"Como Treinar o Seu Dragão", artista Pierre Olivier Vincent (Foto: Agência Galo / Divulgação)

Exposição da DreamWorks chega ao Brasil em fevereiro

Wilson Spiler

|

23 de janeiro de 2019

O nosso querido Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro recebe, a partir do dia 06 de fevereiro, a mostra DreamWorks Animation: A Exposição – Uma Jornada do Esboço à Tela. Já exibida em sete países, a exposição, que fica em cartaz até 15 de abril na capital carioca, celebra duas décadas de criação do estúdio e seguirá ainda para o CCBB de Belo Horizonte, onde permanecerá de 15/05 a 29/07.

Leia mais:

– CRÍTICA | ‘COMO TREINAR O SEU DRAGÃO 3’
– OSCAR DA DIVERSIDADE: A DERRUBADA DEFINITIVA DO “MURO” PARA AS MINORIAS?

São 400 itens de acervo, incluindo um modelo do Fúria da Noite, o Banguela, do filme “Como Treinar o Seu Dragão” (2010). A mostra também traz itens raros e inéditos, como desenhos, storyboards, máscaras, mapas, fotografias, pôsteres, pinturas e artes originais, diretamente dos arquivos do DreamWorks Animation. Também serão exibidas entrevistas e imagens de bastidores que mostram como se dá o complexo e criativo processo do esboço de um desenho às telas.

Artes originais de “Kung Fu Panda” feitas pelo artista Nico Marlet (Foto: Agência Galo / Divulgação)

DreamWorks Animation: A Exposição tem inspiração nos filmes mais amados do estúdio, um dos maiores do mundo e que trabalha com técnicas únicas de animação, como “FormiguinhaZ” (1998), “A Fuga das Galinhas” (2000), Shrek” (2001), Trolls” (2016) e  “Kung Fu Panda 3” (2016). Apesar de visualmente diferentes, todos eles têm em comum as três marcas registradas do DreamWorks: personagens icônicos, história original e um universo mágico onde tudo ganha vida. Por meio de experiências digitais imersivas os visitantes poderão explorar diferentes mundos, ver de perto as expressões faciais de personagens queridos e conferir efeitos visuais, sonoros e de iluminação de última geração, além de criar sua própria animação 2D. 

A mostra já passou por Austrália, Canadá, Coréia do Sul, México, Nova Zelândia, Cingapura e Taiwan. No Brasil, a entrada será gratuita nos CCBBs.

Arte de “Shrek” feita pelo artista Guillaume Aretos (Foto: Agência Galo / Divulgação)

QUATRO EXPERIÊNCIAS MÁGICAS

A exposição está dividida em quatro seções. Em Characters será possível apreciar a evolução do que realmente confere vida aos filmes produzidos pelo estúdio DreamWorks Animation, do conceito original dos desenhos e sketches às personalidades totalmente construídas – como Po, de “Kung Fu Panda” (2008), os Zoosters de “Madagascar” (2005), e a gangue do carismático ogro Shrek”. Em Story, por sua vez, será possível conferir o processo de construção de uma história completa, da inspiração ao desfecho. Telas digitais vão mostrar os enredos originais de Shrek” e “Madagascar” e também recriarão uma sessão de brainstorming de Os Sem-Floresta”.

Em World, o destaque fica para a magia incorporada ao universo dos filmes do DreamWorks Animation. Uma projeção de 180 graus, criada especialmente para a mostra, vai levar o visitante a sobrevoar a cidade viking de Berk a partir das costas de um dragão. Haverá ainda a Drawing Room, a última parada da exposição. Nessa área, os quiosques especialmente projetados permitirão que o público desenhe e crie um curta animado, a partir da tecnologia do estúdio DreamWorks Animation.

Pintura de “Madagascar” do artista Alex Puvilland (Foto: Agência Galo / Divulgação)

UM POUCO SOBRE OS PERSONAGENS

Shrek – Os filmes de Shrek foram inspirados nas histórias infantis de William Steig (1907 – 2003) sobre um ogro assustador que encontra o verdadeiro amor quando salva uma princesa feia. A exposição permite aos visitantes traçar uma evolução gradual da aparência do personagem, mostrando como os desenhos originais estavam mais perto da obra do escritor americano e como gradualmente se transformaram no personagem amável que conhecemos hoje. Shrek, no entanto, permanece inegavelmente feio, e foi tarefa da equipe de animação comunicar a sua verdadeira natureza e gama de emoções através de expressões faciais complexas, tornadas possíveis por meio de novas técnicas de animação digital. 

Kung Fu Panda – Inspirado pela arte tradicional do kung fu e ambientado na China antiga, Kung Fu Panda conta a história de Po, um panda que ama kung fu mais do que tudo no mundo. A forma redonda e macia do panda influenciou o desenho do personagem em que “coisas boas são redondas e macias”. Seu corpo grande e pesado contrasta com a elegância dos cenários e abriu espaço para muito humor visual. A forma do corpo também é usada para criar grande efeito cômico na relação entre Po e seu pai, o senhor Ping, um pato.

Madagascar – Madagascar conta a história de quatro animais amigos: Alex, Melman, Gloria e Marty, que viajam para longe de casa – o Zoológico do Central Park, de Nova York – e acabam na ilha de Madagascar. Os personagens foram projetados para parecerem desenho animado e foram originalmente inspirados por imagens da década de 1950 e cartoons pastelão da idade dourada da animação americana. Além de adicionar humor aos personagens, o design simples permitiu aos animadores aplicar o clássico “squash and stretch” (técnica de animação em que três personagens são esticados em formas extremas e depois voltam ao original para reforçar impacto e movimento).

Spirit: O Corcel Indomável – Situado no selvagem oeste americano (Wild West) do século 19, Spirit explora o confronto entre o deserto e as forças de colonização e assentamento. Recusando-se a ser domesticado ou derrotado pelos invasores, o garanhão selvagem, Spirit, é uma combinação de força, coragem, ternura e determinação.  A história de Spirit é narrada em primeira pessoa, mas a partir da perspectiva do animal. A ênfase em apresentar esses animais selvagens e bonitos dentro de seu habitat natural foi possível graças ao uso de cavalos reais como referência para projetar a sua personalidade. O desafio para os animadores foi criar personagens com as quais o público se identificasse e também mostrar a dignidade e a beleza de animais verdadeiros.  Ao visitar a exposição, os visitantes vão acompanhar o desenvolvimento da personalidade de Spirit, de esboços iniciais a pinturas a óleo e maquetes de personagens.

*Foto de capa: “Como Treinar o Seu Dragão”, do artista Pierre Olivier Vincent (Agência Galo / Divulgação)

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
O que sabemos sobre Wicked Boa noite Punpun Ao Seu Lado Minha Culpa Lift: Roubo nas Alturas Patos Onde Assistir o filme Lamborghini Morgan Freeman