Rock in Rio 2015 | Veja o que rolou no terceiro dia do festival

Blah Cultural

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20 de setembro de 2015

rir2015No terceiro dia do Rock in Rio 2015, a atração principal que subirá no  Palco Mundo será Rod Stewart, que já esteve no festival na edição de 1985. Aos 70 anos, o cantor de pop rock não deve decepcionar os fãs. Antes, apresenta-se o peso pesado da música pop, Sir. Elton John, que esteve no festival há 4 anos. Seal, entra às 21h e vai aquecer o público para os dois últimos show da noite. O cantor não faz turnês desde 2012 e deve fazer um show recheado de hits antigos. Para iniciar a noite, foi escalada a banda Paralamas do Sucesso que também esteve no festival em 1985

Palco Sunset, tem como headline Jonh Legend, que recebeu o Oscar de melhor canção pela música “Glory”, tema sonora do filme “Selma”. Antes, rola a banda canadense Magic! que sobe ao palco às 18h. Representando o Brasil, Baby do Brasil e Pepeu Gomes vão trazer muitos sucessos. Antes, abrindo os trabalhos, Alice Caymmi com Eumir Deodato.

+MAIS: SAIBA TUDO SOBRE O FESTIVAL!

::: PALCO SUNSET :::

::: ALICE CAYMMI

Com um sobrenome de peso, a cantora e compositora de 25 anos, mostrou um repertório nacional que foi de “Iansã”, uma repaginação da parceria de Caetano Veloso e Gilberto Gil, e “Homem”, só de Caetano, ao funk “Princesa”, de MC Marcinho. De canções em inglês, a escolha foram “Lay all your love on me”, do Abba, “Summertime”, de Janis Joplin, finalizando com “Black dog”, clássica do Led Zeppelin. O público, pequeno, foi bem receptivo e demonstrou empolgação ao longo do show, bem executado por ela e pelos músicos que a acompanhavam, como o guitarrista e produtor Lucas Vasconcellos e o maestro Flávio Mendes. Ao final, o pianista Eumir Deodato e juntou a ela para as quatro músicas no finais. << voltar ao início

::: BABY DO BRASIL E PEPEU GOMES

Um show permeado de emoção em família. Pepeu Gomes chorou no palco após abraçar o filho, Pedro Baby, que também demonstrava estar muito emocionado. Muitos hits das carreiras de Baby (a mãe), de Pepeu e dos Novos Baianos foram tocados. Pepeu Gomes e Baby Brasil, que trouxeram uma inovação à música brasileira ao serem os primeiros a utilizarem o som de uma guitarra elétrica na construção da música brasileira, por intermédio do filho, decidiram tocar novamente juntos depois de 27 anos.

Baby Brasil abriu seu show com a canção ”Seus olhos”, talvez com uma animação e empatia que apenas ela possa alcançar. É clara a identificação do público, que a recebem as palmas e berros enérgicos, e toda esta energia ainda não se esvai, pois diante da música seguinte, ”Telurica”, os fãs a acompanham. Mas toda a adoração não havia ainda chegado ao ápice, era a hora do mais esperado, o dito cujo reencontro: Pepeu Gomes sobe ao palco, e os choros emotivos começam, sem contar com o da própria Baby Brasil, nitidamente afetada emocionalmente, com olhos levemente lacrimejados.

A dupla, que marcou história na apresentação de 85 do festival, ressurge com a faixa ”Tinindo e Cantando”, mas o nível de participação do público realmente chega ao máximo quando, na ordem, Pepeu começa ”Eu também quero beijar”, pedindo à multidão algo como ”cantem para mim”, e o pedido é recebido com euforia e todos acompanham. Em resposta ao carinho exposto do público, emenda ”Mil e uma noites”. Baby Brasil retorna ao vocal para cantar mais quatro músicas, sendo elas: ”Menino do Rio”, ”Todo dia era dia do índio”, ”A menina dança” e ”Masculino e Feminino”, todas elas com uma vontade e felicidade típica do grupo baiana, que parece que não se cansam de surpreender seus fãs. ”A melhor apresentação que já vi”, clamavam alguns. Superando possivelmente o épico de 85. << voltar ao início

::: MAGIC!

A banda de jovens canadenses, que já tocou esse ano também no Rock in Rio, na edição Las Vegas,  tomou posse do palco do festival sem medo, mesmo com apenas um cd lançado. Diante da despretensão do nome da banda, que surgiu após criarem o single ”Rude”, um de seus mais famosos sons, o vocalista Nasri comentou que os integrantes Mark Pellizzer (guitarra e vocal de apoio), Ben Spivak (baixo e vocal de apoio) e Alex Tanas (bateirista, vocal de apoio) só poderiam ser mágicos para criarem tal ‘coisa’.

Começando com ”Don’t Kill the Magic”, música que dá nome ao cd, eles fizeram a multidão pular diante dos acordes, que foram muito bem recebidos – a banda, apesar de muito nova, era uma das atrações mais aguardadas da noite, principalmente pela ala jovem. Somado a isso, vem a ”Mama Didn’t Raise No Fool”, com bajulações constantes de Alex Tanas ao povo brasileiro diante do seu português em treinamento, soltando pequenas palavras para agitar ainda mais seus fãs, que a cada canção gritavam em reciprocidade. A terceira faixa fica responsabilidade de ”Paradise”, sendo possível escutar em uníssono a plateia cantando o refrão. Magic! também apresentou o cover de ”Girls”, da banda ”The 1975”. ”Stupid Me” chega à coleção na apresentação dos canadenses: ”Oh, oh, oh, oh…” seus fãs começavam, participando até o fim. ”Let you hair down” e ”Little Girl” seguem com a mesma intensidade de todas as suas músicas. “Message in a bottle”, do The Police, foi outra cover tocada.

Mas a galera ali presente enlouquece mesmo quando o som de uma das maiores referências da banda começa a ser tocada: ”This is Love?”, de Bob Marley.Um segundo foi o suficiente para o barulho da emoção quase acobertar o da própria música sendo tocada. ”No Evil / Message” seguiu anteriormente à nova música da banda Magic! nunca antes tocada em outro lugar, um grande presente aos admiradores brasileiros. Terminando com claro, ”Rude”, com uma coro imenso de cada um presente ali. << voltar ao início

::: JOHN LEGEND

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Legend fechou o dia de shows no palco Sunset iniciando com a canção ”Made to Love”. Com seu terno branco mostrando seu estilo clássico, sua voz proporciona devaneios musicais, e isso manteve-se até o fim, um sentimento de calmaria, quietude, algo que suas músicas incitam pelas letras e o modo do qual são cantadas.

”Tonight” e ”Used 2 love U” logo em seguida, junto a ”Spottie Ottie”, ”I Can Change”, ”Save Room” e ”PDA”. Com todas estas e mais ”Save the Night”, ”Ordinary People”, ”Green Light”, ”Move on Up”, ”Who do you think we are”, ”Lay Me Down” (originalmente de Sam Smith), ”You And I”, Jonh Legend mostra o porquê de ter ganho nove Gremmys.

Terminando com ”All of Me” e a fantástica ”Glory”, música ganhadora do Oscar 2015 de melhor canção original, Jonh Legend se sustenta apenas com suas músicas, mantendo seu nível sejam elas feitas de participações especiais ou não. Um show de certa forma contido por fora, vazando emoção por dentro. << voltar ao início

 

::: PALCO MUNDO :::

::: PARALAMAS DO SUCESSO
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Paralamas do Sucesso abrem o show com ”Vital e sua Moto”, relembrando o sucesso obtido pela faixa em 1985, no mesmo evento. Já com cover na segunda faixa, apresentam ”Inútil”, música da banda Ultraje À Rigor.  Trazendo um pouco de reflexão à nós, cantam ”O Calibre”. É de se notar que o público em sua apresentação, e não somente nesta música, tem uma postura diferente, digerem as letras e som de modo diferente, mas não de um jeito menos especial, uma aura controlada, de admiração quieta e sensível.

A lista de apresentação do trio é extensa, se juntam a seu show as músicas (na ordem): ”Cinema Mudo”, ”Ska”, ”Cuide bem do seu amor”, ”Aonde quer que eu vá”, ”Lanterna dos Afogados”, ”Meu erro”, e ”Óculos” englobam nem metade de todas esperadas. Após todas citadas, mais dois ”covers” chegam aos nosso ouvidos: ”Você” de Tim Maia e ”A novidade”, de Gilberto Gil. Outras sete são tocadas, mantendo a atenção do público fiel: ”Melô do Marinheiro”, ”O Beco”, ”Caleidoscópio”, ”Uma Brasileira” , ”Lourinha Bombril”, ”Alagados”, finalizando com a clássica de Renato Russo ”Que país é esse?”.  Um show com tudo que os fãs da banda brasileira provavelmente queriam. Se sentindo em casa, literalmente, ofereceram dezenove títulos musicais, originais e outros não, para degustação sonora de seus fãs. << voltar ao início

::: SEAL

seal

Na sexta apresentação do dia, Seal Henry Olusegun Olumide Adeola Samuel (ufa…), já entra mudando pequenos paradigmas do show, abriu com a música ”Crazy”, cantada pelos fãs, cumprimentando-os e acenando, distribuindo simpatia ao público. Trazendo ”Killer” logo em seguida, mostra uma entrega total ao evento, cantando com paixão e fervor, e não para por aí.

Seal oferece nada mais nada menos que cinco músicas inédidas aos seus fãs presentes no Rock in Rio, que estarão futuramente no albúm de nome ”Seal 7”, sendo as três primeiras (pela ordem cantada): ”Daylights Savings” , abertura do novo disco, ”Padded Cell”, ”Do You Ever Forget My Name”, todas elas recebidas com boas impressões de seus fãs. Logo após as surpresas, canta ”My Vision” e ”Everytime in With You”. ”Monascow” é mais uma das inétidas.

”Future Love Paradise” , ”Red Zone Killer”, entram seguidas, tendo a clássico ”Kis From a Rose” “Kiss from a Rose”, que integrou a trilha sonora do filme “Batman Eternamente” (1995), fechando sua cota de músicas já lançadas. Deixando mais uma surpresa para o final, a quinta e última inédita, ”Life on the Dancefloor”, encerrando sua ótima apresentação com cara total de anos 90 . << voltar ao início

::: ELTON JOHN

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Sir Elton Jonh se apresentou em quase duas horas de show, mostrando que não veio por pouco,  em um look azul nada básico cravejado de cristais e a palavra ”fantastic” estampada nas costas. Sua última presença, no Brasil, foi em 2011.

Junto com sua banda e sentado ao piano, dá inicio ao show com a música: ”The Bitch is Back”, nos querendo passar alguma mensagem, julgando pelo seu título. Sempre clássico, Elton Jonh não muito muda seu jeito de tocar, apresentando suas baladas, talvez para alguns porque realmente não precise. A platéia escutou seus hits sem muito fervor, uma contemplação calma, tirando alguns aplausos de variados solos de piano que o compositor tocava.  Ele foi generoso, talvez para compensar o atraso em 2011 onde teve que cortar o bis. O show que estava programado para durar uma hora e quinze minutos, durou cerca de vinte minutos a mais que o esperado.

Dentre todos os dezessete títulos apresentados, além do primeiro já dito, estão, em ordem os seguintes: ”Bennie and the Jets”, ”Candle in the Wind”, ”Levon”, ”Tiny Dancer”, ”Philadelphia Freedom”, ”Goodbye Yellow Brick Road”, ”Piano Solo”, ”Rocket Man”, ”I Guess That’s Why They Call It The Blues”, ”Skyline Pigeon”, ”Sad Songs”, ”Sorry Seemns to Be The Hardest Word”, ”Don’t Let the Sun Go Down on Me”, ”I’m Still Standing”, ”You Sister Can’t Twist (But She Can Rock and Roll)”, ”Saturday Nights Alright for Fighting”. Fechou com o seu primeiro sucesso  “Your song”.  O cantor foi absoluto à frente da banda, com sua competência habitual.

::: ROD STEWART

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O último a se apresentar, e talvez mais esperado, foi Rod Stewart. Ele mostrou que um grande artista não precisa sempre de novas músicas para novos shows. Com seus já setenta anos, sustenta aquilo que seus fãs esperam dele, mesmo que usando faixas de sua fase dos anos 80, por exemplo, ironizando situações como o caso da ”Do Ya Think Im Sexy?”.

O britânico, que trocou por três vezes de figurino (beyoncé feelings),  encheu o palco de talentosas e belas garotas, tocando percussão, nos metais, na harpa, nos vocais de apoio e dançando.  O evento virou um bailão a céu aberto. Sua idade não o impediram de dançar e coreografar suas marcas de carreiras, como o giro do pedestal do microfone. O show ainda teve um  momento disco com as backing vocals fazendo uma versão  de ‘I’m every woman’, supersucesso de Whitney Houston. Carismático e brincalhão, Stewart chutou bolas autografadas para a plateia. Uma delas acertou uma câmera e mandou um “Cuba libre”.

Diante de quinze mil pessoas que gritavam em euforia e prazer sonoro, Stuart começou o show com ”Infatuation” e prosseguiu com músicas própias (apenas) de diferentes épocas de sua carreira, sendo elas: ”Having a Party”, ”It’s a Heartache”, ”This Old Heart”, ”Tonight’s the Night”, ”Have you ever seen the rain” (cantada em coro pelo público), ”Rythym of My Heart”, ”Forever Young”, ”First Cut”, ”Talk About It”, ”Baby Jane”, ”You’re In My Heart”, ”Maggie”, ”Stay With Me”, ”Sexy” e se despediu sem bis com ”Sailing.

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