Rock in Rio 2015 | Saiba como foi o primeiro dia do festival

Blah Cultural

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18 de setembro de 2015

Dois anos depois da edição anterior, o Rock in Rio 2015 abriu seus trabalhos pontualmente às 14h sob contagem regressiva realizada pelo idealizador do festival – Roberto Medina – e fogos de artifício, como estava previsto no “script”.

+MAIS
::: Saiba tudo o que rola no festival

Confira quem passou e como foi o primeiro dia com Dônica, Ira!Lenine, Show Rock in Rio 30 anosHomenagem à Cássia Eller, The Script, OneRepublic e Queen.

::: DÔNICA E ARTHUR VEROCAIdônicas

O primeiro a subir no Palco Sunset foi o Dônica às 15h18. Com uma introdução instrumental bem na linha progressiva dos anos 70 e com um leve toque de Clube da Esquina, o show prosseguiu com essa pegada com a música “Casa 180”, logo seguida por “Pintor”. Lançando o primeiro CD “Continuidade dos Parques”, José Ibarra: Teclado e Voz, Lucas Nunes: Guitarra, André Almeida: Bateria, Miguel Guimarães: Baixo, Tom Veloso: Composições e filho mais novo de Caetano Veloso (todos na faixa dos 17 aos 19 anos), mostram que são muito afinados e extremamente precisos em seus instrumentos. O show continuou com faixas do primeiro álbum como “Carrossel”, “Retorno para Cotegipe” e “Praga”. A banda investe mais uma vez no som instrumental, mas dessa vez com todos os integrantes assumindo outros instrumentos e, logo em seguida, Arthur Verocai assume uma das guitarras e todos tocam ” Na Boca do Sol”, música do próprio Arthur. A banda, mais à vontade no palco e agora com o aditivo de uma orquestra de metais, toca mais uma música autoral (“Macaco no Caiaque”). Passando mais uma vez por uma música de Arthur, “Dedicado à Ela”, a banda agradece a todos – inclusive as famílias, terminando a estreia do Rock in Rio com “Bicho Burro” ao som dos pedidos da plateia para um bis e mostrando que possuem muito talento – apesar da pouca idade.

::: IRA!, RAPPIN HOOD, TONY TORNADO

Depois de uma pausa de meia hora, sobe ao palco uma das principais bandas de rock nacional: Ira! Ao som de “Dias de Luta” – música do clássico álbum “Vivendo e Não Aprendendo” de 1986, a dupla – que se mantém unida apesar das idas e vindas – Nazi: vocal e Edgar Scandurra: guitarra mostram que o bom e velho rock não morreu (mesmo estando um pouco desafinado)! Aos berros de Ira! pela plateia, Nazi informa que o dia está lindo e essa será uma grande noite de abertura e dão prosseguimento ao show com “Flerte Fatal”, seguida pela empolgante “Envelheço na Cidade” onde a plateia – bem mais cheia nesse momento – se anima e começa a pular ao som dos primeiros acordes. Com “Ninguém Precisa de Guerra” sobe ao palco Rappin’ Hood, que assume a próxima música sozinho – “Us Guerreiro”. Logo após uma introdução instrumental, Nazi chama ao palco Tony Tornado cantando a música de seu repertório “Podes Crer, Amizade”, que teve todos ao palco como backing vocal! Logo após, seguiram nessa mesma linha com “A Festa de Santo Reis”, do inesquecível Tim Maia. Rappin’ Hood reassume os vocais com “Rap du Bom”, transformando o palco Sunset em um grande baile charme. Tony volta aos vocais com o seu clássico “BR-3”, onde ele apresenta o seu filho, que assume os vocais e dá uma linhagem mais atual a música – mostrando também todo o seu dom na dança e encerrando o show em grande estilo, mostrando que rock e rap podem conviver em grande harmonia.

::: LENINE12042808_1130232507005636_1298519667720199244_n

Às 17h59, Lenine, cantor, compositor, arranjador, letrista, ator, escritor, produtor musical, engenheiro químico e ecologista… ufa! começou a cantar no palco Sunset. Ele irá interagir com 49 convidados. Com toques de viola, afro jazz, valsa moderna e “frevo n’ roll”, o cantor  mescla o novo projeto autoral “Carbono” com os sucessos como o hit “Paciência”, tocada em um novo arranjo com metais. Nação Zumbi sobe ao palco, às  18h15. Jorge Du Peixe canta junto com Lenine a canção “Cicatriz + Cupim de ferro”, trazendo o maracatu pra dentro dessa mistura. O público empolga com a parceria. Segue o show e agora é hora da música do álbum novo “A causa e o pó”. Em seguida ele emplaca mais uma do novo trabalho, “Quede água?”, com a letra falando de um tema bem atual com a participação do grande percursionista Marcos Suzano no pandeiro. Boa receptividade da galera que ouve atentamente a letra. “Simples assim” continua apresentando o trabalho novo desse pernambucano que tem o público na mão. Em”Quem leva a vida sou eu”, Lenine empolga e coloca a galera para dançar que segue na animação com “Grafite diamante”. Agora é hora da dobradinha “O universo na cabeça do alfinete / Do it”, a primeira do álbum novo e a segundo do CD “Cité”, um de seus hits, cantado pelo público presente. Fechando o show, que contou com o grande músico Carlos Malta, a música “Undo”, onde Lenine aproveitou para agradecer a presença todos os convidados. Muito aplaudido, sai do palco tendo feito uma bela apresentação.

::: ROCK IN RIO 30 ANOS

Para comemorar os 30 anos de festival, Frejat sobe no Palco Mundo pra cantar junto com Ney Matogrosso “Pro Dia Nascer Feliz!”, pontualmente às 19h. Skank fez dueto com Erasmo Carlos em “É proibido fumar”. Ivan Lins também tocou. Em seguida, às 19:32, Evandro Mesquita e sua Blitz relembraram o hit oitentista como “Você não soube me amar” e “Dois Passos do Paraíso”. Nessa festa, os Paralamas também vieram alegrando a galera com “Óculos” e junto com Ivete Sangalo cataram “Uma Brasileira” e ela seguiu sozinha com “Tempo de Alegria”.  Jota Quest mandou “Do seu lado”, tirando do chão o público presente. O próximo a ocupar o palco foi Capital Inicial com “À sua maneira”, cantada do início ao fim pela multidão. Capital + Sepultura? Teve! Mandaram juntos “Ratamahatta”. E como não poderia faltar, os Titãs também compareceram, enlouquecendo todo mundo com os hits “Polícia” e “Bichos Escrotos”. Ao final todos se juntaram para cantar o hino do festival.

::: HOMENAGEM À CASSIA  ELLERnando-reis

Uma edição de festival especial mesmo. A homenagem mais do que merecida à Cássia Eller começa com Zélia Duncan e Mart’nália. É o ponta pé inicial pra emocionante apresentação da música “Partido alto” com Emanuelle Araújo, Arnaldo Antunes e Filipe Catto. O público veio junto com Nando Reis em “Segundo sol”, logo após “Relcário. Nando esteve visivelmente emocionado e sua voz falhou em alguns momentos. Hora da galera ajudar a cantar e empolgar no refrão. Arnaldo Antunes ficou com “Socorro”. Mart’nália retorna ao palco com seu gingado de malandro com “Gatas extraordinárias”. O rapper Xis com Márcio Mello levaram “Da esquina” e a agitaram o povo. Em seguida, Tacy Campos, que interpreta a homenageada no “Cássia Eller, o Musical”,  entrou no palco e impressionou pela similaridade do timbre de voz, cantando “Por enquanto” e quase no final retornou e encarando o desafio de mandar “Smells like teen spirit”, e se saiu muito bem. Lan Lan, percursionista que acompanhou Cássia Eller na banda, apresentou os integrantes que tocavam na época e fez um dueto com Emanuelle na canção “Vai morar com o diabo”. Ninguém ficou parado durante a apresentação do Nação Zumbi cantando “Quando a maré encher”. Filipe Catto volta em parceria com Julia Vargas pra fazer parte dessa homenagem. Juntos levam “Coroné Antônio Bento”, colocando todo mundo pra dançar. No telão ao  fundo, uma foto de Cássia com seu filho Chicão. Nesse cenário, Nando Reis fechou a homenagem com todos os artistas de volta ao palco, cantando junto com o público emocionado “All star”, só no violão. E o que se ouviu foi o pedido sonoro de bis. Foi bonito!

::: THE SCRIPT FAZ SHOW LEVE E ANIMADO

Os irlandeses do The Scrit se mostraram nervosos, mas prontos pro show do Rock in Rio.  A apresentação começou animada e o vocalista Danny O´Donoghue mostrou que veio fazer um show leve e animado. Logo de cara, o cantor foi para a galera, durante a música “Paint The Town Green”. “Vamos fazer barulho”, pediu Danny, com um português meio capenga, em sua primeira visita com a banda ao Brasil. A performance encerra a turnê da banda, que começou em maio do ano passado.

O público mostrou que a banda era esperada por aqui há um longo tempo e O´Donoghue retribui o carinho e afirmou que recebeu muito amor desde que chegou ao país. A canção “Breakeven”, uma das mais conhecidas da banda,  animou os presentes, que cantaram junto e mostraram que a banda tem uma boa base de fãs por aqui –  apesar de ter as músicas acompanhadas pelos presentes, a banda tem muito o que provar e ainda tem muitos fãs para conquistar no Brasil.

Com uma câmera na mão, registrando o momento, o vocalista foi para o meio da platéia cantar “You Wont Feel a Thing” e, com muita simpatia e carisma , ele até “roubou”  a filmadora de um dos câmera -men e registrou tudo ao vivo, com muita animação. A primeira camisa do Brasil já apareceu, quando a banda tirou uma foto vestindo as amarelinhas com o público ao fundo. Eles ainda emendaram os sucessos “The Man Who Can´t Be Moved” e “Superheroes”.

Com um clima mais intimista, só com a voz e o piano, a canção “For The First Time” levantou o público, que cantou até acapella e vibrou com a música. O vocalista agradeceu pelo momento, mas uma falha técnica, aparentemente com o som, criou segundos de silencio na Cidade do Rock. Já experientes, os membros da banda souberam contornar a situação e continuaram como se nada tivesse acontecido. O vocalista aproveitou para dizer que estavam no Rock in Rio e que se pode estar no céu ou no inferno – aliás, o momento pareceu propício, pois a música que veio em seguida foi “The Energy Never Dies”.

Danny O´Donoghue pediu para todos levantarem o celular e fazer uma constelação.  A plateia atendeu prontamente e o Rock in Rio se acendeu –  ficou claro que a verdadeira estrela do festival é o público. Para terminar, o vocalista correu, novamente, para o meio da galera, dessa vez com a bandeira do Brasil. Se no início tinha uma certa resistência –  em grande parte por muitos desconhecerem a banda,  a The Script quebrou o gelo e conquistou os presentes. Conquistaram a cidade do Rock e sairam ovacionados. A banda prometeu voltar. “ Esse foi nosso primeiro show, mas, com certeza, não será o último, Deus abençoe vocês”.

republic::: ONE REPUBLIC TOCA HITS E ENCANTA PUBLICO

Pela primeira vez no Brasil, o One Republic era uma das atrações mais aguardadas da noite – muitos vieram só para vê-los. A banda começou de forma clara e mansa, mas ao longo da apresentação foi mostrando as suas cores  e uma energia que contagiou a Cidade do Rock.  Eles provaram que, além de ter muita qualidade sonora, uma variedade de hits fazem toda a diferença em uma apresentação – Ryan Tedder mostrou que além de hitmaker é um instrumentista talentoso e tem uma excelente presença de palco.

Quando começaram os primeiros acordes do hit “Secrets”, ouviam-se gritos em todo o local. A platéia foi à loucura e cantou junto cada segundo. No fim da canção, Ryan Tedder brincou que estava regendo a plateia, que cantou a canção acapella, fazendo daquele um momento memorável . Em “All The Right Moves”, o One Republic mostrou porque arrebata tantos fãs por onde passa – o vocalista parecia se sentir em casa e mostrou um grande domínio de palco, além de  grande carisma.

Com o violão em punho, Ryan Tedder trouxe um dos seus maiores sucessos “Stop and Stare”, fazendo o público cantar a plenos pulmões. O músico provou que um hit faz toda a diferença e que não é a toa que ele é um dos compositores mais respeitados e procurados da atualidade. Ele já fez canções para grandes estrelas como Beyonce, pra quem compôs “Halo”, que foi um grande sucesso. Em “Something I Need”, Tedder pegou uma câmera e filmou a plateia, talvez querendo levar um pedacinho da apresentação pra casa – ele já havia afirmado que o Rio era um lugar incrível e que era tudo que ele esperava e o que falavam, o que o fez ter inspiração até para compor uma canção.

Com um solo de piano,  e criando um clima com todos que estavam presentes, veio a música mais esperada, e talvez a mais conhecida, da banda, “Apologize”. Com celulares nas mãos e cantando em uníssono junto com o músico, o clima estava estabelecido. Foi um daqueles momentos memoráveis e que vão ser lembrados no Rock in Rio. Para fechar com chave de ouro, a banda ainda fez um cover de “Stay With Me”, do Sam Smith.

“Se tudo acabar amanhã serei um homem feliz”, disse o vocalista sobre abrir para a Queen, a banda principal da noite – o guitarrista até mostrou uma tatuagem em homenagem a banda. Para comemorar a boa fase, e o encerramento do ciclo do último CD, eles cantaram “Good Life” e ainda colocaram a bandeira do Brasil no fundo do telão. Em Seguida veio “Counting Stars”, onde Tedder, animado, andou pelo meio do público, que respondeu indo à loucura.

Se não bastasse um set list cheio de hits, One Republic ainda fez um cover de “Seven Nation Army”, da banda The White Stripes. Todos gritaram o tradicional “ Oh oh oh”, se divertindo com a escolha da música, que logo foi emendada por “Love Runs Out”. Eles prometeram voltar. “Nos vemos na próxima vez que voltarmos. Vocês são as pessoas mais bonitas do mundo”, falou o músico . O show foi encerrado com “If I Lose Myself”. Eles saíram ovacionados pelo público. Foi épico e inesquecível. Ficou um gosto de quero mais.

::: ADAM LAMBERT CONQUISTA O PÚBLICO E QUEEN FAZ SHOW HISTÓRICO

queen

O cenário já dizia tudo: eles são a realeza! A banda Queen voltou 30 anos, depois de um dos shows mais memoráveis que já aconteceram no Rock in Rio e prova que continua arrebentando. O vocalista Adam Lambert provou de uma vez por todas que tem talento de sobra para vir a frente do grupo. No primeiro hit, “One Vision”, já pudemos ver um grande entrosamento dele com os antigos membros. Porém, quem brilhou mesmo foi Brian May, que encantou e mostrou que ainda está no topo da lista de melhores guitarristas.

Na segunda canção, “Stone Cold Crazy”, Brian May deu um show à parte e demonstrou vitalidade e o motivo de ele ser considerado uma lenda viva e um dos maiores guitarristas de todos os tempos. Em “One Bites To Dust” se alguém ainda tinha dúvida, ou torcia o nariz, se convenceu que Adam Lambert além de ter um excelente vocal, e alcançar notas incríveis, também tem uma presença de palco invejável –  o cantor mostrava uma desenvoltura como poucos. Com jaqueta, óculos escuros, salto alto brilhoso e muita produção, Lambert até chamou atenção, mas Brian May deu um show à parte com seus acordes, e o público, por sua vez, o ovacionou, gritou seu nome em uníssono e confirmou que ele, atualmente, é a verdadeira estrela da banda.

Ganhador de um reality show musical dos Estados Unidos, Adam Lambert, se mostrou grato pela chance que recebeu de substituir um dos maiores astros da música. “Sou um cara sortudo de tocar as músicas do Queen. Tenho que agradecer ao Bryan e ao Roger por me deixarem tocar aqui.”, disse o norte americano para, em seguida, cantar o sucesso “Don´t Stop Me Now”, que logo foi comemorado pela plateia, que fez questão de cantar junto, com grande empolgação.  Depois disso veio uma avalanche de hits e ninguém parava de cantar em nenhum momento. “ I Want to Break Free” e “ Somebody To Love” abrilhantaram a noite e arrebataram os corações e Lambert, como um bom performer, convocou todos para cantar e ouviu o seu nome ser saudado por todos. Ele finalmente foi aprovado, sem sombra de dúvidas.

Lambert saiu de cena e Bryan May apareceu com seu violão e deu início ao ponto máximo da noite – as notas soaram e uma atmosfera mágica apareceu no local. “Vamos cantar para o Freddie”, pediu May, mas não precisava, pois muitos dos presentes estavam esperando esse momento há 30 anos, e o mais novos queriam participar dessa história que foi contada pelos pais com tanta paixão. “Love Of My Life” foi cantada a plenos pulmões por todos, palavra por palavra. No final, apareceu a imagem de Freddie Mercury no telão cantando e convidando o público para cantar com ele, como era rotina de suas apresentações, e a Cidade do Rock ficou pequena para tanta gente cantando. O público ovacionou o artista já falecido e não parava de gritar o nome da banda. Depois de May, o baterista Rogers trocou a bateria pelo microfone e cantou “It´s Kind Of Magic”.  Na sequência, com outra roupa e mais discreto, Adam Lambert voltou ao palco para tocar “ Under Pressure”, canção feita em parceria com David Bowie.

Freddie Mercury também apareceu no telão em “Bohemian Rhapsody” –  nada mais justo, tendo em vista que é considerada um dos maiores clássicos da música e escutá-la sem ouvir a voz de Mercury parece uma missão impossível. Os fãs enlouqueceram com o hit e fizeram um grande coro que ecoou por todo canto.  Foi feita uma pausa, mas logo a banda voltou ao palco, para a alegria de todos – Bryan May com uma camisa com a inscrição “Rio de Janeiro” e com as  cores verde e amarela. Adam Lambert veio vestido de rainha dessa vez e tinha até uma coroa na cabeça. Os maiores hits foram deixados para o final e se engana quem pensou  que o público parecia cansado, pois eles cantaram com todo gás  “ We Will Rock You”, onde acompanharam com as mãos para o alto e as famosas palmas em sincronia com a bateria, e “ We Are The Champions”, entoada com energia de sobra. O show chegou ao fim com May e Rogers, membros originais do Queen, abraçados e sendo ovacionados. Lambert também foi celebrado e aprovado.  A banda tem uma discografia ampla e forte, recheada de grandes hits de qualidade e isso se mostrou presente em toda a apresentação. Ficou claro: quem é “Rainha” nunca perde a sua majestade.

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