim, ele consegue fazer bem o serviço. Com os novos recrutas, nossos Rangers pecam para conseguir que eles se entendam, afinal são crianças, além de tudo. Embora tenham todos esses problemas e perdas, elas se deram muito bem, evoluindo e se tornando uma família.

Liwen Shao (Jing Tian) interpreta a dona de uma empresa que quer deixar de lado os pilotos (pois o treinamento é muito demorado e achar pessoas compatíveis requer muito esforço), introduzindo drones sendo controlados por qualquer lugar do mundo. E deixando de lado a questão de perda familiar, não é uma má ideia, porém, como todo tipo de tecnologia remota pode ser hackeada ou modificada de alguma forma, muitas pessoas estão contra essa nova tecnologia e, claro, nenhum piloto quer ser substituído por uma máquina.

Do meio do filme para frente, se descobre o impossível: que os Kaijus ainda vivem na nossa dimensão, não posso dar mais informações se não perderá a graça. E essa batalha está na pior situação possível, pois ocorre um ataque surpresa destruindo a maioria dos Jaeger e matando a maioria dos pilotos, forçando todos, inclusive os que estão em treinamento, a proteger o mundo.

Em Círculo de Fogo: A Revolta, diferentemente do primeiro, existe mais história envolvida do que somente lutas de robôs (não que isso seja ruim), mas é interessante, pois passa um ar de “bastidores” sobre o que acontece com os pilotos. O convívio e treinamentos envolvidos para se conseguir exige uma conexão com seu parceiro, como foi falado no primeiro longa.

Os efeitos são inacreditáveis, principalmente com os novos Kaijus. Sim, temos alguns no nosso mundo! As cenas de destruição com os Jaegers passando pelos prédios como se não fossem nada e, claro, as lutas entre eles são um espetáculo à parte! O Kaiju que aparece no trailer é sensacional, porém, dá pra ver a total referência a Godzilla e Transformers, o que acabou não ficando muito original da parte deles, mas foi bem feito.

Por fim, Círculo de Fogo: A Revolta é um filme que vale a pena o ingresso, com muitas histórias envolvidas, sentimentos perdidos e conquistados, e uma superação inacreditável de todos.

::: TRAILER

::: FOTOS

::: FICHA TÉCNICA

Título original: Pacific Rim: Uprising
Direção: Steven S. DeKnight
Elenco: John Boyega, Scott Eastwood, Jing Tian
Distribuição: Universal
Data de estreia: qui, 22/03/18
País: Estados Unidos
Gênero: ficção científica
Ano de produção: 2016
Classificação: 12 anos

Ricardo Matui

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