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Sláine – O Deus Guerreiro chega na Mythos Editora!
Juliana Góes
Sláine é uma das maiores criações do quadrinista inglês Pat Mills (Réquiem, Guerreiros ABC). Um guerreiro celta que possui aventuras que mergulham fundo na rica e pouca explorada mitologia irlandesa. A Magnum Opus do personagem é a saga O Deus Guerreiro, que está sendo lançada no Brasil em um encadernado capa dura pela Mythos Editora!
A história de Sláine começa quando ele é expulso de sua tribo aos dezesseis anos, por fazer amor com a prometida do rei, a bela Niahm. Em suas andanças pelas terras de Tir-Nan-Og, ele encontra um improvável companheiro em Ukko,um anão cínico e ganancioso que sempre mete a dupla em situações inusitadas e perigosas. Sláine tem diversas aventuras enfrentando os Lordes Drunes, seres monstruosos de outras dimensões e o Estranho Lorde Slough Feg, sendo este último o grande inimigo de “O Deus Guerreiro”.
Nessa saga, vemos Sláine já como rei de sua tribo, Sessair, se preparando para o grande confronto com o Estranho Lorde. Para conseguir a vitória ele deve reunir todas as tribos adoradoras de Danu, a Deusa da Terra, bem como os quatro itens sagrados que cada uma possui. Dessa forma, ele poderá se tornar o Deus Guerreiro, uma entidade semidivina que age como um avatar da Deusa na Terra.

Existem inúmeros fatores que tornam Sláine um personagem muito mais interessante que um “Conan genérico”, como por diversas vezes foi descrito. O primeiro ponto, mais óbvio, é a utilização da mitologia celta como base de suas histórias. Os antigos contos da Irlanda possuem um material riquíssimo para ser trabalhado, como as lendas da Tuatha de Danaan, mas que são pouco explorados pela grande mídia, seja em filmes, quadrinhos, séries e etc, por terem uma natureza mais caótica e exótica que as clássicas mitologias greco-romanas, egípcias ou nórdicas.
O segundo, para o próprio Pat Mills, é a presença de Ukko, o anão. Este personagem embusteiro, sempre junto de Sláine, o coloca em situações que o próprio cimério jamais se encontraria, favorecendo um humor ácido que é uma das principais marcas registradas do autor.
Por último, temos o próprio Sláine. Ele possui a mesma constituição robusta dos protagonistas de fantasia, com grande talento para batalha e capaz de dar um espasmo de fúria, mas a mentalidade dele é outra. Ao invés de incorporar o comportamento carregado na testosterona do bárbaro padrão, o herói não vê problema em usar truques sujos e ardis para alcançar a vitória. Ele também não vê mulheres como inferiores, como frágeis e delicadas, mas como seres capazes e iguais, feitas a imagem da Deusa. Esse é um ponto muito abordado durante toda essa história, mostrando um contraste entre uma versão patriarcal e outra matriarcal do mundo.
Embora O Deus Guerreiro não seja o começo das histórias do Sláine, ele é um ótimo ponto de partida para qualquer leitor, pois ao mesmo tempo que contém um resumo das histórias passadas, também é a que definiu o personagem nas décadas posteriores. Tudo isso graças a combinação do talento de Mills com a arte estupenda de Simon Bisley, que por si só já é um grande motivo para qualquer leitor de quadrinhos considerar esta obra um clássico indispensável da nona arte. O traço de Bisley foi tão influente em O Deus Guerreiro, que seu estilo de arte pintada iria influenciar toda uma geração de artistas, revolucionando o mercado mundial de HQs!
Sláine: O Deus Guerreiro
Edição de Luxo
Capa dura com papel
212 páginas
Formato:
Preço: R$ 89,90
Juliana Góes
Leonina, carioca, adora filmes e séries, apaixonada pelos animais, e não vive sem chocolate...















































