entrevista com o cantor Theo Bial sobre clipe e álbum Vertigem

Foto: Divulgação

Theo Bial em sua completude serena e vertiginosa

Wilson Spiler

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8 de julho de 2022

Nesta sexta-feira (08), o cantor Theo Bial lança o clipe da música que deu nome ao seu primeiro álbum e que marca uma nova fase na carreira do jovem artista de voz serena: “Vertigem”.

Representante da nova geração da música brasileira, o cantor Theo Bial une passado e presente para dar vida a um som autoral. O artista mostra, através de Vertigem, um mergulho na MPB e a aproximação com a boemia carioca que vem moldando a sua identidade.

Então, para celebrar o lançamento de Theo Bial, o ULTRAVERSO bateu um papo exclusivo com o cantor sobre carreira, família e referências e diversos assuntos para a coluna Contra Maré. Confira!

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ULTRAVERSO: De Theozin para Theo Bial. Por que a mudança?

Theo Bial: Theozin foi um projeto com o produtor OgrowBeats. A verdade é que Theozin era uma dupla. A partir do momento que a gente foi por caminhos diferentes achei importante mudar o nome e adotei “Theo Bial”.

O que você enxerga de mudança de ‘Do Amor à Sabedoria’ para ‘Vertigem’?

Theo Bial: “Do Amor à Sabedoria” foi um álbum feito basicamente por mim e pelo OgrowBeats. A gente fez praticamente tudo. Desde as bases até as gravações, utilizando muita coisa eletrônica, em um estúdio improvisado onde antes era um depósito. Muitas músicas foram feitas e gravadas no mesmo dia.

Em “Vertigem”, por outro lado, tive mais tempo para me dedicar as composições, já sabia o que ia gravar quando chegava no estúdio, tinha partituras… Pude dar mais atenção ao meu violão e ao meu canto, deixando a produção musical por conta do Celso Fonseca. Também nunca tinha gravado com banda, o que na minha opinião deu um toque de “ao vivo” no álbum, por termos gravado as bases tocando todos ao mesmo tempo.

‘Vertigem’ é o primeiro álbum que você lança com o nome artístico Theo Bial. Você considera isso como o reinício da carreira ou uma nova fase?

Theo Bial: Para mim é um novo começo. O Theozin na verdade eram duas pessoas, eu e o OgrowBeats, por mais estranho que isso soe.

O álbum conta com parcerias como Mart’nália e Moacyr Luz. Como foi estar diante de grandes nomes da música brasileira? Tem algum artista que você mais almeja em cantar junto?

Theo Bial: Sempre dá aquele friozinho na barriga, mas os dois foram muito acolhedores, generosos e eu pude aprender bastante. Seria um sonho algum dia fazer algo com o Djavan, sou fã desde muito pequeno.

Quais são as suas principais referências na música, seja ela brasileira ou internacional?

Theo Bial: Olha, tenho muitas. Vou fazer uma lista mas com certeza ainda vai faltar alguém. Tom Jobim, João Gilberto, Nara Leão, Djavan, Beth Carvalho, Emílio Santiago, Leila Pinheiro, Lúcio Alves, Chico Buarque, Arlindo Cruz, Grupo Fundo de Quintal, Wilson das Neves…

Como filho de Pedro Bial, é pesado carregar um sobrenome tão famoso? E qual foi a reação do seu pai quando você decidiu seguir uma carreira tão diferente? Como foi esse seu encontro com a música?

Theo Bial: Para mim o sobrenome é natural, não sei como é ser diferente. Não teve um exato momento de decisão. Eu sempre gostei muito de música e desde os dez anos toco violão, depois comecei a compor, cantar… Quando vi já estava apaixonado por isso. Parece que não tem escolha, é algo maior que eu.

Aliás, Pedro Bial canta contigo no disco. Já é a segunda música que vocês dois compõem juntos. É diferente o processo de composição em parceria, principalmente com o pai?

Theo Bial: Sim, em parceria é diferente. No começo eu só fazia tudo junto, letra e música. Aí eu comecei a experimentar fazer a melodia sem a letra e isso facilitou. É bom porque eu posso fazer uma etapa e alguém fazer outra, sem estarmos necessariamente fisicamente juntos. Até porque muitas vezes o processo de composição existe uma certa “solidão”. O processo com meu pai é ótimo. Em “Azul”, por exemplo, fizemos uma parte juntos e depois terminamos a distância. Sempre com muita cumplicidade.

O clipe de ‘Vertigem’ foi gravado na praia e na chamada ‘golden hour’. Foram escolhas estéticas suas? Você, aliás, faz escolhas nesse processo de gravação ou deixa com o diretor?

Theo Bial: Na verdade, foram escolhas do diretor Lorenço Moura. Eu gosto de deixar na mão do diretor. Uma coisa ou outra eu posso opinar, mas acho importante, e melhor, trabalhar com alguém que eu confie e dar bastante liberdade criativa.

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Então você é artista e acha que não tem muito espaço? Fique à vontade para divulgar seu trabalho na coluna Contra Maré do ULTRAVERSO! Não fazemos qualquer distinção de gênero, apenas que a música seja boa e feita com paixão!

Além disso, claro, o (a) cantor(a) ou a banda precisa ter algo gravado com uma qualidade razoável. Afinal, só assim conseguiremos divulgar o seu trabalho. Enfim, sem mais delongas, entre em contato pelo e-mail guilherme@ultraverso.com.br! Aquele abraço!

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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