REVIEW | ‘Victor Vran Overkill Edition’ é simplesmente esplendoroso
Stenlånd Leandro
Há muita gente nesse país que nem sequer olha para RPG’s. Claro que tudo é uma questão de gosto, mas esse formato de RPG que lembra Diablo, Champions of Norrah, Baldur’s Gate, Sacred, dentre outros jogos precursores do gênero me agrada e muito. Victor Vran está longe de ser um real lançamento. Originalmente o game foi lançado em 2015 exclusivamente para PC, entretanto, por ter obtido um relevante sucesso na plataforma, o game chegou ao Xbox One e PlayStation 4. Lançado recentemente pela Sony Music Games no Brasil, tivemos a sorte de receber este jogo para desenvolvermos a análise.
Antes de recebermos Victor Vran, havíamos jogado The Incredible Adventures of Van Helsing, que ficou disponível gratuitamente por um tempo na Xbox Live. Com isso, vimos uma semelhança estrondosa com o herói que já até ganhou um filme. A similaridade é tamanha, que fica difícil perceber quem é quem caso colocássemos as telas lado a lado. Depois, se puderem abram o youtube, comparem e só assim saberão do que estou dizendo.
Fica evidente que, assumir o comando do assim então, Victor Vran, de cara imagina-se que teremos percalços para finaliza-lo e isso acontece bastante. Apesar de parecer simples, ao visualizarem nosso gameplay, vão perceber que aqui não é a dificuldade que encaminha o jogo, que por sinal é até razoavelmente fácil, mas não se engane. A jogabilidade é muito desafiadora com até alguns puzzles nos demais estágios de sua progressão, e apesar de no inicio a história simplesmente não motivar o avanço do jogador, temos como total foco o uso de armas e dos tesouros que vão melhorando seu personagem.
CONFIRA NOSSO GAMEPLAY ABAIXO:
Na narrativa, Vran foi dublado por Doug Cockle, conhecido no mundo dos games por dublar Geralt da franquia The Witcher. O tom de voz e o ritmo que o ator usa para Victor Vran é muito semelhante ao de Geralt, e isso é um ponto muito positivo, afinal estamos falando de um jogo indie no qual o orçamento para desenvolve-lo era bem apertado, sendo assim o que a desenvolvedora puder usar para alavancar números a seu favor chega a ser algo considerável.
O enredo convence bastante a perdermos horas e mais horas de exploração. Foram cerca de 20 horas para finalizar o jogo e claro que todos sabem o quanto neste gênero, a exploração é fundamental para que a progressão seja mais satisfatória e rápida. Estamos em Zagoravia, onde nosso protagonista atende o chamado de um amigo para ajudar a defender a cidade dos monstros que assolam o local. Não posso estender-me para com a trama para não dar spoiler, visto que toda a estória envolvendo o personagem é o que de mais forte o jogo possui.

Já a jogabilidade permite que seu personagem tenha como opção sete tipos de armas (espada, martelo, florete, foice, espingarda, morteiro e arma elétrica), cada uma com suas skills, alternando entre elas com frequência, principalmente por estas mesmas habilidades causarem um dano considerável em detrimento de um tempo de recarga relativamente alto. As espadas por exemplo, vão permitir sempre um combate mais corpo a corpo, mas isso não quer dizer que o dano será maior, visto que o martelo é o que possui maior dano até onde pudemos notar, mas o tempo de recarga dá nos nervos visto que estamos trocando velocidade por força bruta, e isso é bem notável em NIOH, onde explico exatamente como isso acontece. Olhando por esse lado, a estratégia de combate se faz muito necessária. Pensar no que vai equipar para não ficar cansado e sem skills é uma boa pedida, do contrario irá perecer.

Vran também possui itens totalmente secundários, sendo o destaque para a Aura de Diamante que o deixa duro como uma rocha, mas ao mesmo tempo dispõe de poderes como soltar meteoros flamejantes, que inclusive podem ver em nosso gameplay acima, onde o mesmo pode dizimar diversos monstros em uma só área. Esses poderes ofensivos são muito bons, mas tem um cooldown nada generoso. Além disso, Victor possui os chamados poderes demoníacos, que ajudam tanto a absorver dano quanto matar ainda mais inimigos. As poções também estão lá, ao lado de bombas com efeitos ofensivos ou defensivos.
O MELHOR DO JOGO!
Victor Vran Overkill Edition tem algo que a maioria dos jogos isométricos possui: Poder jogar sozinho ou chamar um coleguinha para brincar com você em sua casa. Também tem o coop online, onde um outro indivíduo longe pra caramba, tipo meu amigo Rafael que está em Rondônia, possa jogar comigo e é ai que entra a diversão, pois o jogo permite até quatro jogadores, sendo assim, haja monstro para balangar de tiro. Outro destaque vai para os desafios diários e semanais, que acabam complementando a experiência online para que qualquer um possa cutir Victor Vran: Overkill de diversas formas e por inúmeras vezes.

O que mais me irrita em qualquer tipo de RPG, são as famosas Dungeons (ou calabouço se preferir). Assim como em Final Fantasy XV, em Victor Vran, ficar perdido no mapa não é uma tarefa tão difícil. Mesmo com o auxílio de um mapa, muitas vezes fica-se perdido tentando achar o boss, ou ao exterminá-lo, a saída. Aqui os cenários amplos dificultam um bocado a progressão e isso é de propósito para evitar que sua progressão não caia num marasmo horripilante.
Mas o que diferencia a versão comum do jogo da Overkill? Bem, além das opções básicas disponíveis na versão comum, a versão Victor Vran: Overkill traz os modos Fractured Worlds, que introduz um novo capítulo da história original permitindo viajar para uma dimensão alternativa, feito para quem já está familiarizado com o gênero. Aqui o jogador encontrará diversas masmorras aleatórias, que mudam todos os dias e também terão como evoluir o protagonista até o level 60. Já o Motörhead: Through the Ages, é um modo de jogo insano que traz ninguém menos do que a banda Motörhead ao jogo. Como o nome sugere, Motorhead é inspirado pela banda de heavy metal, com itens e cartas baseados nos seus álbuns, músicas licenciadas, e participações especiais. Se você ama o mundo do metal, este jogo é para você.

O VEREDITO
Um jogo de RPG isométrico que se preze, precisa sim, ter influências provindas de Diablo. Com competência, Victor Vran Overkill Edition não só resgata a nostalgia do gênero que pouco tem tido jogos lançados, mas como também se lança com esplendor, com mecânicas bem distintas, um gráfico polido e narrativa não-cansativa. É aquele game que merece sua atenção do início ao fim.

Victor Vran foi analisado pela equipe do Blah Cultural no console Xbox One. O game foi gentilmente cedido pela Sony Music Games.
Stenlånd Leandro
Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!















































